Evo Morales x Carlos Mesa: 3 possíveis saídas para a crise política na Bolívia após a eleição presidencial:bete sporte

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Legenda da foto, Os partidáriosbete sporteCarlos Mesa acusam o governo bolivianobete sporteter alterado a contagembete sportevotos da eleição presidencial

E foi assim que simpatizantes do governo e da oposição acabaram medindo forças nas ruas.

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Legenda da foto, Militantes do governo e da oposição medem forças nas ruas da Bolívia

As maiores manifestações ocorreram na segunda-feira nas cidades vizinhas a La Paz e El Alto. Mas também houve protestos a favor e contra o presidentebete sportepraticamente todo o país.

Os manifestantes pró-governo afirmam que "vão defender a democracia" e o novo mandatobete sporteMorales, enquanto partidários da oposição prometem que vão fazer seu voto ser respeitado e não vão permitir que o atual presidente governe a Bolívia por mais um mandato.

"Ou vou para a prisão, ou vou para a presidência", declarou o ex-presidente Carlos Mesa, candidato da oposição que ficou como segundo colocado, diantebete sporteuma multidão na segunda-feira, alegando que a contagem dos votos foi manipulada, quando o resultado indicava que a disputa iria para o segundo turno.

Diante deste cenário, há, por enquanto, três saídas possíveis para a crise política, que custa milhõesbete sportedólares por dia ao país e já revela suas primeiras cenasbete sporteviolência, protagonizadas por ambos os lados — pelo menos 30 pessoas ficaram feridas até agora.

1. Auditoria e segundo turno

A Organização dos Estados Americanos (OEA), a União Europeia (UE) e alguns governos da região defendem a realizaçãobete sporteum segundo turno como a melhor saída para a crise.

Eles acreditam que este é o melhor caminho para as autoridades conseguirem recuperar a legitimidade.

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Legenda da foto, Carlos Mesa insiste que Morales não venceu no primeiro turno das eleições

O duro questionamentobete sporteorganismos internacionais e subsequente pedidobete sportesegundo turno tiveram origem na maneira como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez a contagem dos votos, o que levou a suspeitas sobre a transparência do processo.

No dia da votação, o sistemabete sportetransmissão rápidabete sporteresultados foi suspenso abruptamente com 83% das urnas apuradas, quando o resultado parcial indicava um segundo turno.

Vinte e três horas depois, o sistema foi reativado com 95% das urnas apuradas, sinalizando a vitóriabete sporteMorales no primeiro turno — mudança que foi classificada como "inexplicável" pela OEA.

Depois que o resultado oficial foi divulgado, o governo comemorou a vitória, enquanto a oposição foi para as ruas, sem reconhecer a conquistabete sporteMorales.

Diante da pressão local e dos questionamentos internacionais, o governo boliviano convidou a OEA, a UE e diferentes países para fazer partebete sporteuma auditoria dos votos da eleiçãobete sporte20bete sporteoutubro.

Na manhãbete sporteterça-feira, o governo boliviano também chamou Carlos Mesa para participar da auditoria, que ainda não tem data marcada, "para esclarecer suas dúvidas".

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Legenda da foto, Evo Morales comemorou a vitória, mas disse que estava aberto a uma auditoria dos votos

O governo anunciou que aceitaria participarbete sporteum segundo turno se as denúnciasbete sportemanipulaçãobete sportevotos fossem confirmadas — e que a auditoria da OEA teria caráter vinculante.

"Que todas as urnas sejam verificadas. Se a fraude for comprovada ao final do processo, iremos para o segundo turno", afirmou Morales.

Essa opção, que passa por uma conciliação ou negociação, é a única saída política não violenta na opinião do cientista político Fernando Mayorga.

Em entrevista à BBC News Mundo, serviçobete sporteespanhol da BBC, ele afirma que o tempo é um fator-chave, dada a escaladabete sporteviolência que o país já está enfrentando.

"O importante é que o conflito seja direcionado ao campo político e que os protagonistas sejam os partidosbete sporteMorales e Mesa, e não aqueles a favorbete sporteuma ruptura (oposição mais radical)", diz o especialista.

2. Triunfo do movimentobete sporteoposição

Entre os grupos civis da oposição e partidáriosbete sporteCarlos Mesa, cresce a ideiabete sporteque um segundo turno não é aceitável, se for comprovado que houve manipulaçãobete sportevotos a favorbete sporteEvo Morales.

Durante a manifestaçãobete sportemassabete sportesegunda-feirabete sporteLa Paz, a reivindicaçãobete sportenovas eleições se multiplicou entre os participantes, assim como o pedidobete sportejulgamento do presidente boliviano e das autoridades do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela suposta fraude.

Na entrevista coletivabete sporteque foi anunciado o resultado final da eleição, as autoridades eleitorais declararam que estavam agindobete sporteboa fé, com transparência e idoneidade, apesar das duras críticas recebidas.

Na opinião do analista político Yerko Ilijic, o movimentobete sporteoposição que não reconhece a vitóriabete sporteMorales tem uma natureza diferente dos conflitos que o governo enfrentou ao longo dos últimos 13 anos.

"A mobilização atual é despolitizada, não é militante, é bastante civil e tem muitos jovens", afirmou o pesquisador à BBC News Mundo.

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Legenda da foto, Nove dias após eleição, denúnciasbete sportesuposta fraude e manipulação dos resultados não arrefecem

Ilijic destaca que esses grupos mobilizados têm a particularidadebete sporteganhar força a partirbete sportediferentes regiões da Bolívia e não se originarambete sporteLa Paz, como acontecia tradicionalmente, o que desnorteou a reação do governo.

O analista cita como exemplo Santa Cruzbete sportela Sierra, a cidade mais populosa do país e que está há mais dias paralisada. Na opiniãobete sporteIlijic, a cidade recuperou o protagonismo que havia perdido na última década.

"Santa Cruz pode continuar dando o exemplo a outras regiões, e a mobilização pode continuar crescendo pelas frustrações que se acumularam e tiveram seu ápice com o que aconteceu após as eleições", conclui.

Morales advertiu que US$ 3,5 milhões são perdidos diariamentebete sportedecorrência da "greve política" realizada por Santa Cruz.

3. Evo 2020-2025

Se os movimentosbete sporteoposição mostrarambete sporteforçabete sporteSanta Cruz e La Paz, entre outras cidades, o governo não ficou para trás com uma enorme manifestação realizadabete sporteEl Alto na segunda-feira.

Na cidadebete sporteAymara, localizada a maisbete sporte4 mil metrosbete sportealtura e onde Morales sempre vence, dezenasbete sportemilharesbete sportepessoas se reuniram para expressar seu apoio ao presidente.

Horas antes, um protestobete sportemineiros cruzou o centrobete sporteLa Paz, detonando dinamites e entoando palavrasbete sporteordembete sportefavor do governo.

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Legenda da foto, A Bolívia vivebete sportetensão permanente desde as eleiçõesbete sporte20bete sporteoutubro que deram vitória a Evo Morales

Na avaliação do analista político Fernando Mayorga, os seguidoresbete sporteMorales respondem dessa maneira à mobilização da oposição.

"Evidentemente, as duas coalizões apostaram nas ruas e,bete sportegrande parte, o governo faz issobete sporteresposta ao que Carlos Mesa esboçou no dia seguinte às eleições", diz o especialista.

Desde a semana passada, Evo Morales convocou suas bases para "defender a democracia" e denunciou que as manifestações da oposição faziam partebete sporteum planobete sportegolpebete sporteEstado com apoio internacional.

As organizações sociais que apoiam o presidente não hesitarambete sporteatender à convocaçãobete sporteMorales — e agora as ruas bolivianas se tornaram o localbete sporteque governo e oposição medem forças.

Há décadas que uma eleição presidencial na Bolívia não se traduziabete sporteprotestos nas ruas e ameaçasbete sporteviolência. Muito menosbete sporteuma crise política ainda com finalbete sporteaberto, na qual uma saída conciliatória parece ser a opção mais distante.

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