Como aprender a limpar e cozinhar transformou um homem violento:pixbet 65

pixbet 65 Um movimento social está tentando reduzir a violência domésticapixbet 65Ruanda ensinando homens a fazer serviçospixbet 65casa. E um estudo recente sugere que a iniciativa está tendo um efeito positivo nas comunidades.

Muhoza Jean Pierre,pixbet 6532 anos, costumava bater empixbet 65mulher.

Ele a via como alguém com quem se casou apenas para ter filhos e cuidar deles.

"Eu estava seguindo o exemplo do pai. Meu pai não fazia nadapixbet 65casa", diz ele.

"Se eu chegassepixbet 65casa e visse que faltava fazer algo, eu batia nela. A chamavapixbet 65preguiçosa, dizia que ela era inútil e que deveria voltar para a casapixbet 65seus pais", conta.

Mas, então, algo mudou – ele aprendeu a cozinhar e a limpar.

A mudança foi partepixbet 65um programapixbet 65intervenção napixbet 65comunidadepixbet 65Mwulire, no lestepixbet 65Ruanda. O projeto incentiva homens a assumirem tarefas domésticas, incluindo cuidar das crianças.

A iniciativa, conhecida como Bandebereho ("exemplo", na língua local Kinyarwanda), ajudou a transformar o comportamentopixbet 65Jean Pierre.

Ele começou a acompanhar aulas que ensinavam a cozinhar e limpar, e a participarpixbet 65discussões sobre como desafiar papéispixbet 65gênero tradicionais.

"Eles perguntavam se um homem pode varrer a casa, e nós dizíamos que sim. Mas quando perguntavam quem ali fazia isso, não havia ninguém", conta ele.

'Homens não cozinham'

Professores do projeto Bandebereho ensinaram Jean Pierre a realizar tarefas que antes ele acreditava serem responsabilidade da mulher.

"Eu ia para casa e tentava colocar issopixbet 65prática. Depois, voltávamos para o treinamento com testemunhas que confirmavam que tinham visto algumas mudançaspixbet 65nós."

"Hoje, eu sei cozinhar. Lavo as roupas das crianças. Sei como descascar banana-da-terra, como amassar mandioca e como peneirar farinha."

No entanto, fazer essas mudanças não foi tão fácil, porque os amigospixbet 65Jean Pierre o desencorajavampixbet 65fazer as tarefas domésticas, dizendo que "homenspixbet 65verdade não cozinham".

"Minha família e meus amigos começaram a dizer que minha mulher devia estar me dando drogas. Diziam que homenspixbet 65verdade não deveriam carregar lenha na rua, que isso é para homens frouxos."

Mas Jean Pierre continuou, porque viu os benefícios quepixbet 65atitude trazia parapixbet 65família.

Ele diz que seus filhos ficaram mais próximos dele epixbet 65mulher agora tem um negócio, o que permitiu que eles melhorassempixbet 65casa.

"A maneira como ela me trata hoje é diferente da maneira como ela costumava me tratar", diz ele.

"Ela me tratava mal porque eu também a maltratava, mas agora nós conversamos e fazemos acordos."

"Eu a libertei, e agora ela está trabalhando e eu estou trabalhando também. Antes, eu acreditava que ela tinhapixbet 65ficarpixbet 65casa e estar disponível sempre que eu precisasse dela."

Medo e liberdade

A mulherpixbet 65Jean Pierre, Musabyimana Delphine, diz que tinha pouca liberdade e vivia com medo.

"Às vezes, eu me sentia como uma empregada, então lembrava que empregadas recebem salário", diz ela.

"Eu nunca achei que um mulher pudesse ter seu próprio dinheiro, porque eu nunca tive nem tempo para pensar sobre qualquer atividade que desse dinheiro."

"Hoje, tenho liberdadepixbet 65casa e saio para trabalhar e ganhar dinheiro como todo mundo."

Delphine sai às 5 horas da manhã para vender bananas-da-terra no mercado, enquanto Jean Pierre ficapixbet 65casa e cuida dos quatro filhos pequenos do casal.

"Eu chegopixbet 65casa relaxada e encontro a comida pronta", diz ela.

O currículo do projeto foi desenvolvido originalmente na América Latina pela campanha MenCare, que defende que equidade só será alcançada quando homens dividirem igualmente o trabalho doméstico e o cuidado das crianças.

O estudo que analisou os casais participantes do projeto descobriu que dois anos depoispixbet 65terem aulas sobre como cuidar das criançaspixbet 65Ruanda, os homens se tornaram menos propensos a usar violência contra suas parceiras do que os homens que não participaram das aulas.

O estudo também afirmou, porém, que umapixbet 65cada três mulheres cujos parceiros participaram do programa ainda sofriam violência doméstica.

De acordo com um relatório do Instituto Nacionalpixbet 65Estatísticaspixbet 65Ruanda publicadopixbet 652015, cercapixbet 6552% dos homens do país disseram que já tinham sido violentos com suas parceiras.

O Centropixbet 65Recursos para Homenspixbet 65Ruanda, que está por trás do projeto no país, quer que a iniciativa Bandebereho seja mais amplamente adotada por comunidades e pelo governo.

"Ainda temos normas sociais negativas, percepções negativas sobre masculinidade, barreiras culturais – esses são os principais causadores da violência contra mulherespixbet 65Ruanda", diz Fidele Rutayisire, presidente do centro.

"Tradicionalmente, os homens não cuidam das crianças aqui. Os homens ainda têm controle do sexo, do dinheiro, das decisões."

"Quando os homens estão ativamente envolvidos no cuidado com as crianças,pixbet 65atitudepixbet 65relação ao gênero muda positivamente. Eles entendem o valor da igualdadepixbet 65gênero."

Para Delphine e Jean Pierre, o programa não foi benéfico apenas parapixbet 65família, mas para a comunidade como um todo.

"Estamospixbet 65lua-de-mel dez anos depois do nosso casamento", diz Jean Pierre.

"Quando há conflitos ou problemaspixbet 65segurança na nossa vizinha, nossa opinião é muito respeitada porque eles veem que não temos problemaspixbet 65nossa casa."

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