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Ciclonegiant heart novibetMoçambique: 'Vi a cidade onde nasci sendo destruída', conta sobrevivente:giant heart novibet
giant heart novibet Na quinta-feira, quando o ciclone Idai se aproximava da cidade portuáriagiant heart novibetBeira,giant heart novibetMoçambique, os moradores seguiram a orientação do governo: ficargiant heart novibetcasa. Foi o que fez Nelson Moda,giant heart novibet34 anos, comgiant heart novibetesposa e seus três filhos. Mas quando o ciclone chegou, até as casas deixaramgiant heart novibetser locais seguros.
"Fomos nos mudandogiant heart novibetum cômodo para o outro. A situação só piorava. Então, nos escondemos no banheiro e descobrimos que era o lugar mais seguro da casa", relatou Moda, professorgiant heart novibetensino médio e funcionário da organização católica Comunidadegiant heart novibetSant'Egídio,giant heart novibetentrevista ao programa Outside Source, do BBC World Service Radio.
A família passou a noitegiant heart novibetclaro, mas lá fora Moda ouvia gritos e chorogiant heart novibetcrianças. "O meu impulso era pular para o ladogiant heart novibetfora e ajudar as pessoas, oferecer abrigo, mas era impossível. A situação não permitia. Mas me sinto culpado", diz.
Moda chegou a Roma na terça-feira desta semana para pedir apoio internacional e buscar conscientizar o mundo da dimensão da tragédia causada pelo ciclone, que atingiu Moçambique, Malauí e Zimbábue.
Especialistas da ONU classificaram o ciclone como um dos piores desastres climáticos já registrados no hemisfério sul. Beira, a segunda maior cidade moçambicana, foi uma das regiões mais afetadas. Imagens aéreas mostram que 90% da cidade foi destruída.
"Eu vi a cidade onde nasci sendo destruída diante dos meus olhos", descreve Moda. "As lágrimas não paramgiant heart novibetescorrer, pelas pessoas que não podiam se defender, se proteger, especialmente crianças e idosos. Dói muito."
Formado no Oceano Índico, o ciclone Idai chegou a Moçambique e deixou um rastrogiant heart novibetdestruição e morte, com ventosgiant heart novibetaté 177 km/h. Até agora, maisgiant heart novibet200 mortes foram confirmadasgiant heart novibetMoçambique, mas o número pode passargiant heart novibetmil. Outras cem mortes foram confirmadas no Zimbábue,giant heart novibetonde o ciclone se dirigiu para Malauí, causando mais devastação.
"O vento destruiu casas, carros e derrubou árvores. Parecia uma cenagiant heart novibetguerra", descreve Moda. Sua família escapou ilesa. "Mas eu penso nas outras famílias, nossos amigos, nas crianças. Eu vivo a serviço da Comunidadegiant heart novibetSant'Egídio há 15 anos, eu vivo a serviço dessas pessoas. Elas são parte da minha família. Eu sinto elas e minha cidade destruídas", diz Moda.
Moda dá aulas para meninosgiant heart novibetuma escolagiant heart novibetensino médio e trabalha no complexo da Sant'Egídiogiant heart novibetBeira, que oferece assistência e tratamento para pessoas infectadas pelo HIV - adultos e crianças. A sede também tevegiant heart novibetestrutura danificada pela chuva. Entretanto, as paredesgiant heart novibetalvenaria resistiram, e maisgiant heart novibet400 pessoas se refugiaram sob as partes cobertas que resistiram ao ciclone, segundo a ONG.
Situaçãogiant heart novibetemergência
Após a passagem do ciclone, a tragédia continua a se agravargiant heart novibetBeira e outras áreasgiant heart novibetMoçambique, com acessos terrestres bloqueados por causa dos alagamentos e devastação, faltagiant heart novibeteletricidade e dificuldades para enviar ajuda.
Equipes da BBCgiant heart novibetBeira relatam que os moradores mal tiveram chancegiant heart novibetlidar com o luto, estando desesperados por comida, abrigo e roupas. "Precisamos urgentementegiant heart novibetalimentos, água e medicamentos", diz Moda.
O trabalhogiant heart novibetresgategiant heart novibetpessoas ainda ilhadas continua. "As pessoas não têm saída. Passaram dias sobre árvores, sobre os telhadosgiant heart novibetsuas casas. Não me lembrogiant heart novibetuma escola que não tenha sido destruída. O principal hospital da cidade foi destruído", conta Moda.
O professor pretende voargiant heart novibetvolta para seu país no dia 25 "para trabalhar duro ajudando as pessoas da minha cidade".
Para ele, ajuda internacional será essencial para a reconstrução. "Isso está muito além da capacidade do nosso município, província ou do governo nacional. Vamos precisargiant heart novibetmeses, anos para reerguer a cidade. Beira está completamente destruída. Parece que uma bomba caiu sobre a cidade."
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