Quem são os líderes por trás do avanço da direita radical na Europa:crash roleta

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Legenda da foto, Italiano Matteo Salvini (2º da direita para a esquerda na foto), lançou uma aliançacrash roletapartidos nacionalistas ecrash roletaextrema direitacrash roletaolho nas próprimas eleições para o Parlamento Europeu

crash roleta Faltando poucas semanas para as eleições para o Parlamento Europeu, partidos nacionalistas ecrash roletaextrema direita na Europa estão vislumbrando uma oportunidade.

Após vitórias eleitoraiscrash roletadiversos países do continente, alguns dos partidos estão tentando se organizarcrash roletaum bloco pan-europeu.

Esse movimento pode ser compreendido,crash roletaparte, como uma reação ao establishment político. Mas a ondacrash roletadescontentamento também está relacionada a preocupações sobre temas como globalização, imigração, diluição da identidade nacional e da própria União Europeia.

Um sucesso eleitoral dos nacionalistas radicais nas próximas eleições para o Parlamento Europeu, que ocorrem entre 23 e 26crash roletamaio, pode causar um grande impacto no equilíbrio regionalcrash roletapoder.

Para entender melhor o atual cenário político da Europa, saiba onde os partidos nacionalistas ecrash roletaextrema direita estão no poder.

Espanha: Vox,crash roletaSantiago Abascal

A Espanha era, até muito pouco tempo atrás, um dos últimos países da Europacrash roletaque a extrema direita não tinha representantes no Parlamento.

Muitos acreditavam que os espanhois nunca iriam endossar um partido da direita radical, devido à ditaduracrash roletaFrancisco Franco, entre 1939 a 1975. Desde a queda do franquismo, apenas um único assento havia sido obtido pela extrema direita no país,crash roleta1979.

Porém, isso mudou com a ascensão súbita do partidocrash roletaextrema-direita Vox, liderado por Santiago Abascal, que acabacrash roletaser eleito para o Parlamento espanhol pela primeira vez, conquistando 24 cadeiras e cercacrash roleta10% dos votos nas eleiçõescrash roleta28crash roletaabril deste ano.

O pleito do Vox é defender a unidade da Espanha, com a promessacrash roletadeportar imigrantes ilegais e clamando pela suspensão da autonomia da região da Catalunha, depois que os separatistas não conseguiram a independênciacrash roletaoutubrocrash roleta2017.

Abascal e seu partido são contrários ao abortocrash roletapraticamente todas as circunstâncias e também pretendem repelir leis contra violênciacrash roletagênero. Além disso, chegaram a propor medidas controversas, como a flexibilização do acesso a armas.

Apesar disso, Abascal rechaça que o Vox seja da direita radical e afirma que o partido écrash roleta"extrema necessidade".

Aos 43 anos, o líder do Vox desconfia da imprensa e utiliza amplamente as redes sociais.

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Legenda da foto, Santiago Abascal é líder do partidocrash roletaextrema direita espanhol Vox

Itália: Liga,crash roletaMatteo Salvini

O italiano Matteo Salvini emergiu como a principal figura por trás da tentativacrash roletaunificação dos partidos nacionalistas europeus para as eleições do Parlamento da União Europeia. Líder do partido italiano Liga, Salvini é ele próprio um ex-membro do Parlamento Europeu.

Até 2013, o partido dele não tinha vigor político. Era uma formação regional, nascidacrash roleta1989, que advogava por mais autonomia para o rico Norte italiano ante o empobrecido Sul - por isso, tinha o nomecrash roletaLiga Norte.

Foi naquele ano que Salvini assumiu a liderança do partido. Umacrash roletasuas medidas foi abandonar o uso da palavra "Norte" no nome do partido, que passou a ser chamado apenascrash roleta"Liga", convertidacrash roletauma formação nacionalistacrash roletatoda a Itália. Suas mensagens, então, passaram a ser dirigidas contra a imigração e a União Europeia.

Em apenas cinco anos, o partido cresceu a pontocrash roletaficarcrash roletaterceiro lugar nas eleições geraiscrash roleta2018. Após o pleito, Salvini foi alçado a vice-primeiro-ministro e ministro do Interior.

No posto, umacrash roletasuas primeiras ações foi bastante controversa: proibiu que um barcocrash roletaresgatecrash roletaimigrantes, com 629 pessoas a bordo, aportassecrash roletauma cidade italiana.

Em resposta às críticas acrash roletapolítica anti-imigração, Salvini disse: "Tanti nemici, tanto onore" (muitos inimigos, muita honra). A frase é uma ligeira variaçãocrash roletaum slogan do fascista italiano Benito Mussolini e foi tuitada por Salvini no dia do nascimento do ditador.

Salvini, que é um dos políticos europeus com mais seguidores nas redes sociais, se uniu ao "Movimento" criado por Steve Bannon, ex-estrategistacrash roletaDonald Trump, para promover o populismocrash roletadireita no mundo.

A Liga tem reputaçãocrash roletaser céticacrash roletarelação à União Europeia. Muitos dos seus candidatos ao Parlamento Europeu, inclusive, querem que a Itália abandone o euro.

Este mês, Salvini formou uma aliançacrash roletapartidos para a eleição ao Parlamento Europeu. Ainda não está claro quantos partidos irão se juntar.

Até agora, a Liga se aliou, entre outros, à AfD, principal partidocrash roletaoposição na Alemanha, ao Partido dos Finlandeses, ao Partido Popular Dinamarquês, ao austríaco Partido da Liberdade e ao Agrupamento Nacional francês.

No começo deste mês, a lídercrash roletaextrema direita francesa Marine Le Pen postou uma foto com Salvini, dizendo que eles estavam prontos para vencer as eleiçõescrash roleta26crash roletamaio.

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Legenda da foto, Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro italiano, tem milhõescrash roletaseguidores nas redes sociais

Hungria: Fidesz,crash roletaViktor Orbán

Em 2018, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, conquistou um terceiro mandato com uma vitória esmagadoracrash roletauma eleição dominada pelo tema da imigração. Sua vitória, disse Orbán, deu aos húngaros "a oportunidadecrash roletadefenderem a si mesmos ecrash roletadefenderem a Hungria".

Membro do partido Fidesz, Orbán se apresenta como um defensor da Hungria e da Europa contra imigrantes muçulmanos, alertando para o que seria uma ameaça: "uma Europa com uma população mestiça e nenhum sensocrash roletaidentidade".

O Fidesz faz partecrash roletaum grupo europeucrash roletacentro-direita, chamado EPP. Em março deste ano, a agremiação suspendeu o partido húngaro devido acrash roletaposição contra a União Europeia. Por enquanto, Orbán tem sinalizado que pretende permanecer sob o guarda-chuvacrash roletacentro direita, mas deve se encontrar com o italiano Salvini nas próximas semanas.

Além do Fidesz, a Hungria tem outro partido nacionalista, o Jobbik, que tem buscado se afastar do seu passadocrash roletaextrema direita e apelar para os votoscrash roletacentro - nas eleições 2018, o Jobbik obteve 19% dos votos, contra 49% do Fidesz.

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Legenda da foto, 'A democracia liberal é favorável ao multiculturalismo, enquanto a democracia cristã dá prioridade para a cultura cristã', disse Orbán

Orbán, porém, nem sempre teve essas características. Foi no seu primeiro mandato, por exemplo, obtido nas eleiçõescrash roleta1998, que foi preparado o ingresso da Hungria na União Europeia, depoiscrash roletadécadascrash roletacomunismo e submissão a Moscou.

Hojecrash roletadia, Orbán é visto por muitos como um político autoritário. Colocou aliadoscrash roletameioscrash roletacomunicação, introduziu novas regras trabalhistas chamadascrash roleta"lei escravista" pelos críticos, e adotou uma postura beligerante contra ONGs.

Umcrash roletaseus maiores inimigos é o multimilionário filantropo,crash roletaideologia liberal, George Soros - apesarcrash roletaSoros ter concedido uma bolsacrash roletaestudos para Orbán na Universidadecrash roletaOxford, na Inglaterra,crash roleta1989, épocacrash roletaque o húngaro pretendia estudar "o renascimento da sociedade civil".

Jácrash roleta2014, Orbán defendia o que chamoucrash roleta"democracia cristã"crash roletaoposição à democracia liberal. "A democracia liberal é favorável ao multiculturalismo, enquanto que na democracia cristã a prioridade é a cultura cristã. A democracia liberal é favorável à imigração, enquanto a democracia cristã é contra a imigração", declaroucrash roletaentrevista para a revista americana The New Yorker.

Alemanha: AfD,crash roletaAlexander Gauland e Alice Weidel

Formado seis anos atrás, o partidocrash roletaextrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) ingressou no parlamento nacional pela primeira vezcrash roleta2017, com 12,6% dos votos, e se tornou o terceiro maior partido alemão e o principalcrash roletaoposição.

No início, a AfD era um partido anti-euro. Depois, passou a pressionar por políticas anti-imigração.

O partido viveu um picocrash roletapopularidade depois que a Alemanha permitiu a entradacrash roletamaiscrash roleta1 milhãocrash roletaimigrantes sem documentação - a políticacrash roletaportas abertas aos refugiados da chanceler Angela Merkel.

As duas figuras mais conhecidas do partido são Alice Weidel, líder no Parlamento, e o co-líder Alexander Gauland.

"Não há um consenso sobre como descrever a AfD como fenômeno político", afirmou Weidel,crash roletaum artigo publicadocrash roleta2017. "Atrai tanto os radicais extremistascrash roletadireita quanto pessoas descontentes com o status quo, que podem ou não já ter participado do sistema eleitoral."

Recentemente, a AfD se uniu à iniciativacrash roletaSalvinicrash roletajuntar os partidos da direita radical para as eleições europeiascrash roleta26crash roletamaio.

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Legenda da foto, Jussi Halla-aho é um dos políticos finlandeses mais populares atualmente.

França: Agrupamento Nacional,crash roletaMarine Le Pen

Apesar dos esforçoscrash roletaMarine Le Pen para tornar a extrema direita palatável para o público francês, a política foi derrotada por Emmanuel Macron na disputa presidencialcrash roleta2017.

No mês seguinte, seu partido, a Frente Nacional, não conseguiu se eleger nas eleições parlamentares.

Então, a Frente Nacional se tornou o Agrupamento Nacional. As últimas pesquisascrash roletaopinião dão ao partido rebatizado uma vantagemcrash roletarelação ao partidocrash roletaMacron na disputa pelo Parlamento Europeu.

Le Pen é contrária ao euro e culpa a União Europeia pela imigraçãocrash roletamassa. Seu discurso encontra ecocrash roletadiversos outros líderes nacionalistas ecrash roletaextrema direita na Europa.

Finlândia: Partido dos Finlandeses,crash roletaJussi Halla-aho

A retórica anti-imigração também é um dos principais temas do Partido dos Finlandeses, conhecido anteriormente como Verdadeiros Finlandeses.

Com origens que remontam a um partido tradicional agrário formadocrash roleta1959, a sigla encontrou uma oportunidadecrash roletacrescimento na crise econômicacrash roleta2008.

Em 2017, Jussi Halla-aho foi proclamado líder do partido. Multadocrash roleta2012 pelo Tribunal Supremo da Finlândia por comentárioscrash roletaseu blog, nos quais vinculava o Islã à pedofilia e os somalis a roubos, Halla-aho acabou se tornando o político mais popular da Finlândia nas eleiçõescrash roleta14crash roletaabril, alcançando maiscrash roleta30 mil votos.

Nas eleições deste ano, o Partido dos Finlandeses ficoucrash roletasegundo lugar, com 17,5% dos votos - uma pequena margemcrash roletadiferençacrash roletarelação ao primeiro, o Partido Social Democrata.

Seu sucesso eleitoral se baseoucrash roletaduas políticas: oposição à imigração e rejeição a políticas ambiciosas contra o aquecimento global - o partido é o único na Finlândia contrário a cortar emissões para combater mudanças climáticas.

"Sua ascensão à primeira linha da política finlandesa mudou fundamentalmente o discurso político no país,crash roletauma direção mais nacionalista", explicou o professorcrash roletapolítica Eirikur Bergmann,crash roletaartigo publicadocrash roleta2017 na página do grupo do Oxford Research Group.

Ao contráriocrash roletaoutros partidos similares, o Partido dos Finlandeses aceita ser chamadocrash roletapopulista. "Seu populismocrash roletadireita nunca foi sócio-econômico, mas sócio-cultural", acrescentou Bergmann.

Situaçãocrash roletaoutros países europeus

crash roleta - Dinamarca: as regras migratórias da Dinamarca estão entre as mais rígidas da Europa, reflexo do poder do partidocrash roletadireita Partido Popular Dinamarquês - o segundo maior no Parlamento nacional. A Dinamarca autorizacrash roletapolícia a apreender propriedadescrash roletamigrantes para pagar porcrash roletamanutenção no país e prometeu conceder dinheiro para promover métodos contraceptivoscrash roletapaísescrash roletadesenvolvimento para "limitar a pressão migratória".

crash roleta - Eslovênia: o Partido Democrático da Eslovênia, contrário aos imigrantes, saiu das eleições gerais deste ano como o maior partido. É liderado pelo ex-primeiro-ministro Janez Jansa, um defensor do húngaro Viktor Orban. Jansa disse querer que a Eslovênia "se torne um país que priorize o bem-estar e a segurança dos eslovenoscrash roletaprimeiro lugar" - slogan similar ao do americano Donald Trump, "America first".

crash roleta - Estônia: o Partido Conservador do Povo da Estônia (EKRE),crash roletaextrema direita, conquistou seus primeiros assentos no Parlamento nacional na eleiçãocrash roleta2015. Quatro anos mais tarde, o EKRE mais do que duplicoucrash roletaparcelacrash roletavotos, com quase 18%, tornando-se o terceiro maior partido do país. Entre suas bandeiras estão a oposição à imigração e críticascrash roletarelação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Seu líder, Martin Helme, disse certa vez que somente pessoas brancas deveriam poder se mudar para a Estônia.

crash roleta - Suécia: os Democratas Suecos tiveram ganhos significativos nas eleições geraiscrash roleta2018, conquistando 18% dos votos. O partido tem suas raízes no neonazismo, mas foi reformulado nos últimos anos e ingressou no Parlamento nacionalcrash roleta2010. Oposto ao multiculturalismo, advoga por rígidos controlescrash roletaimigração.

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