Guerra nuclear: As novas armas que aumentam as chancesbet netum conflito global:bet net
Exceto pelo Reino Unido, todos os países com armas nucleares têm equipamentos que podem ser usados para lançar ogivas nucleares ou convencionais. Esses equipamentos incluem mísseisbet netalcance cada vez maior.
A Rússia, por exemplo, recentemente apresentou um novo lança-mísseisbet netlongo alcance, o 9M729.
Os EUA avaliam que esse míssil sejabet netuso duplo (nuclear e não nuclear) e tenha ultrapassado distânciasbet net500 km nos testes.
O míssil fez com que os americanos acusassem os russosbet netviolarem um tratado que bane o usobet netmísseisbet netalcance médio e intermediário. Os EUA decidiram deixar o pacto, gerando novas preocupações acercabet netuma corrida armamentista.
Enquanto isso, a China tem exibido seu míssil mais novo, o DF-26. Capazbet netviajar maisbet net2.500 km, ele parece ser o míssilbet netuso duplo com maior alcance do mundo.
Há vários cenáriosbet netque esses mísseis poderiam aumentar exponencialmente a chancebet netuma guerra nuclear. O mais óbvio é que,bet netum conflito, eles sejam lançados com armas convencionais, mas confundidos com armas nucleares.
Essa ambiguidade pode levar o adversário a lançar uma resposta nuclear imediata. É difícil saber se o país atacado aguardaria a detonação da arma para avaliar o que ela continha.
Na prática, o maior perigobet netmísseisbet netuso duplo é outro: a dificuldadebet netidentificá-los antes mesmo que sejam lançados.
Num cenário hipotético, China pode espalhar seus mísseis DF-26 carregados com armamentos nucleares por todo seu território. Um eventual inimigo, caso pense erroneamente que os mísseis tenham armamentos convencionais, pode decidir destruí-los. Com o ataque, a China poderia ser provocada a lançar essas armas nucleares antes mesmo que sejam destruídas.
Sistemasbet netsatélites
Mísseisbet netuso duplo não são a única maneira pela qual armas nucleares e não nucleares estão cada vez mais intrincadas. Todas as potências nucleares precisambet netum sistemabet netcomunicação, que pode incluir satélites e também pode ser usado para planejar operações não nucleares.
Os EUA, por exemplo, operam satélites capazesbet netalertar sobre ataques com mísseis balísticos com armas nucleares ou convencionais.
Em um conflito entre a Rússia e países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), esses satélites poderiam ser usados para detectar mísseis balísticosbet netcurto alcance lançados pelos russos - e permitir que sejam abatidos no caminho.
Se a estratégia for bem sucedida, a Rússia pode decidir atacar os satélites americanosbet netresposta. Especialistasbet netdefesa nos EUA têm, inclusive, alertado que os russos estão desenvolvendo armasbet netlaser com esse objetivo.
Neutralizar satélites impediria o paísbet netidentificar tanto mísseis com armas convencionais quanto nucleares.
A última US Nuclear Posture Review - documento oficial sobre a política nuclear dos EUA - explicitamente ameaça usar armas nucleares contra qualquer Estado que ataque seus sistemasbet netcontrole e comando. A estratégia poderia ser adotada mesmo que o inimigo não tenha usado inicialmente armas nucleares.
Armas controladas
As potências nucleares estão conscientes da relação cada vez mais intrincada entre armas nucleares e convencionais e estão a par dos riscos envolvidos. Mas a mitigação dessas ameaças não parece ser uma prioridade. O foco continua sendo a ampliação da capacidade militar que visa dissuadir uns aos outros.
Uma opção no sentido oposto seria os países fazerem um acordo para banir armas que podem ameaçar satélitesbet netcomando e controle, mas as potências nucleares relutambet netse sentar à mesma mesa.
Como resultado, a perspectivabet netacordo permanece bem distante, e a tensão sobre um conflito global está longebet netcessar.
* Esta análise foi encomendada pela BBC a um especialista que trabalha para uma organização externa. James Acton é codiretor do Nuclear Policy Program na Carnegie Endowment for International Peace. Este artigo se baseia no texto Escalation through Entanglement: How the Vulnerability of Command-and-Control Systems Raises the Risks of an Inadvertent Nuclear War. Você pode segui-lo no Twitter aqui.
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