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Por que as eleições legislativas nos EUA têm mais candidatas mulheres do que nunca:apostá ganha
Ainda não se sabe quem ocupará as cadeiras, mas, nas prévias dos partidos, as vitórias das mulheres já foram marcantes.
A democrata Ayanna Pressley, por exemplo, deve se tornar a primeira mulher negra eleita ao Congresso americano, representando o Estadoapostá ganhaMassachusetts. Na competição interna no seu partido, ela desbancou o veterano Michael Capuano.
Em Nova York, Alexandria Ocasio-Cortez também desbancou o veterano democrata Joe Crowley.
'Onda rosa': os números do avanço feminino da política americana
A imprensa dos EUA vem chamando esta tendênciaapostá ganha"onda rosa", mas trata-seapostá ganhaum fenômenoapostá ganhafato ou apenas alguns casos isolados?
Veja os números: Em 2012, havia 298 mulheres candidatas a cadeiras na Câmara e no Senado. Em 2016, o número subiu para 312. Este ano, chegou ao recordeapostá ganha529 candidatas.
Depois das primárias, 271 delas ainda estão na disputa: 24 para se tornarem senadoras e 247 para deputadas, segundo dados do Centro Americano para Mulheres e Política da Universidade Rutgers.
Quem são essas mulheres e quais são suas motivações?
A maior parte das mulheres que decidiram candidatar-se é democrata: 210 daquelas que seguem na corrida (194 para a Câmara e 16 para o Senado).
Para alguns analistas, o aumento está relacionado a uma reação ao presidente Donald Trump.
O campo republicano também tem suas candidatas, mas apenas 61 do totalapostá ganha271 concorrendo (53 para a Câmara e 8 para o Senado).
Também vale registrar que, além do Legislativo, 61 mulheres tentaram inicialmente concorrer ao cargoapostá ganhagovernador. Destas, 18 seguem na disputa (13 democratas e 5 republicanas).
Mas enquanto a oposição direta a Trump pode ser um forte denominador comum, analistas também concordamapostá ganhalembrar do contexto que envolve as campanhas #MeToo (ampla conscientização contra o assédio sexual) e as Marchas da Mulheres realizadas após a eleição do republicano para a Casa Branca.
Muitas mulheres estão fartas do status quo. Algumas veem o potencialapostá ganhamudança se colocando diretamente na política.
"A democracia só funciona quando todos nos envolvemos", diz a democrata Kelda Roys, que concorreu ao governoapostá ganhaWisconsin.
Ela perdeu o pleito, mas conseguiu quebrar deixar marcas ao longo do caminho - como ter amamentado a filha pequena durante a campanha. O vídeo deste momento viralizou e se tornou centroapostá ganhaum debate nacional.
O caminho ainda é longo
Apesar da euforiaapostá ganhatornoapostá ganhanomes como osapostá ganhaPressley e Ocasio-Cortez, recomenda-se cautela sobre a extensãoapostá ganhafato deste avanço feminino.
Afinal, atualmente, as mulheres representam apenas 20% do Congresso: há 23 mulheres no Senado dos EUA (23%) e 84 na Câmara (19,3%). Isto significa que,apostá ganhaum totalapostá ganha535 membros, apenas 107 são mulheres (78 democratas e 29 republicanas).
Na verdade, nesse aspecto, os EUA estãoapostá ganha102º lugar entre 193 países no que diz respeito à representação das mulheresapostá ganhaâmbito nacional. Os dados são da UIP, a União Interparlamentar.
E a subrepresentação das mulheres não está só no Legislativo. Cinco dos 50 estados dos EUA não têm qualquer representante femininoapostá ganhasuas assembleias.
Há um longo caminho até a paridade.
O exemplo da Pensilvânia
A Pensilvânia é um desses Estados.
Uma equipeapostá ganhaTV da BBC andou pela capital, Harrisburg, mostrando a moradores uma lista dos parlamentares do Estado. A equipe perguntou se havia algo incomum naquele papel. Alguns demoraram mais, outros menos, para notar: eram todos homens.
Um eleitor jovem ficou surpreso por nunca ter percebido isto antes: "O fatoapostá ganhanão ter percebido inicialmente que havia um problema é parte do problema".
Mas, no caso deste Estado, a situação está prestes a mudar - ao menos minimamente. Pelo menos um assento no Legislativo da Pensilvânia vai definitivamente para uma mulher: a republicana Pearl Kim ou a democrata Mary Gay Scanlon.
Ambas dizem que a motivação para concorrer veioapostá ganhauma misturaapostá ganhaexperiências pessoais - como o enfrentamento à discriminação, violência sexual ou ao assédio - juntamente com o impulso pelo movimento #MeToo.
'Um parapostá ganhaovários'
Nem todas as mulheres que estão concorrendo cargo apontam críticas diretas ao presidente Trump. Mas todas estão insatisfeitas com o ritmo das coisasapostá ganhaWashington.
É o caso da republicana, Martha McSally, do Arizona - que deixou a polidezapostá ganhalado e lançouapostá ganhacandidatura ao Senado dizendo aos colegas homens que "criem um parapostá ganhaovários e façam o seu trabalho".
"Sou pilotoapostá ganhacaça e falo como uma", disse a coronel aposentada da Força Aérea e primeira mulher a voarapostá ganhauma missãoapostá ganhacombate.
Ela tem uma trajetóriaapostá ganhaluta contra a discriminaçãoapostá ganhagênero e muita experiênciaapostá ganhanegociações políticasapostá ganhaalto nível - muitas vezes sendo a única mulher na mesa.
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