O hospitalpix para bet365NY que já enfrentou febre amarela, cólera, Aids, ebola e, agora, coronavírus:pix para bet365

O Bellevue é também um entre dez centros médicos nos Estados Unidos reconhecidos por seu programapix para bet365patógenos especiais, ou seja, tem médicos especificamente treinados e unidades especializadaspix para bet365biocontenção para o tratamentopix para bet365doenças infecciosas.

Sua história ao longo dos últimos séculos se confunde com apix para bet365Nova York e também com a os avanços da medicina nos Estados Unidos.

Início no século 18 como albergue para pobres

Durante anos, o Bellevue foi sinônimopix para bet365morte. O hospital ficou célebre porpix para bet365ala psiquiátrica e também por abrigar doentes terminais, pobres e indigentes, pacientes que eram rejeitados por outras instituições. Mesmo aqueles com doenças incuráveis ou que não tinham dinheiro para pagar recebiam tratamento.

O hospital começou como uma enfermariapix para bet365um albergue para pobres,pix para bet3651736. Anos depois, foi transferido para instalações próximas ao East River.

Segundo o historiador David Oshinsky, professor da Escolapix para bet365Medicina da Universidadepix para bet365Nova York e autor do livro Bellevue, sobre a história do hospital, durante o século 18 o lugar abrigava pobres e doentes que não tinham chancespix para bet365se recuperar.

"Era um lugar para onde você ia para morrer", disse Oshinskypix para bet365entrevista à rádio pública NPR.

Quando casospix para bet365febre amarela começaram a surgirpix para bet365Manhattanpix para bet365julhopix para bet3651795, no verão do Hemisfério Norte, os doentes eram levados ao Bellevue. Na época, os médicos não tinham ideiapix para bet365como tratar a doença e nem ao menos sabiam que era transmitida por mosquitos. Logo a cidade já registrava várias mortes por dia.

Essa seria a primeirapix para bet365várias ondas da epidemiapix para bet365febre amarela, que se estendeu até 1803 e deixou milharespix para bet365mortospix para bet365Nova York, grande parte deles imigrantes pobres, já que muitos moradores ricos fugiram para zonas rurais com avanço da doença.

Cólera e Guerra Civil

De acordo com Oshinsky, no século 18, a práticapix para bet365medicina nos Estados Unidos era extremamente primitiva e não havia anestesia, antissépticos ou medidaspix para bet365higiene.

"No Bellevue, até depois da Guerra Civil, suas chancespix para bet365sobreviver a uma operação eram médias, mas infecções após a operação ocorriampix para bet365mais da metade dos casos", disse o historiadorpix para bet365entrevista a um programapix para bet365TV da Universidade da Cidadepix para bet365Nova York.

Entre os que sobreviviam a uma cirurgia, havia 50%pix para bet365chancespix para bet365não sobreviver ao mês seguinte. "Os médicos faziam o melhor que podiam", complementou Oshinsky.

No início do século 19, o complexo do Bellevue já incluía, alémpix para bet365um albergue para pobres, enfermaria, orfanato, hospício e prisão.

Quando uma epidemiapix para bet365cólera atingiu Nova York,pix para bet3651832, o hospital foi crucial no combate à doença, que matou pelo menos 3,5 mil pessoas na cidade naquele ano, a maioria pobres e imigrantes. Milharespix para bet365outros morrerampix para bet365surtos seguintes,pix para bet3651849 e 1866.

Durante a Guerra Civil americana, o hospital tratou tantopix para bet365soldados quanto dos manifestantes que se rebelaram contra o recrutamentopix para bet365uma sériepix para bet365protestos violentos que deixaram dezenas e mortos e milharespix para bet365feridos na cidadepix para bet3651863.

Avanços

O Bellevue era renomado por abrigar os melhores cirurgiões do país na época, e seus médicos tratavam não apenas dos pobres, mas tambémpix para bet365personagens importantes e até presidentes. Mas nem sempre as intervenções eram bem-sucedidas. Até a décadapix para bet3651840, as cirurgias e outros tratamentos eram feitos sem anestesia.

Em 1881, quando o presidente James Garfield sofreu um atentado, um cirurgião do hospital, Frank Hamilton, foi chamado a Washington. Os disparos não foram fatais inicialmente, mas, segundo Oshinsky, o médico não acreditava na teoria microbiana (que estabeleceu, no fim do século 19, que microorganismos causam doenças) e colocou as mão sujas, sem luvas, nos ferimentos. O presidente morreu dois meses depois,pix para bet365razão da infecção.

Em 1893, foram novamente médicos do Bellevue que trataram do presidente Grover Cleveland, que tinha um tumor maligno na boca. Mas,pix para bet365acordo com Oshinsky, desta vez os médicos usaram todos os métodos antissépticos disponíveis na época, e o tumor foi removido com sucesso.

Ao longo dos séculos, muitos dos principais médicos dos Estados Unidos foram treinados ou ensinaram no Bellevue, que foi o primeiro hospital americano a ter uma escolapix para bet365medicina.

Também foram inaugurados ali vários avanços na prática médica no país, como a criação do primeiro corpopix para bet365ambulâncias dos EUA pelo médico Edward Barry Dalton, um veterano da Guerra Civil,pix para bet3651869. O hospital também foi o primeiro a ter alapix para bet365maternidade, escola profissionalpix para bet365enfermagem, clínica pediátrica e departamentopix para bet365patologia forense, entre outros avanços.

Em seu livro, Oshinsky ressalta que, mesmopix para bet365uma épocapix para bet365que o preconceito limitava as oportunidades a parte dos americanos na área médica, o Bellevue se destacava por ter profissionais judeus e cristãos, negros e brancos, homens e mulheres.

Hospital psiquiátrico

A promessa do hospitalpix para bet365não recusar tratamento a ninguém significava que suas alas estavam sempre cheias. Durante a pandemiapix para bet365gripe espanhola, que matou pelo menos 50 milhõespix para bet365pessoas no mundo entre 1918 e 1920, havia pacientes dormindo até nos corredores. Além disso, como o hospital sempre esteve entre os mais avançados do país, recebia também os doentes mais graves.

Muitos americanos ainda hoje relacionam o Bellevue ao tratamentopix para bet365doentes mentais. A partirpix para bet365meados do século 19, uma pequena ala reservada para esses pacientes foi ampliada e as instalações psiquiátricas ganharam destaque.

No livro, Oshinsky relata alguns dos experimentos feitos no século passado com pacientes psiquiátricos do hospital, muitos deles com resultados duvidosos, como terapiapix para bet365eletrochoquepix para bet365crianças.

A ala psiquiátrica do hospital recebeu várias celebridades, entre elas o saxofonista Charlie Parker, o escritor Norman Mailer e os beatniks William S. Burroughs e Allen Ginsberg. Também abrigou Mark David Champan, que assassinou o músico John Lennonpix para bet3651980.

Muitas pessoas com distúrbios mentais e sem-teto também se abrigavam no Bellevue. Em 1989, a reputação do hospital sofreu um golpe quando um homem sem-teto que estava vivendo ilegalmentepix para bet365uma salapix para bet365máquinas no complexo e usava um jaleco furtado, circulando pelo hospital como se fosse médico, estuprou e assassinou uma médica grávida.

Aids e Ebola

A partirpix para bet3651981, o Bellevue se tornou o principal destinopix para bet365pacientes com Aids. Na metade dos anos 1980, os Estados Unidos registravam maispix para bet365130 mil novos diagnósticospix para bet365HIV por ano. Sem cura ou tratamento, o diagnóstico positivo era encarado como uma sentençapix para bet365morte.

Nova York era um dos principais epicentros da epidemia. No Bellevue, médicos e enfermeiros, sobrecarregados com o grande númeropix para bet365casos, conviviam com o temorpix para bet365contaminação e o impacto emocionalpix para bet365não poder salvar os pacientes.

"O Bellevue tratoupix para bet365mais pacientes com Aids do que qualquer outro hospital no país. E mais pacientes com Aids morreram no Bellevue do quepix para bet365qualquer outro hospital no país", disse Oshinskypix para bet365entrevista à NPR.

Segundo o historiador, muitos dos estudos e testes que resultarampix para bet365tratamentos para a doença foram feitos no Bellevue.

Em 2014, o hospital enfrentou um novo desafio, opix para bet365tratar o médico Craig Spencer, no único casopix para bet365ebola registradopix para bet365Nova York. Spencer ficoupix para bet365uma ala especialpix para bet365isolamento no sétimo andar, estabelecida durante uma epidemiapix para bet365tuberculose resistente a medicamentos que atingiu a cidade nos anos 1990.

Em seus quase três séculospix para bet365história, o hospital só fechou uma vez, após a passagem do furacão Sandy,pix para bet3652012 — quando ficou inundado e sem eletricidade e os cercapix para bet365800 pacientes que permaneciam no local tiverampix para bet365ser evacuados.

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