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Pandemia pode enfraquecer populismo nos EUA e no Brasil, diz pesquisadorcoritiba e ceará palpitedemocracias:coritiba e ceará palpite
A seguir, os principais trechos da entrevista:
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - Até agora, qual acha que foi o impacto da pandemiacoritiba e ceará palpitedemocracias ao redor do mundo?
coritiba e ceará palpite Yascha Mounk - É importante dizer que o primeiro impacto tem sido na vida dos cidadãos, mais do que no sistema político. Este (momento) é o maior perigo à saúde e à segurança das pessoas, certamente nas democracias desenvolvidas, que vemoscoritiba e ceará palpitemuito tempo.
Ainda é cedo para dizer se vamos limitar as fatalidades por essa doença a um nível tolerável ou se teremos milhõescoritiba e ceará palpitemortos ao redor do mundo. E essa é a pergunta mais importante.
Mas óbvio que,coritiba e ceará palpitetemposcoritiba e ceará palpiteque a democracia está sob ataquecoritiba e ceará palpitemuitos países, tem uma segunda pergunta muito importante: o que isto fará com nossos sistemas políticos?
O que vemos, até agora,coritiba e ceará palpitealguns dos países onde ditadores estavam já bem entrincheirados, (a pandemia) lhes deu uma desculpa e uma oportunidadecoritiba e ceará palpitedestruir instituições democráticas mais rapidamente e amplamente do que poderiam ter feitocoritiba e ceará palpiteoutras circunstâncias.
A Hungria é o exemplo mais extremo disso. (O premiê) Viktor Orbán rapidamente usou a crise como desculpa para essencialmente abolir o Parlamento e a liberdadecoritiba e ceará palpiteexpressão no país. Também há desdobramentos preocupantescoritiba e ceará palpitepaíses como as Filipinas (onde o Congresso recentemente aprovou leis que dão mais poderes ao presidente Rodrigo Duterte), mostrando que o mesmo pode acontecercoritiba e ceará palpiteoutros países.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - As democracias têm se mostrado capazescoritiba e ceará palpitelidar com uma crise desta dimensão e com os dilemascoritiba e ceará palpiteisolar as pessoas? Tem sido dito que a China, com um regime autoritário, conseguiu fazer o isolamento das pessoas mais rapidamente.
coritiba e ceará palpite Mounk - Também ainda é muito cedo para falar qual regime político vai se mostrar mais eficiente. Até agora, vimos que virtualmente todos os países e todos os regimes fracassaramcoritiba e ceará palpitelidar com a doença adequadamente. É enfurecedor mas, se tratandocoritiba e ceará palpiteuma epidemia diferentecoritiba e ceará palpitetudo o que vimos nos últimos cem anos, talvez tampouco seja motivocoritiba e ceará palpitesurpresa.
Quando olhamos para ditaduras, o histórico é misto. Veja o Irã, onde (a situação) é terrível, comcoritiba e ceará palpitefaltacoritiba e ceará palpiteliberdadecoritiba e ceará palpiteexpressão e com a faltacoritiba e ceará palpiteresposta (à pandemia) paracoritiba e ceará palpitepopulação. A própria China, que lidou com o víruscoritiba e ceará palpiteforma bastante impressionante sob alguns aspectos, também carrega uma grande culpa pela pandemia global por suas falhascoritiba e ceará palpitecomo respondeu no início da crise.
As democracias não estão se cobrindocoritiba e ceará palpiteglória, mas ainda é cedo para saber se se sairão piores no longo prazo.
Mas acho que a questão é: é tentador pensar que as democracias, por suas regras rígidas, são incapazescoritiba e ceará palpitecolocar limitações na população, que são incapazescoritiba e ceará palpitelidar com a pandemia. E países como a Coreia do Sul provam que isso está errado.
É uma democracia que conseguiu respondercoritiba e ceará palpitemodo ágil às demandas da pandemia. E vemos alguns países seguir o mesmo receituário.
Nada sobre a natureza da democracia pode nos impedircoritiba e ceará palpiteter uma resposta enérgica ao vírus e, dado o perigo à vidacoritiba e ceará palpitetantas pessoas, devemos estar dispostos a fazer sacrifícios temporários no modo como vivemos.
O importante é que todas as medidas tomadas sigam três precondições rígidas: 1) sejam temporárias e reautorizadascoritiba e ceará palpitecurtos períodoscoritiba e ceará palpitetempo; 2) sejam sujeitas ao controle democrático e judiciário, para que, caso o presidente ou premiê diga 'quero manter esses poderes por mais tempo', haja um mecanismocoritiba e ceará palpitecontrole que o impeça; 3) sejam precisamente customizadas para a salvação das vidas.
O que Orbán está fazendo na Hungria não cumpre com nenhum desses requisitos - prender as pessoas pelo que elas falam nas redes sociais ou abolir o Parlamento não são medidas necessárias para salvar vidas.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - E quanto a outros governos ditos populistas? Trump mudou bastante seu discurso, enquanto no Brasil Jair Bolsonaro aparentemente se isola criticando o isolamento social. Qual acha que será o efeito da pandemia sobre o populismo?
coritiba e ceará palpite Mounk - Há uma possibilidade otimista. Os críticos do populismo sempre advertiram do perigo para a vida dos cidadãoscoritiba e ceará palpiteque se você fere as instituições democráticas e desdenha os especialistas, no fim das contas as pessoas pagarão por isso. Em tempos normais, essa é uma lição difícilcoritiba e ceará palpiteser aprendida. Nos EUA, muitos americanos poderiam dizer, 'minha vida está indo muito bem, não sinto o impacto disso (erosão das instituições) na minha vida'. Isso porque o Estado é uma máquina bem azeitada, que consegue seguir normalmente mesmo quando sob ataque ou sob lideranças incompetentes.
Em um momentocoritiba e ceará palpitecrise, todos esses defeitos ficam mais dolorosamente evidentes. A ausênciacoritiba e ceará palpiteliderança, a desconfiança dos especialistas e inabilidadecoritiba e ceará palpitecoordenação custam vidas americanas, e talvez custem mais vidas brasileiras nos próximos meses.
Nisso, a possibilidade otimista é que as pessoas reconhecem o dano disso e se rebelem contra o populismo.
A possibilidade pessimista écoritiba e ceará palpiteque as pessoas se alinhem a suas bandeiras e seus governos, mesmo que ele seja incompetente. Ecoritiba e ceará palpiteque a ideiacoritiba e ceará palpiteque o mundo é um lugar perigoso ecoritiba e ceará palpiteque precisamoscoritiba e ceará palpiterestrições às viagens e a pessoascoritiba e ceará palpitefora ecoritiba e ceará palpiteque precisamoscoritiba e ceará palpiteum líder forte pode ter mais apelocoritiba e ceará palpitetempos perigosos, do quecoritiba e ceará palpitetempos menos perigosos. Isso favoreceria o populismo.
Eu acho que vai haver uma mistura desses dois cenários —coritiba e ceará palpitepaíses onde o populismo está mais entrincheirado, essa é a oportunidadecoritiba e ceará palpitecriar ditaduras que vão ser difíceiscoritiba e ceará palpitedesmontar.
Mas acho que na maioria dos países, a perdacoritiba e ceará palpitevida que estamos experimentando e as dificuldades econômicas à frente vão favorecer a oposição. Em lugares como os EUA ou o Brasil, acho que o populismo ficará enfraquecido, porque as pessoas vão culpá-los (governos) pelas dificuldades que virão.
Talvezcoritiba e ceará palpitepaíses como a França, onde populistas são a oposição, (a crise) pode ajudá-los a ascender ao poder.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - No Brasil, então, você acha que pode enfraquecer o populismo.
coritiba e ceará palpite Mounk - Como diria Churchill (líder britânico durante a Segunda Guerra), ainda estamos no fim do começo, mais do que no começo do fim. Então vai dependercoritiba e ceará palpitemuitos fatores políticos, inclusive se Jair Bolsonaro vai finalmente fazer a coisa certa (em promover o isolamento social) e proteger os brasileiros da doença. Dado o fatocoritiba e ceará palpitecomo ele tem negado a realidade e sido incompetente emcoritiba e ceará palpiteresposta, e quantos brasileiros podem sofrer por causa disso, ele ficará mais enfraquecido.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - Tanto Twitter quanto Facebook apagaram postagenscoritiba e ceará palpiteBolsonaro por contradizerem os critérios estabelecidos para fatos científicos. As redes sociais são uma importante ferramenta da estratégia política do presidente. Acha que isso mudará como ele se relacionará comcoritiba e ceará palpitebase?
coritiba e ceará palpite Mounk - Não, acho que ele continuará a manter seu contato vias redes sociais, e não está clara para mim a sabedoria (das redes sociais)coritiba e ceará palpiteapagar essas postagens. Acho que há algumas pessoas que, pela importância do cargo político que ocupam, devem tercoritiba e ceará palpitepresença nas redes sociais tolerada, mesmo que eles digam coisas que são erradas ou mentirosas. E duvido que apagar os posts limite o alcancecoritiba e ceará palpitesua mensagem — porque, é claro, todos imediatamente escrevem reportagens a respeito e sobre o fatocoritiba e ceará palpiteque as postagens foram apagados, e assim a mensagem alcança um número maiorcoritiba e ceará palpitepessoas.
Acho que o único jeitocoritiba e ceará palpitecombater palavras é com palavras melhores.
Felizmente, estamoscoritiba e ceará palpiteum cenáriocoritiba e ceará palpiteque a mentiracoritiba e ceará palpiteque esta doença não é particularmente perigosa,coritiba e ceará palpiteque é só uma gripe, vai ser desmentida perante nossos olhos, inclusive nas ruas do Brasil.
Compartilho da repulsacoritiba e ceará palpiteque um presidente que jurou proteger seu povo esteja fracassandocoritiba e ceará palpitefazê-lo. (Mas) a solução para isso é críticas, protestos, eleições, e não censurar as palavrascoritiba e ceará palpiteum presidente.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - Falando sobre eleições, é discutida a possibilidadecoritiba e ceará palpitese adiar eleições tanto nos EUA quanto no Brasil. Qual acha que seria o impacto disso? Há quem diga que o impacto seria enorme para as democracias.
coritiba e ceará palpite Mounk - A extensão da polarização e a extensão da desconfiança que a oposição corretamente tem a respeitocoritiba e ceará palpitegovernos, da Polônia ao Brasil e aos EUA, limita as opções.
Em tempos menos polarizados, poderia-se imaginar,coritiba e ceará palpitegovernos sem ambições autocráticas, que as pessoas tolerariam o adiamentocoritiba e ceará palpiteeleições por motivos extraordinárioscoritiba e ceará palpitesaúde pública.
Quando temos presidentes e premiês que sistematicamente minaram instituições públicas e expressaram desdém pelo sistema democrático, é difícil para a oposição (...) aceitar o adiamentocoritiba e ceará palpitepleitos. Então acho que é certo que haverá eleições nos EUAcoritiba e ceará palpitenovembro, mas o que precisa ser feito agora é colocarcoritiba e ceará palpitemarcha as condições para que elas ocorramcoritiba e ceará palpitemodo seguro - disponibilizar o voto postalcoritiba e ceará palpitetodos os lugares, buscar formascoritiba e ceará palpitevoto online. De modo que se a emergênciacoritiba e ceará palpitesaúde pública persistir, teremos eleiçõescoritiba e ceará palpitemodo legítimo.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - Nesse sentido, podemos ver novas formascoritiba e ceará palpitecolocar a democraciacoritiba e ceará palpiteação? Você mencionou o voto online. Tampouco pode-se protestar agora. Podem novas formascoritiba e ceará palpiterelacionamento com governos emergir?
coritiba e ceará palpite Mounk - Não acho que serão inteiramente novos. Muitos Estados (americanos) já têm a habilidadecoritiba e ceará palpitevotar por correio. Já há muito ativismo online,coritiba e ceará palpitevezcoritiba e ceará palpitepessoalmente. Mas acho que haverá uma aceleração na mudança.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - Acha que a ciência e o jornalismo profissional, que passavam por momentos difíceis, vão ser vistoscoritiba e ceará palpiteforma diferente após esta pandemia?
coritiba e ceará palpite Mounk - Eu faria uma distinção entre a ciência e o jornalismo neste casocoritiba e ceará palpiteparticular. Espero que isto faça as pessoas levarem a ciência mais a sério e riscos invisíveis mais a sério. Fazia anos que especialistascoritiba e ceará palpitesaúde pública alertavam sobre vírus que passamcoritiba e ceará palpiteanimais para hospedeiros e para humanos e que quando tivéssemos azar, um deles seria muito mortífero e para isso precisávamoscoritiba e ceará palpiteuma melhor infraestruturacoritiba e ceará palpitesaúde pública e mais dinheiro para monitoramento. E esses especialistas foram amplamente ignorados, porque 'faz cem anos que não temos uma pandemia, por que teríamos uma agora?'. E acabou que tivemos.
Há muitos desafios potencialmente fatais que têm a mesma estrutura (que o coronavírus). Um exemplo que todos os que estudam isso sabem: a crescente incidênciacoritiba e ceará palpitebactérias resistentes a antibióticos. Sabemos que estamos ficando sem antibióticos e que a expectativacoritiba e ceará palpitevida seria significativamente encurtada se não pudéssemos ir ao médico local sem ser infectado por algum desses micro-organismos. E, no entanto, o dinheiro que estamos investindocoritiba e ceará palpitenovas drogas para isso é minúsculo.
Novamente, é bom deixar claro que drogas antibacterianas não têm nada a ver com o corona, que é um vírus. Mas a estrutura do problema é a mesma, e espero que, a partir da experiência com o coronavírus, as pessoas digam 'precisamos ter cuidado também com outros problemascoritiba e ceará palpitesaúde pública que podem ser ainda mais desastrosos e causar ainda mais mortes'.
Mas sou cético quanto a se a crise vai aumentar a confiança no jornalismo profissional. Por enquanto, as pesquisas nos EUA mostram aumento na confiança e gratidão a professores escolares, profissionais da saúde e funcionárioscoritiba e ceará palpitesupermercados, governadores — mas não a jornalistas.
Acho que isso se deve parcialmente a uma exageração (de críticos) às falhas do jornalismo, mas também parcialmente aos erros do jornalismo. Alguns dos mais respeitados jornais e revistas estavam,coritiba e ceará palpitejaneiro e fevereiro e iníciocoritiba e ceará palpitemarço, 'eis por que é irracional se preocupar demais com uma pandemia e por que ela não vai afetarcoritiba e ceará palpitevida pessoalmente'. E eles estavam errados. Não acho que os jornalistas devam estar celebrando agora.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - Você acha que os perigos foram minimizados?
coritiba e ceará palpite Mounk - Há dois níveiscoritiba e ceará palpitefracasso aqui, para políticos e para o jornalismo. Há as pessoas que ativamente negaram a ciência e estavam mais preocupados com suas próprias mensagens políticas do que com salvar vidas e, como resultado, farão essa pandemia pior do que poderia ser. Isso inclui gente como Trump e Bolsonaro e incluiu por muito tempo emissoras como a FoxNews. Esse é o nível mais profundocoritiba e ceará palpitefracasso.
Mas há outro nível:coritiba e ceará palpitetodos os líderes democráticos e jornalistas que não são hostis à ciência que moveram mais rapidamente quando perceberam a natureza (da crise), mas que demoraram demais a reconhecer que isto não é igual à Sars, que não é igual a ameaçascoritiba e ceará palpiteoutras doenças prévias, e que medidas extraordinárias serão necessárias para resolver. E que também não ficaram à alturacoritiba e ceará palpiteseus cargos.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - Estamos vendo grandes gastoscoritiba e ceará palpitegovernocoritiba e ceará palpitebuscas por vacinas,coritiba e ceará palpiterenda adicional para seus cidadãos. Acha que mudarão as expectativas dos cidadãos quanto a seus governos - por exemplo,coritiba e ceará palpitecidadãos americanos quanto à saúde pública?
coritiba e ceará palpite Mounk - É provável que leve a mais aumentos nos gastoscoritiba e ceará palpitesaúde públicacoritiba e ceará palpitediferentes países. Nos EUA, espero que leve à uma passagem para um sistema mais universalcoritiba e ceará palpitesaúde pública, alémcoritiba e ceará palpitemais regulação (de licençacoritiba e ceará palpitetrabalho) para que pessoas doentes possam ficarcoritiba e ceará palpitecasa e serem remuneradas.
Sem dúvida, individualmente cada país viverá mudanças. Se isso levará a mudanças sistemáticascoritiba e ceará palpitecomo os sistemascoritiba e ceará palpitesaúde funcionam, eu ainda duvido.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - De volta aos três sacrifícios que você recomendou para o momento atual - que recomenda que sejam temporários, validados pela Justiça e adequados à salvaçãocoritiba e ceará palpitevidas -, acha que devemos aceitar que perderemos liberdades individuais por conta da pandemia? Até qual limite isso é aceitável?
coritiba e ceará palpite Mounk - Estamoscoritiba e ceará palpiteuma situação extraordináriacoritiba e ceará palpiteque você pode estar se sentindo perfeitamente bem, mas estar infectada e, ao sair para um café, acabar infectando um grande númerocoritiba e ceará palpitepessoas. E se todos nós fizermos isso, nossos hospitais ficarão sobrecarregadoscoritiba e ceará palpitepoucas semanas.
Acho que somos moralmente obrigados a fazer sacrifícios neste momento, que não tem precedentes, pelo menos na minha existência. Nunca foi o caso, durante a minha existência,coritiba e ceará palpiteque uma saída para tomar um café poderia resultar na mortecoritiba e ceará palpitepessoas e na sobrecarga do sistemacoritiba e ceará palpitesaúde.
Felizmente, essa situação é temporária - vamos achar drogas e vacinas eficientes contra o coronavírus. E, nesse momento, o cálculo moral mudará.
A questão política é: até que extensão devemos tolerar que o Estado imponha essas questões morais sobre nós? A minha resposta é que isso nunca é fácil, é uma troca muito difícil. Mas enquanto as restrições do Estado cumprirem esses requisitos - sujeitas ao controle democrático, temporárias e plausíveiscoritiba e ceará palpiteque vão salvar muitas vidas -, devemos ao menos considerá-las.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - Sei que é difícil prever isso agora, mas o que acha que as populaçõescoritiba e ceará palpitepaíses democráticos vão aprender com esta crise, na forma como se relacionam com seus governos e entre si, como sociedade?
coritiba e ceará palpite Mounk - Ainda é um pouco cedo para dizer. Dependerácoritiba e ceará palpitequão competentes os governos se mostrarem - se conseguirem nos tirar desta sem perdascoritiba e ceará palpitevidascoritiba e ceará palpiteescala massiva, se protegerem indivíduos e empresas o bastantecoritiba e ceará palpitemodo a nossas economias não colapsarem completamente, e se fizerem isso sem (serem alvo de) protestos nas ruas ou grande distúrbios sociais, talvez haja esperançacoritiba e ceará palpiteque a profunda desconfiança, polarização e o ódio mútuo que caracterizaram tantos países nos últimos anos se dissipe e fiquemos mais tolerantes e solidários. Mas isso é mais uma esperança do que uma previsão.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - Acadêmicos dizem que pandemias mudam sociedades profundamente. Acha então que podemos sair desta menos polarizados?
coritiba e ceará palpite Mounk - Acho que vai variarcoritiba e ceará palpitepaís para país - alguns ficarão menos polarizados se governantes conseguirem ser competentes e unificadores;coritiba e ceará palpiteoutros, podem polarizá-las ainda mais, porque o governo será incompetente e divisivo. Infelizmente, do jeito como as coisas andam, o Brasil parece estar na segunda categoria,coritiba e ceará palpitevezcoritiba e ceará palpitena primeira.
coritiba e ceará palpite BBC News Brasil - É cedo para perguntar quais governantes ou instituições podem sair da atual situação mais fortes ou mais fracos?
coritiba e ceará palpite Mounk - Estamos ainda nos momentos preliminares. Acho que, após alguns tropeços iniciais, os políticos democráticos no poder há algum tempo e que sabem usar o poder do Estado e confiam nos especialistas parecem estar tomando as decisões corretas - seja o governo da Coreia do Sul ou Angela Merkel na Alemanha e Emmanuel Macron na França.
Até agora,coritiba e ceará palpitereação se mostra mais favorável do que acoritiba e ceará palpiteTrump nos EUA, AMLO (André Manuel Lopez Obrador) no México e Bolsonaro no Brasil.
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