'Ele me pediu cocaína da melhor qualidade': o relato do 1º encontro entre os 'reis' das drogas Juan Carlos Abadía e El Chapo:mines brabet

O testemunhomines brabetAbadía foi frio e diferentemines brabettudo o que foi ouvido no tribunal desde o início do julgamento,mines brabet12mines brabetnovembro.

Pela corte, no bairro do Brooklyn, passarammines brabetex-sóciosmines brabetEl Chapo a agentes americanos, assim como especialistasmines brabetdrogas ou lavagemmines brabetdinheiro.

Mas Abadía,mines brabet55 anos e com o rosto desfigurado por cirurgias plásticas, apresentou-se como nada menos que alguém que forneceu drogas a Guzmán: o traficantemines brabetum dos traficantes mais famosos do mundo.

"Tiros na cabeça e no rosto"

Ramírez Abadía foi o líder do cartel colombiano Vale do Norte atémines brabetprisãomines brabetSão Paulomines brabetagostomines brabet2007, antesmines brabetser extraditado para os Estados Unidos.

Entre 1989 emines brabetprisão, a organização criminosa exportou cercamines brabet400 toneladasmines brabetcocaína para os Estados Unidos, a maioria deles por meio do cartelmines brabetSinaloamines brabetEl Chapo, informou Abadía nesta quinta.

Ele também admitiu que, durante esse período, "aproximadamente 150 pessoas" morreram por ordem sua, inclusive uma que ele mesmo matoumines brabet2004 com "tiros na cabeça e no rosto".

Ele não revelou quem era a vítima, e o promotor que o interrogou evitou perguntar detalhes do assassinato, embora haja a possibilidademines brabeto tema ressurgir quando Abadía voltar a depor na semana que vem.

Para evitar a prisão, o narcotraficante disse que pagou suborno às autoridades mexicanas, tentou apagar seus antecedentes criminais e passou por várias cirurgias plásticas.

"Fiz mudanças no meu rosto", explicou. "Mudei meu queixo, maçãs do rosto, olhos, orelhas e nariz." Mas nada disso foi suficiente:mines brabetprisão no Brasil foi ordenada com base na tecnologiamines brabetreconhecimentomines brabetfala.

Agora, ele aguarda uma sentença entre 25 e 30 anos nos EUA, depoismines brabetter se declarado culpado por liderar uma organização dedicada ao tráficomines brabetcocaína emines brabetter maismines brabetUS$ 1 bilhão confiscadosmines brabetativos.

Ele fez um acordomines brabetcolaboração com a promotoria na esperançamines brabetdiminuirmines brabetpena.

No tribunal, o colombiano chamou a atenção por suas maçãs do rosto proeminentes e pelo queixo quadrado. Ele testemunhou usando luvas e jaqueta, sentado a poucos metrosmines brabetChapo, que o olhava fixamente.

A defesamines brabetEl Chapo, pormines brabetvez, questiona a credibilidademines brabettestemunhas que cooperam, como Abadía, considerando-as "ex-criminosos que acusam outros para buscar seu próprio benefício".

"Me teste"

Abadía, que foi descrito por testemunhas anteriores como um dos principais fornecedores do cartelmines brabetSinaloa, disse que se encontrou uma dúziamines brabetvezes com Guzmán entre o começo dos anos 1990 e 2007 para fazer negócios ilícitos.

A primeira reunião aconteceumines brabetum hotel na Cidade do México.

O objetivo era decidir como enviar cocaína da Colômbia para os EUA via México. E,mines brabetacordo com Abadía, seu parceiro mostrou-se ambicioso desde o início.

"Ele me perguntou se eu poderia enviar o máximo que conseguisse", disse a testemunha. "El Chapo me pediu que lhe mandasse cocaína 100% pura,mines brabetótima qualidade."

Eles conversaram sobre as pistasmines brabetpouso clandestinas,mines brabetlocalização, sobre enviar um piloto para conhecê-las, assim como os horáriosmines brabetchegada dos aviões da Colômbia e quantos quilos poderiam transportar.

As pistas estavammines brabetquatro Estados mexicanos: Sinaloa, Durango, Nayarit e Sonora. E os aviões transportavam entre 600 e 1.300 quilosmines brabetcocaína.

Abadía disse que,mines brabettrocamines brabetseus serviços, Guzmán pediu para ficar com 40% da cocaína enviada aos EUA, mais do que os 37% que outros traficantes mexicanos costumavam cobrar.

O "veloz"

O colombiano lembrou a respostamines brabetGuzmán quando foi questionado sobre as razõesmines brabetcobrar mais do que outros.

"Ele me disse: 'Sou muito mais rápido, me teste, você vai perceber, emines brabetcocaína, seus aviões, seus pilotos estarão seguros porque meus arranjos (com as autoridades) são muito bons'", disse Abadía ao júri.

Sua primeira entrega a Chapo, acrescentou, foimines brabetcercamines brabet4 toneladasmines brabetcocaínamines brabetcinco aviões que chegaram a uma pistamines brabetLos Mochis,mines brabetSinaloa, no meio da noite.

Abadía disse que essa remessa já serviu para mostrar como Guzmán trabalhava - mais tarde o mexicano ganharia o apelidomines brabet"O veloz".

Os pilotos disseram à Abadía que a pista estava bem iluminada e que os comparsasmines brabetEl Chapo foram rápidos para descarregar a coca dos aviões e abastecê-los com gasolina para que pudessem retornar à Colômbia.

Havia até policiais federais, disse a testemunha, que não estavam lá para fazer cumprir a lei, mas para proteger a operação e até para colaborar com o transporte da mercadoria.

A droga foi colocadamines brabetvans, cruzou a fronteira dos EUA, e chegoumines brabetLos Angeles a tempo recorde.

"Menosmines brabetuma semana", disse a testemunha. "Foi a primeira vez que traficantes mexicanos entregaram a cocaína tão rápido."

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