Por que o controle do vale do Jordão é chave para o conflito entre Israel e Palestina:betnacional paga mesmo

Por que esta área é chave no conflito entre israelenses e palestinos?

Israel capturou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental, Gaza e as Colinasbetnacional paga mesmoGolã na Guerra dos Seis Dias,betnacional paga mesmo1967.

Jerusalém Oriental foi anexada a Israelbetnacional paga mesmo1980 e as Colinasbetnacional paga mesmoGolã,betnacional paga mesmo1981. Nenhum desses movimentos foi reconhecido internacionalmente por décadas.

Em 2017, no entanto, o governo Donald Trump contrariou políticas anteriores dos EUAbetnacional paga mesmorelação aos territórios e reconheceu as duas anexações.

Em avanço dessa política, Netanyahu passou a defender que Israel tem uma "grande oportunidade" diante do vale do Jordão.

"É uma oportunidade histórica e únicabetnacional paga mesmoaplicar a soberaniabetnacional paga mesmoIsraelbetnacional paga mesmonossos assentamentos... Ebetnacional paga mesmooutros lugares importantes para nossa segurança, patrimônio e futuro."

O domínio da Cisjordânia tem sido o coração do conflito palestino-israelense. Israel construiu ali 140 assentamentos que são considerados ilegais sob o direito internacional - o país nega qualquer ilegalidade.

O valebetnacional paga mesmoquestão vai da cidade israelensebetnacional paga mesmoBeit Shean (90 km ao nortebetnacional paga mesmoJerusalém) até o extremo norte do mar Morto, cobrindo cercabetnacional paga mesmo2.400 km², quase um terço da Cisjordânia.

Trata-sebetnacional paga mesmouma terra fértil que faz fronteira com a Jordânia. Vivem ali cercabetnacional paga mesmo53 mil palestinos e 12,8 mil colonos judeus, segundo a ONG israelense anti-ocupação Paz Agora.

Jericó é a principal cidade palestina da região, que tem pouco menosbetnacional paga mesmo30 localidades menores e algumas comunidades beduínas.

Atualmente, os palestinos estão proibidosbetnacional paga mesmoentrar ou usar aproximadamente 85% do território,betnacional paga mesmoacordo com o grupo israelensebetnacional paga mesmodireitos humanos B'Tselem.

"Isso ocorre porque a maior parte do território foi designada como 'Área C' sob os acordosbetnacional paga mesmopazbetnacional paga mesmoOslobetnacional paga mesmo1993, o que significa que está sob controle totalbetnacional paga mesmoIsrael", lembra Barbara Plett-Usher, correspondente da BBC no Oriente Médio.

Embora o acordo tenha sido assinadobetnacional paga mesmo1993, desde 1967 o Vale do Jordão permanece sob o controle das tropas israelenses, que se recusam a deixar o território alegando questõesbetnacional paga mesmosegurança.

"Controlar o vale do Jordão sempre foi fundamental para Israel. A fronteira entre Israel e a Jordânia é uma espéciebetnacional paga mesmoporta para o resto dos países do Oriente Médio", disse à BBC News James Sorene, analista do Centrobetnacional paga mesmoComunicações e Pesquisabetnacional paga mesmoIsrael no Reino Unido.

"Nas últimas negociaçõesbetnacional paga mesmopaz, o vale foi um pontobetnacional paga mesmodesacordo, já que Israel pretendia permanecer lá por pelo menos meia década e os palestinos queriam reduzir esse tempo. Manter o controle militar é um requisito mínimobetnacional paga mesmoIsrael nas negociações", diz ele.

A área da Cisjordânia e do vale do Jordão,betnacional paga mesmoacordo com o analista, também tem muito significado para os judeus ortodoxos porque partebetnacional paga mesmosua herança histórica transcorreu nela.

Campanha eleitoral

As eleiçõesbetnacional paga mesmo17betnacional paga mesmosetembro serão as segundas do ano, já quebetnacional paga mesmoabril Netanyahu não teve apoio parlamentar suficiente para formar um governo.

Nas pesquisasbetnacional paga mesmointençãobetnacional paga mesmovoto, o Likud (partido)betnacional paga mesmoNetanyahu aparece, comobetnacional paga mesmoabril,betnacional paga mesmodisputa acirrada com a coalizão centrista Azul e Branco.

Os críticosbetnacional paga mesmoNetanyahu veem a proposta sobre o vale do Jordão como uma tentativabetnacional paga mesmoobter votos mais à direita.

Yair Lapid, da Azul e Branco, criticou o primeiro-ministro dizendo que "ele não deseja anexar territórios, e sim votos". "É um truque eleitoral e nem mesmo particularmente exitoso, porque a mentira é clara demais", completou.

Sorene endossa a leiturabetnacional paga mesmoque o projeto para o vale do Jordão seja uma oportunidade eleitoral.

"Anexar o vale do Jordão e outros assentamentos israelenses na Cisjordânia são promessas da campanha. Ele (Netanyahu) falabetnacional paga mesmosoberania, mas seu discurso é bastante ambíguo e não explicita como as coisas seriam feitas", diz o analista.

"Se ele vencer as eleições, essa promessa terá um longo caminho até ser realizada", diz ele. Sorene acrescenta que, se concretizada, "as implicações seriam muito graves porque violariam qualquer acordo bilateral anterior".

Esse plano também pode quebrar acordosbetnacional paga mesmocooperaçãobetnacional paga mesmoque Netanyahu precisa para combater o grupo islâmico palestino Hamas, aponta o analista.

Retaliação internacional

Diversos atores da comunidade internacional condenaram as declaraçõesbetnacional paga mesmoNetanyahu.

Um porta-voz da ONU disse que a anexação "não teria efeito legalbetnacional paga mesmonível internacional".

A Liga Árabe, uma organização que inclui 22 Estados, descreveu os planosbetnacional paga mesmoNetanyahu como "perigosos" e considerou que eles "torpedeariam" os fundamentos da paz.

Por outro lado, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, alertou que a anexação poderia "levar toda a área à violência" e seu colega na Turquia, Meylut Cayusoglu, disse que a intenção era "racista" e "agressiva" no contexto pré-eleitoral.

O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina, Mohammad Shtayyeh, havia declaradobetnacional paga mesmoum comunicado antes do anúncio sobre o vale do Jordão que o presidentebetnacional paga mesmoIsrael era um "destruidor do processobetnacional paga mesmopaz".

Palavras ecoadas pela deputada palestina Hanan Ashrawi, que disse à agênciabetnacional paga mesmonotícias AFP que a promessabetnacional paga mesmoNetanyahu "não apenas destrói a solução dos dois Estados, mas também qualquer oportunidadebetnacional paga mesmopaz."

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