Liberdadecodigo 1xbetimprensa: 'A luta por justiça depois do assassinatocodigo 1xbetminha mãe':codigo 1xbet

Algumas horas depois, ela estava novamente online, escrevendo sobre esse abusocodigo 1xbetseu site, dividida entre zombar das inseguranças do novo primeiro-ministro e ridicularizarcodigo 1xbetprópria aparência.

"Peço desculpas por estar numa bagunça total, mas quando o esquadrãocodigo 1xbethomicídios aparece à noite nacodigo 1xbetcasa para te prender...escovar o cabelo, passar pó e blush e encontrar algumas roupas atraentes são a última coisa nacodigo 1xbetcabeça", ela escreveu.

Agora, o mesmo investigador que prendeu minha mãe naquela noite se vê encarregado da investigaçãocodigo 1xbetseu assassinato.

No diacodigo 1xbetque foi morta,codigo 1xbet16codigo 1xbetoutubrocodigo 1xbet2017, minha mãe, Daphne Caruana Galizia, dirigiu até o banco para retomar o controlecodigo 1xbetsua conta, que havia sido congelada a pedidocodigo 1xbetum ministro do governo.

Ela havia acabadocodigo 1xbetcompletar 53 anos e estava no augecodigo 1xbetsua carreiracodigo 1xbet30 anos como jornalista.

Meio quilocodigo 1xbetexplosivos embaladoscodigo 1xbetum dispositivo que estava sob o assento do seu carro foi detonado remotamente.

Apoiadores do governo celebraram abertamente o assassinato, o que me lembrou das cenascodigo 1xbetcomemoração com tiros ao ar na Turquia, após o assassinato do jornalista turco-armênio Hrant Dink.

Outros insinuaram que eu mesmo planejara o assassinatocodigo 1xbetminha mãe, ou que ela havia arriscadocodigo 1xbetvidacodigo 1xbetbom grado - a mesma calúnia que se repetiucodigo 1xbetrelação a James Foley, o correspondente americano que foi sequestrado e decapitado na Síria.

O assassinatocodigo 1xbetDaphne Caruana Galizia

Por que esses assassinatos importam tanto?

"O livre fluxocodigo 1xbetfatos e opiniões, a atuação e o trabalhocodigo 1xbetjornalistas, criam sociedades mais justas e livres", meu irmão dissecodigo 1xbetuma reunião com diplomatas europeus, enquanto ainda nos recuperávamoscodigo 1xbetnossa perda.

"Isso cria sociedades mais ricas e mais resilientes:codigo 1xbetoutras palavras, sociedadescodigo 1xbetque vale a pena viver."

Depois do assassinatocodigo 1xbetnossa mãe, nossa única luz foi a demonstração efusãocodigo 1xbetapoio, remorso, tristeza e pesar vindoscodigo 1xbettodos os tiposcodigo 1xbetpessoas.

Isso me surpreendeu e trouxe à mente algo que um amigo me disse uma vez: "Boas pessoas estãocodigo 1xbettoda parte; você precisa encontrá-las".

O desejocodigo 1xbetvivercodigo 1xbetuma sociedade que é livre e aberta, onde a lei é a mesma para todos e os direitos humanos são respeitados, é universal. Mas como acontece com a maioria dos desejos, ele oscila.

Muitas vezes é tarde demais quando percebemos que algumas pessoas más - que, como doenças humanas, sempre estarão por perto - assumiram o controle.

A tarefa que meus irmãos, meu pai e eu estabelecemos para nós mesmos desde o assassinatocodigo 1xbetnossa mãe é enorme: conseguir justiça por seu assassinato, justiça por suas investigações e garantir que nada disso aconteça novamente.

Agora há pouco tempo para qualquer outra coisa.

Na minha família, às vezes conversamos sobre a pouca paciência que temos para a inação e a indiferença dos outros, especialmente daquelescodigo 1xbetposiçõescodigo 1xbetautoridade.

Achamos difícil não atacar seu cinismo ecodigo 1xbetpreguiça.

Os filhos do jornalista investigativo turco Ugur Mumcu me disseram que, depois que seu pai foi assassinado com um carro-bomba, o chefecodigo 1xbetpolícia desculpou-se por seu fracasso ao investigar o caso dizendo: "Não podemos fazer nada, há uma parede à nossa frente."

A respostacodigo 1xbetsua mãe foi: "Então tire um tijolo, depois outro, até derrubar a parede inteira".

Isso é o que temos feito desde que nossa mãe foi assassinada.

Meu princípio guia no início era fazermos nosso melhor, independentemente do que viesse. Agora acho que o processo é quase tão importante quanto nossos objetivos.

Estamos forçando uma mudança cultural e gerando mais respeito pela liberdadecodigo 1xbetexpressão pelo simples atocodigo 1xbetpressionar o Estado a cumprir seu dever e fazer justiça.

Nós nos unimos a outros que estão erradicando a doença da "faltacodigo 1xbetliberdade" e ensinando ao mundo um novo respeito pelos direitos humanos no processo.

"A liberdade começa com a liberdadecodigo 1xbetconsciência", nos disse o escritor Yameen Rasheed cinco dias antescodigo 1xbetser esfaqueado até a morte do ladocodigo 1xbetforacodigo 1xbetsua casa, nas Maldivas,codigo 1xbet2017.

"Sem essa liberdade fundamental da mente, o que você faria com as outras liberdades?"

Como ocodigo 1xbetminha mãe, seu assassinato mostrou que não havia respeito por essas liberdadescodigo 1xbetnossos países.

Não cabe apenas a nós, os que ficaram para trás, assumir a luta pela liberdade: os membros da família, namoradas, namorados e amigoscodigo 1xbetjornalistas assassinados e presos.

Essa grande responsabilidade caiu sobre nossos ombros, mas não podemos carregá-la sozinhos. Precisamoscodigo 1xbetpessoas boascodigo 1xbettodos os lugares para se juntar a nós.

O Dia Mundial da Liberdadecodigo 1xbetImprensa

Eu sei que há maiscodigo 1xbetnós. Lembre-se que o colunista saudita Jamal Khashoggi era amado por pessoascodigo 1xbettodos os lugares.

Foi apenas uma pessoa que o odiou o suficiente para matá-lo.

Em todos esses assassinatos, incluindo ocodigo 1xbetminha mãe, há pouco ou nenhum indíciocodigo 1xbetque o Estado esteja fazendo um esforço significativo para condenar as pessoas responsáveis.

Então, começamos removendo o primeiro tijolo: exigir que Malta lance um inquérito público para descobrir o que deu errado na prevenção do assassinatocodigo 1xbetsua jornalista mais importante.

Depois, vamos passar para o próximo tijolo.

Todos os dias, desejo que minha mãe nunca tivesse feito esse sacrifíciocodigo 1xbetnomecodigo 1xbetseu país - preferiria que ela ainda estivesse viva.

Mas como Khadija Ismailova, um jornalista azeri cuja prisão foi descrita como "ultrajante" por gruposcodigo 1xbetdireitos humanos, disse: "se realmente amamos, queremos que nossos entes queridos sejam quem são. E é isso que Daphne era - uma lutadora e heroína".

O que minha mãe nunca saberá é quecodigo 1xbetmorte inspirou milharescodigo 1xbetatoscodigo 1xbetheroísmocodigo 1xbetMalta e além.

E gostocodigo 1xbetpensar que cada um desses atos,codigo 1xbetuma forma oucodigo 1xbetoutra, protegeu outros jornalistas corajososcodigo 1xbetter o mesmo destino que ela.

codigo 1xbet *Sobre este texto

Matthew Caruana Galizia é jornalista investigativo e filho da jornalista Daphne Caruana Galizia, que foi mortacodigo 1xbetoutubrocodigo 1xbet2017. Você pode segui-lo no Twitter aqui.

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