A preocupação nos EUA com o avanço da China: 'Uma ameaça maior que a União Soviética':blaze fazer cadastro
"Acho que se você tivesse visto uma presidênciablaze fazer cadastroHillary Clinton, ou outro democrata ou outro republicanoblaze fazer cadastro2016, teria visto essa mudança acentuada", diz Daniel Kliman, ex-consultor sênior do departamentoblaze fazer cadastrodefesa dos EUA.
"Havia uma sensaçãoblaze fazer cadastroque nossa abordagem para a China não estava funcionando", diz Kliman, agora diretor do Programablaze fazer cadastroSegurança da Ásia-Pacífico no Centro para uma Nova Segurança Americana (CNAS).
Existem muitas razões para esse aumento nas tensões. Os benefícios econômicos prometidos pela China ingressando na Organização Mundial do Comércioblaze fazer cadastro2001 nunca se concretizaram, diz Ray Bowen, que trabalhou para o governo dos EUA como analista econômicoblaze fazer cadastro2001 a 2018.
A China nunca teveblaze fazer cadastrovista seguir as regras, diz ele. "É mais o caso da China querer ingressarblaze fazer cadastrofóruns multilaterais para começar a mudar a forma como os fóruns multinacionais regulam o comércio global". Em outras palavras, a China se uniu com a intençãoblaze fazer cadastromudar, e nãoblaze fazer cadastromudar.
O resultado foi uma vasta ondablaze fazer cadastroperdasblaze fazer cadastroempregos e fechamentoblaze fazer cadastrofábricas nos EUA, conhecido como "choque na China". Os chamados "estados do cinturão da ferrugem" (onde as indústrias americanas estão concentradas) que votaram no presidente Trumpblaze fazer cadastro2016 foram os que mais sofreram.
Muitas empresas americanas transferiram a produção para a China para se beneficiarblaze fazer cadastrocustos trabalhistas mais baixos. No entanto,blaze fazer cadastroacordo com Daniel Kliman, elas pagaram um alto preço por essa mudançablaze fazer cadastroendereço: "A China as obrigou a entregarblaze fazer cadastrotecnologia e propriedade intelectual", diz ele.
E mesmo as empresas que não realocaram a produção descobriram que a Chinablaze fazer cadastroalguma forma se apossoublaze fazer cadastroseus segredos comerciais. As agências policiais nos EUA têm uma longa listablaze fazer cadastroacusações contra indivíduos e empresas chinesas por espionagem e hackers.
O diretor do FBI, Christopher Wray, disse recentemente ao Congresso dos EUA que existem atualmente pelo menos 1 mil investigaçõesblaze fazer cadastroandamento sobre o rouboblaze fazer cadastropropriedade intelectualblaze fazer cadastroempresas americanas que envolvem a China.
O governo dos EUA estimou que o valor total da propriedade intelectual roubada pela China nos quatro anos até 2017blaze fazer cadastroUS$ 1,2 bilhão (936 bilhõesblaze fazer cadastrolibras).
De acordo com Dean Cheng, da Heritage Foundation, um think tank conservador dos EUA, essa é a principal razão pela qual as relações entre os EUA e a China azedaram.
"Quando descobrem que suas patentes estão sendo desfeitas, quando seus produtos estão com engenharia reversa, quando seus processosblaze fazer cadastropesquisa e desenvolvimento estão sendo invadidos, mais e mais empresas concluíram que a parceria com a China não estava se mostrando lucrativa e poderia realmente ser totalmente negativa", diz ele.
De dentro do governo, o analista econômico Ray Bowen diz que notou a mudançablaze fazer cadastrohumor no finalblaze fazer cadastro2015. Quem anteriormente defendia o envolvimento com a China agora se mostrava alarmado ao ver a rapidez com que o gigante asiático estava se aproximando.
Ao mesmo tempo, no Pentágono, o Brigadeiro-General Robert Spalding liderava uma equipeblaze fazer cadastropessoas que tentava formular uma nova estratégiablaze fazer cadastrosegurança nacional para lidar com a ascensão e influência do país.
Spalding deixou as forças armadas e escreveu um livro chamado "Stealth War, How China Took Over While America's Elite Slept" ("Guerra Escondida, como a China assumiu o poder enquanto a elite americana dormia",blaze fazer cadastrotradução livre).
Quando questionada sobre a ameaça que a China representa para os interesses dos EUA, a resposta do general Spalding é gritante. "É a ameaça existencial mais significativa desde o partido nazista na Segunda Guerra Mundial".
"Acho que é uma ameaça muito maior do que a União Soviética. Como a economia número dois do mundo, seu alcance, particularmente nos governos eblaze fazer cadastrotodas as instituições do Ocidente, excedeblaze fazer cadastromuito o que os soviéticos poderiam jamais imaginar".
O resultado do trabalhoblaze fazer cadastroSpalding no Pentágono foi a Estratégiablaze fazer cadastroSegurança Nacional, publicadablaze fazer cadastrodezembroblaze fazer cadastro2017. É considerado o principal documento do governo, projetado para orientar todos os departamentos, e representa uma profunda mudançablaze fazer cadastroabordagem,blaze fazer cadastroacordo com Bonnie Glaser, diretora do Projeto China Power no Centroblaze fazer cadastroEstudos Estratégicos e Internacionais.
"Agora houve um movimento longe da guerra contra o terror e,blaze fazer cadastrovez disso, a competição entre as principais potências tomou o lugar do terrorismo como a maior ameaça aos Estados Unidos", diz ela.
O departamentoblaze fazer cadastrodefesa dos EUA agora acredita que enfrentar a ascensão da China é um dos principais objetivos militares dos Estados Unidos nas próximas décadas. A velocidade com que a China construiu e depois militarizou uma sérieblaze fazer cadastroilhas artificiais no Mar da China Meridional, desafiando o direito internacional, tem alarmado muitas pessoasblaze fazer cadastroWashington.
Segundo Dean Cheng, US$ 5,3 trilhões (R$ 22 trilhões)blaze fazer cadastrocomércio passam pela área a cada ano. "As ações da China foram,blaze fazer cadastrocerto sentido, uma tentativablaze fazer cadastroconseguir cortar a artéria carótida do comércio global", diz ele.
A China tem sido muito clarablaze fazer cadastrosuas ambiçõesblaze fazer cadastroliderar o mundo nas importantes tecnologias do futuro, como robótica e Inteligência Artificial (IA). "Isso é muito importante para a competição agora", diz Bonnie Glaser, "porque se a China tivesse sucesso nessas áreas, provavelmente suplantaria os Estados Unidos como a principal potência do mundo".
É isso que estáblaze fazer cadastrojogo agora. A supremacia militar dos EUA não se baseiablaze fazer cadastroum enorme exército permanente, masblaze fazer cadastrosistemasblaze fazer cadastroarmasblaze fazer cadastroalta tecnologia. Se a China liderar essas tecnologias cruciais, talvez os EUA não consigam acompanhar por muito tempo.
Daniel Kliman acredita que a corrida tecnológica não militar também é crucial. "A China não apenas aperfeiçoa tecnologias para vigilância e censurablaze fazer cadastrocasa, mas exporta cada vez mais essas tecnologias, alémblaze fazer cadastrofinanças e conhecimentos no exterior".
Ele diz acreditar que a batalha com o que chamablaze fazer cadastro"autoritarismoblaze fazer cadastroalta tecnologia" é uma batalha que se tornará cada vez mais central na conversa sobre a China.
Portanto, não espere que a posição dos EUA sobre a China mude no curto prazo, mesmo que o presidente Trump perca as próximas eleições. O climablaze fazer cadastroWashington mudou.
A única verdadeira conversa política não é sobre a China, mas a melhor formablaze fazer cadastrofazê-la. Muitos democratas preferem se envolver com aliados contra a abordagem unilateral do presidente Trump. No entanto, a maioria dos democratas sabe que há poucos votos advogando uma política mais suave da China.
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