Quem é Ari Ben-Menashe, o misterioso ex-agente israelense contratado para convencer Trumproleta quanticasolução para a crise na Venezuela:roleta quantica

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Legenda da foto, Ari Ben-Menashe é diretor da empresa canadense Dickens & Madson, dedicada ao lobby

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Legenda da foto, Henri Falcón diz que o que seu partido 'contratou legalmente serviços profissionais'

Logo depois da notícia vir à tona, Francisco Rodríguez, economista venezuelano baseado nos Estados Unidos que assessora Falcón, disse que a inclusão dessa pretensão presidencial nos documentos foi um "erro administrativo". A nova redação do documento afirma que se trataroleta quantica"buscar uma solução pacífica para a crise política, humanitária e econômica da Venezuela".

Falcón disse à BBC News Mundo, o serviçoroleta quanticaespanhol da BBC, que a única coisa que seu partido fez foi "contratar legalmente serviços profissionais eroleta quanticarepresentação no exterior, assim como muitas outras organizações políticas venezuelanas".

A BBC News Mundo não conseguiu contato com Ben-Menashe.

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Legenda da foto, Ben-Menashe estava envolvidoroleta quanticaoutra questão controversa na África

Mas quem exatamente é esse judeu nascido no Irã há 68 anos? E por que Falcon e seu partido acreditam que isso pode influenciar um dos governos mais poderosos do mundoroleta quanticauma questão tão crucial quanto a situação na Venezuela?

Agente secretoroleta quanticaIsrael

Ben-Menashe é um velho conhecido no mundo globalroleta quanticainteligência. Quando,roleta quantica2012, o site Wikileaks começou a publicar os emails que vazaram da empresaroleta quanticainteligência americana Stratfor, ele foi mencionado por alguns deles.

Em uma mensagem, um jornalista israelense avisou o cheferoleta quanticasegurança da empresa americana que Ben-Menashe é "um golpista", e o aconselhou: "Fique longe dele".

Ben-Menashe é famoso nos círculos dedicados à segurança nacionalroleta quanticaIsrael. Em 1977, começou a trabalhar na Aman, a agênciaroleta quanticainteligência militar israelense, onde, como disse anos depois,roleta quanticacarreira foi favorecida por seu domínio das línguas inglesa, árabe e persa.

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Legenda da foto, O oficial norte-americano Oliver North (à esquerda) foi um dos acusados do escândalo Irã-Contras

Quando,roleta quantica1979, a revolução dos aiatolás triunfou no Irã,roleta quanticaligação com o país se mostrou especialmente útil aos olhosroleta quanticaseus comandantes.

De acordo com seu próprio relato, ele esteve envolvido como agente israelense no caso conhecido como Irã-Contras, um escândalo que atingiu vários funcionários do governoroleta quanticaRonald Reagan (1911-2004) nos Estados Unidos acusadosroleta quanticaenvolvimento na venda armas ao Irã, apesar do embargo que na época vigoravaroleta quanticarelação ao país islâmico.

Isso também respingou sobre Ben-Menashe, que,roleta quantica1989, foi preso nos Estados Unidos acusadoroleta quanticatentar vender três aviões para os iranianos. Jároleta quanticaliberdade, enfrentando aqueles que haviam sido seus ex-empregadores israelenses, ele começou a fazer revelações explosivas.

Disse que,roleta quantica1980, participouroleta quanticanegociações secretas para adiar a libertação dos reféns americanos detidos pelo governo iraniano.

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Legenda da foto, O presidente dos Estados Unidosroleta quantica1980, Jimmy Carter, com os funcionários que foram mantidos como reféns na embaixadaroleta quanticaseu país no Irã.

Ben-Menashe afirmou que membros do Partido Republicano, incluindo o ex-presidente George H. W. Bush (1924-2018), se reuniram secretamente com líderes do governo iraniano para que os reféns não fossem libertados antes das eleições, o que favoreceria as aspirações à reeleição do então presidente Jimmy Carter, que enfretava Reagan.

Uma comissãoroleta quanticainvestigação da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos que o questionou por um longo tempo concluiu que o relatoroleta quanticaBen-Menashe era uma "invenção total".

Seja como for, Ben-Menashe deuroleta quanticaversão do que ele viveuroleta quanticaseus anos como agente secreto, com a publicaçãoroleta quantica1992roleta quanticaseu livro Profits of War: Inside the secret U.S-Israeli Arms Network (Lucros da Guerra: por dentro da rede secretaroleta quanticaarmas Israel-EUA,roleta quanticatradução livre).

À sombraroleta quanticaMugabe

Em 2002, o ex-agente secreto ganhou as manchetes por seu envolvimentoroleta quanticaum episódio sombrioroleta quanticameio à campanha eleitoral no Zimbábue.

Morgan Tsvangirai, líder da oposição, foi acusadoroleta quanticatentar assassinar o então presidente do país, Robert Mugabe, e foi julgado por traição pouco antesroleta quanticauma eleiçãoroleta quanticaque as pesquisas o colocavamroleta quanticavantagem.

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Legenda da foto, Morgan Tsvangirai, líder da oposição no Zimbábue, foi acusadoroleta quanticatentar assassinar o presidente do país, Robert Mugabe

A provaroleta quanticaacusação contra Tsvangirai foi a gravaçãoroleta quanticaum encontro com Ben-Menashe no qual se falavaroleta quantica"eliminar" Mugabe, que havia contratado o ex-agente israelense, que havia se instalado no Canadá e montadoroleta quanticaempresaroleta quanticalobby no país. Tsvangirai disse ter sido vítimaroleta quanticauma farsa com fins políticos e foi absolvido.

Embora Mugabe seja uma figura polêmica e tenha sido acusadoroleta quanticaviolaçõesroleta quanticadireitos humanos e crimes contra a humanidade, Ben-Menashe disseroleta quanticauma recente entrevista ao programa Newshour, da BBC, que tinha "orgulho"roleta quanticatê-lo representado.

Com os militares do Sudão

Antesroleta quanticase relacionar com a Venezuela, Ben-Menashe estava envolvidoroleta quanticaoutras questões controversas na África.

O lobista foi contratado por Jalifa Hafter, o militar à frente do autointitulado Exército Nacional da Líbia e que na primavera passada lançou uma ofensiva contra a capital do país e o precário governoroleta quanticaunidade nacional instalado com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).

A junta militar que governa o Sudão desde a queda do presidente Omar al-Bashir,roleta quanticaabril passado, também recorreu aos seus serviços para obter cobertura jornalística favorável e reconhecimentoroleta quanticagovernos ocidentais.

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Legenda da foto, Uma junta militar lidera o Sudão depoisroleta quanticaderrubar Omar al-Bashir (à esq.).

Ben-Menashe confirmou que a junta pagará US$ 6 milhões, entre outras coisas, para que seus membros tenham uma reunião com o presidente americano, Donald Trump.

Uma quantia considerada escandalosa por muitos, dada a situação do país,roleta quanticameio às acusações contra militares sudanesesroleta quanticarepressão violentaroleta quanticamanifestantes pacíficos.

"Eles querem estabelecer um novo governo liderado por um economistaroleta quanticaprestígio para por ordem na economia", disse Ben-Menashe recentemente, que afirmou queroleta quanticacolaboração segue o desejo dos militaresroleta quantica"explicar o que estão fazendo e quais são seus objetivos".

Por que agora Falcón?

Muitos na oposição venezuelana criticaram Falcón por participar das eleiçõesroleta quantica2018. Enquanto a maioria dos oponentesroleta quanticaMaduro decidiu não participarroleta quanticaeleições que eles consideravam injustas, muitos críticos do presidente venezuelano interpretaramroleta quanticaparticipação como uma formaroleta quanticalegitimar a "farsa eleitoral".

A partir do não reconhecimento dessas eleições, a oposição considerou Maduro um "usurpador", e é por isso que Guaidó se declarou "presidente interino"roleta quanticavirtuderoleta quanticasua posição como presidente da Assembléia Nacional.

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Legenda da foto, O governo e representantesroleta quanticaJuan Guaidó negociam sob a mediação da Noruega

A defesa contra essas acusaçõesroleta quanticaFalcón, que era chavista, depois opositor e agora se apresenta como uma terceira via, estava implícita no lemaroleta quanticasua campanha: "Se votarmos, ganhamos".

Agora que o governo venezuelano e representantesroleta quanticaGuaidó negociam, sob a mediação da Noruega, um acordo que poderia levar a novas eleições, Falcón parece ter retomado seus planos.

A contrataçãoroleta quanticaBen-Menashe para melhorarroleta quanticainfluência e reputaçãoroleta quanticaWashington não tem sido seu único movimento depoisroleta quanticamuitos mesesroleta quanticaquase nenhuma atividade pública.

Há alguns dias ele apresentou o programa "Petróleo por Comida"roleta quanticaCaracas, segundo o qual a Venezuela receberia ajuda humanitáriaroleta quanticatrocaroleta quanticapetróleo bruto e poderia, assim, reduzir o impacto das sanções dos Estados Unidos.

Quando a BBC News Mundo perguntou se ele gostariaroleta quanticaser o candidato novamente nas próximas eleições, ele respondeu: "Não é uma questão pessoal, mas trata-seroleta quanticadevolver a governabilidade ao país". E, para isso, ele contratou o polêmico Ben-Menashe.

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