'Vocês não são invencíveis': o que os dados mostram até agora sobre incidênciasinais realsbetcoronavírus entre mais jovens:sinais realsbet

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Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Nos EUA, praias tiveram que ser fechadas depois que vários jovens ignoraram recomendações das autoridades

Até agora, a pandemia causada pelo novo coronavírus já infectou cercasinais realsbet380 mil pessoas e deixou maissinais realsbet16 mil mortos. O país mais afetado é a Itália. Outras nações, como o Brasil, correm contra o tempo para evitar catástrofe semelhante.

Mas o que os dados mostram até agora sobre a relação entre os mais jovens e a doença?

Basicamente, o riscosinais realsbetmorte por covid-19 entre aqueles abaixosinais realsbet50 anos, especialmente os mais jovens,sinais realsbetaté 30 anos, é extremamente raro.

Mas isso não quer dizer que eles estão livressinais realsbetapresentar os sintomas mais graves da doença, ainda que,sinais realsbetfato, a probabilidade disso acontecer nessa faixa etária seja menor do que a dos idosos.

Em entrevista recente à BBC News Brasil, Willem van Schaik, professor do Institutosinais realsbetMicrobiologia e Infecção da Universidadesinais realsbetBirmingham, no Reino Unido, disse "ser muito errado pensar que aqueles abaixosinais realsbet50 anos sempre vão ter sintomas leves: haverá indivíduos mais jovens e muito doentes também e eles vão precisarsinais realsbettratamento".

Uma das razões para a baixa mortalidade entre os mais jovens é que seu sistema imunológico é mais forte, o que ajuda a combater o vírus e a recuperar-se da doença.

"Nos idosos, o sistema imunológico já envelheceu e não produz o mesmo nívelsinais realsbetresposta, por isso, eles têm mais riscosinais realsbetdesenvolver os sintomas mais graves", disse à BBC News Brasil infectologista Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileirasinais realsbetInfectologia e diretor-médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Riosinais realsbetJaneiro, tambémsinais realsbetentrevista recente.

No entanto, segundo relatossinais realsbetmédicos na linhasinais realsbetfrente do combate ao coronavírus, o problema é que os jovens, justamente por serem menos susceptíveis a desenvolver os sintomas mais graves da doença, acabam expondo-se mais ao risco e, como resultado, podem ocupar leitos que poderiam ser destinados àqueles que mais precisam deles.

Em entrevista ao programasinais realsbetrádio RaiNews24, da emissora pública da Itália, Luca Lorini, responsável pelo setorsinais realsbetanestesia e cuidados intensivossinais realsbetum hospitalsinais realsbetBergamo, no norte da Itália, disse que o "tiposinais realsbetpaciente está mudando".

"Eles são um pouco mais jovens, entre 40 e 45 anos, e seus casos são mais complicados", acrescentou.

No Reino Unido, o vídeosinais realsbetuma mulhersinais realsbet39 anos viralizou no WhatsApp. Com muita dificuldade para respirar, Tara Jane Langston, que é mãesinais realsbetdois filhos e não tem doenças pré-existentes, contou, ofegante, sobre como seus sintomas evoluíram desde que contraiu o vírus.

Ao jornal britânico The Telegraph a médica Rosena Allin-Khan, atualmente parlamentar, falou que decidiu ajudar seus ex-colegassinais realsbetum hospital no últimosinais realsbetsemana e viu o pronto-socorro "inundado por pacientes doentes, jovens saudáveis ​​esinais realsbetforma, nos seus 30 e 40 anos, lutando por suas vidas, por causa do covid-19".

Já nos Estados Unidos, um relatório divulgado na quarta-feira passada (18sinais realsbetmarço) pelo Centrosinais realsbetControle e Prevençãosinais realsbetDoenças (CDC, na siglasinais realsbetinglês) mostrou que, dos 508 pacientes hospitalizados no país por covid-19, cercasinais realsbet40% tinham abaixosinais realsbet54 anos. Desse total, 20% tinham entre 20 e 44 anos e 18%, entre 45 e 54 anos.

Contudo, adultos acimasinais realsbet65 anos eram a maioria dos mortos (80%). Menossinais realsbet1% dos óbitos erasinais realsbetpacientes entre 20 e 54 anos, e não houve mortes entre aqueles abaixosinais realsbet19 anos, acrescentou o órgão.

Em um artigosinais realsbetopinião no jornal The New York Times, a americana Fiona Lowenstein,sinais realsbet26 anos, contou o que passou ao contrair o vírus. Segundo ela, que não tem nenhuma doença pré-existente, tudo começousinais realsbetuma sexta-feira, ao sentir dorsinais realsbetcabeça e febre.

"No domingo, comecei a me sentir melhor e minha febre se foi (...) mas acordei no meio da noite com calafrios, vômitos e faltasinais realsbetar. Na segunda-feira, eu mal podia falar mais do que algumas palavras sem me sentir ofegante. Não podia caminhar até o banheiro sem ficar esbaforida, como se eu tivesse corrido. Na segunda-feira à noite, tentei comer, mas descobri que não tinha oxigênio suficiente enquanto fazia isso. Qualquer tarefa me deixava desesperada por oxigênio", escreveu ela.

Taxasinais realsbetmortalidade dos jovens ao redor do mundo

Na China, onde o coronavírus surgiu, a taxasinais realsbetmortalidadesinais realsbetinfectados com covid-19 abaixosinais realsbet50 anos também foi muito baixa, menossinais realsbet0,4%.

Na Espanha, até o último sábado (21sinais realsbetmarço), 34 dos 129 casos confirmadossinais realsbetcovid-19 entre criançassinais realsbetzero a nove anos resultaramsinais realsbethospitalização (26%). Uma criança teve que ser internada na UTI (0,8%) e não houve mortes nessa faixa etária.

Já entre dez e 19 anos, dos 221 casos, 15 foram hospitalizados (7%) e nenhum deles precisousinais realsbetcuidados intensivos. Uma pessoa nessa faixa etária morreu, uma taxasinais realsbetmortalidadesinais realsbet0,4%.

Dos 1.285 casossinais realsbetpessoassinais realsbet20 a 29 anos que contraíram o vírus, 183 foram hospitalizadas (14%) e oito delas foram levadas à UTI (0,6%). Desse total, quatro morreram, uma taxasinais realsbetmortalidadesinais realsbet0,3%.

Por fim, entre os que tinham entre 30 e 49 anos, foram 5.127 casos confirmados da doença. Desse total, 1.028 pessoas foram hospitalizadas (20%), das quais 55 precisaramsinais realsbetcuidados intensivos (1,1%). Três pessoas morreram, uma taxasinais realsbetmortalidadesinais realsbet0,2%.

Italianosinais realsbetGênova

Crédito, EPA

Legenda da foto, Dados do governo italiano mostram que 12% dos pacientes que estão sendo tratadossinais realsbetUnidadessinais realsbetTerapia Intensiva (UTI) têm entre 19 e 50 anos

Na Itália, o país mais afetado pela pandemia do coronavírus, 12% dos pacientes que estão sendo tratados nas Unidadessinais realsbetTerapia Intensiva (UTI) têm entre 19 e 50 anos, 52% têm entre 51 e 70 anos e 36%, maissinais realsbet70 anos, segundo o Ministériosinais realsbetSaúde do país.

Em compensação, a taxasinais realsbetmortalidade entre 19 e 50 anos é bem pequena, cercasinais realsbet1%.

De acordo com o Instituto Superioresinais realsbetSanità, até esta segunda-feira (23sinais realsbetmarço), foram 53 mortes entre 19 e 50 anos (nenhuma abaixosinais realsbet30 anos, 12 entre 30 e 39 anos e 41 entre 40 e 49 anos).

No Brasil, já são cercasinais realsbet1,9 mil infectados e 34 mortos, a maioria com maissinais realsbet60 anos.

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