'Ainda não consegui beijar minha filha': a dura realidadeblaze apóstadar à luz com covid-19:blaze apósta

Crédito, Sara Barrías

Legenda da foto, Sara ainda não foi autorizada a beijarblaze apóstafilha recém-nascida

A data prevista para o parto era 29blaze apóstamarço, mas no dia 5 Sara começou a se sentir mal.

"Comecei a ficar doente. Eu já estava desconfiada porque meu marido trabalha no hospitalblaze apóstaBergamo", disse.

Cinco dias depois, ela ligou para a ginecologista, que aconselhou que procurasse um hospital. Lá, fez o exame e testou positivo para a presença do vírus que causa a doença covid-19.

À medida que o númeroblaze apóstainfectados e mortos diariamente aumentava bastante, no hospital "eles já tinham espaços reservados para os infectados, com elevadores separados e exclusivos".

"Fui a primeira a ser infectada com coronavírus naquele hospital, mas logo chegou a segunda, que também estava grávida. Depoisblaze apóstauma semana, já havia dez pacientes infectados com coronavírus."

Crédito, Sara Barrías

Legenda da foto, O pai da menina não pôde estar presente durante o parto: 'foi a primeira vez que dei à luz sozinha'.

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Sara passou a noite no hospital e, na manhã seguinte, foi submetida a uma cesariana.

"Lorenzo e eu já tínhamos dois filhos, mas esta foi a primeira vez que dei à luz sozinha. Foi muito mais difícil".

Também foi difícil avisar o marido que iria fazer uma cesariana, porque na mesma hora Lorenzo estava no trabalho, na linhablaze apóstafrenteblaze apóstaBérgamo. "Eu tentei ligar para o hospital, mas eles não puderam entrarblaze apóstacontato com ele", explica Sara.

"No final, tive que ligar para o diretor do setor dele e consegui"

Com 37 semanasblaze apóstagestação, a pequena Anna nasceu com boa saúde. E, mais importante, testou negativo para a covid-19.

Crédito, Sara Barrías

Legenda da foto, Lorenzo Norsa é médico pediatra e há quase um mês trabalha na linhablaze apóstafrente na luta contra a pandemia.

Sem contato

Mas Sara só pôde ver a filha recém-nascida durante as primeiras 24 horas "e sempre com máscara e luvas".

Depois, ela foi transferida para a enfermariablaze apóstaterapia intensiva "não porque estava doente, mas como precaução e para monitorá-la melhor".

Sara não amamentou, e Anna tomou leite com a ajudablaze apóstauma mamadeira.

Durante seis dias, a mãe e a menina estiveram no mesmo hospital, masblaze apóstalocais separados, sem nenhum contato.

Enquanto isso, forablaze apóstalá, Lorenzo continuava sem ver seu bebê oublaze apóstaesposa: as duas estavam isoladas no hospitalblaze apóstaMilão, enquanto ele ainda estava no hospitalblaze apóstaBérgamo, dandoblaze apóstacontribuição como médico diante da pandemia.

"Felizmente", reflete Sara agora, "nos dias que antecederam tudo isso, nós já tínhamos mudado nossos outros dois filhos para a casa dos avós, então eles ficaram com eles, sem problemas".

Crédito, Sara Barrías

Legenda da foto, Sara teve que usar máscaras e luvas ao carregarblaze apóstafilha.

À espera do primeiro beijo

Sara pôde verblaze apóstafilha novamente apenas um dia antesblaze apóstasair do hospital, e sempre usando máscara e luvas.

As duas já voltaram para casa, mas Sara permaneceblaze apóstaquarentena.

"Eu ainda não pude dar um beijinho nela", explica a mãe, "e sempre tenho que usar uma máscara e luvas para carregá-la".

A mesma coisa acontece com Lorenzo, que finalmente conseguiu passar alguns dias comblaze apóstafamília, antesblaze apóstaretornar ao trabalho.

A situação da família continuará assim até que os testes tragam resultado negativo.

Sara tinha programados dois exames para o inícioblaze apóstaabril.

E será necessário que os dois testes sejam negativos para que eles a considerem recuperada e ela possa finalmente ter a proximidade que deseja com a filha.

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