As polêmicas 'geladeiras' onde imigrantes ficam presos na fronteira dos EUA com o México:como apostar na quina on line

Legenda da foto, Homens com mantas térmicascomo apostar na quina on linecentrocomo apostar na quina on linedetençãocomo apostar na quina on linefronteiracomo apostar na quina on lineTucson, Arizona; baixas temperaturas são uma queixa dos migrantes que passam por lá

São centroscomo apostar na quina on linedetençãocomo apostar na quina on linecurto prazo próximos à fronteira, onde os detentos não podem permanecer maiscomo apostar na quina on line72 horas, segundo diretrizes do governo americano.

Por anos, no entanto, organizaçõescomo apostar na quina on linedireitos humanos têm denunciado que os detentos passam dias ou meses ali, sofrendo com temperaturas extremamente frias, sem camas nem serviços sanitários adequados.

Legenda da foto, Relatos dão contacomo apostar na quina on lineque condições são insalubres nas celas, mas autoridades negam

O governo americano, porcomo apostar na quina on linevez, afirma que a estadia dos detentos não supera as 72 horas e que as temperaturas são mantidascomo apostar na quina on line"nível razoável e cômodo tanto para detidos como para funcionários", segundo um manualcomo apostar na quina on linepráticas enviado pela CBP à BBC News Mundo, o serviçocomo apostar na quina on lineespanhol da BBC.

O apelido "geladeira" é usado frequentemente por migrantes latino-americanos que passaram por ali.

Mas é difícil saber exatamente como são as condições das celas, uma vez que o acesso ao local é restrito a funcionários.

Luz branca

Jenny conta que, logo ao chegar ali, "me tiraram tudo": seus documentos pessoaiscomo apostar na quina on lineEl Salvador, um brinquedocomo apostar na quina on lineseu filho, dinheiro e peçascomo apostar na quina on lineouro que portava para o casocomo apostar na quina on lineprecisar vender para ter mais recursos para a viagem.

Ela e o filho passaram quase quatro dias no mesmo ambiente com outras dez mulheres e seus filhos, conta.

"Nos deram algo que parecia papel alumínio como lençóis", diz ela. "Havia colchonetes no piso, fininhos, como um plástico."

Há quem diga que a sensaçãocomo apostar na quina on linefrio vem do contraste com as altas temperaturas do deserto lá fora, ou para atender as demandas dos funcionários dos centros, que precisam usar uniformes e coletes, a despeito do calor.

Mas há relatos, negados pela CBP,como apostar na quina on lineque seria uma formacomo apostar na quina on linepunir os imigrantes.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Migrantes detidos na fronteira dos EUA; a ideia é que os detentos permaneçam no centro pelo menor tempo possível, enquanto seus casos correm na Justiça

Segundo Jenny, havia também sempre uma luz branca acesa na cela.

A descrição coincide com uma feitacomo apostar na quina on line2016 pelo Conselho Americanocomo apostar na quina on lineImigração (AICcomo apostar na quina on lineinglês): "Em geral, são salas pequenas, com bancoscomo apostar na quina on linecimento e sem camas".

Os que chegam ali são os que foram detidos primeiro pela patrulhacomo apostar na quina on linefronteira ou ao longo da divisa, sob suspeitacomo apostar na quina on lineatividade ilícita, entrada ilegal nos EUA ou presença no país sem status migratório adequado.

A ideia é que os detentos permaneçam no centro pelo menor tempo possível, segundo o próprio CBP, enquanto seus casos correm na Justiça e é tomada uma decisão sobre seus destinos.

A crisecomo apostar na quina on line2014

Os questionamentos sobre as condições das celas cresceram a partircomo apostar na quina on line2014, por conta dos grandes fluxoscomo apostar na quina on linemigrantes menorescomo apostar na quina on lineidade sem documentos que chegaram aos EUA, explica Astrid Domínguez, diretora do Centrocomo apostar na quina on lineDireitos na Fronteira da União Americanacomo apostar na quina on lineLiberdade Civis (ACLU,como apostar na quina on lineinglês).

"Naquele ano, as denúncias não foram isoladas. Começamos a ver que havia muita gente detida sob condições abusivas, que incluem a temperatura fria extrema", diz.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Menina dorme com manta térmicacomo apostar na quina on linecentro fronteiriço americano,como apostar na quina on linefotocomo apostar na quina on line2014; 'geladeiras' são denunciadas há anos por gruposcomo apostar na quina on linedireitos humanos

Domínguez visitou diversas dessas instalaçõescomo apostar na quina on linenome da ACLU entre 2014 e 2016.

Ela diz ter visto pessoas dormindo no piso, cobrindo-se com mantas térmicas, e agentes agasalhados por conta das baixas temperaturas.

Imagens

Foicomo apostar na quina on line2016, no entanto, que imagens captadas por câmerascomo apostar na quina on linesegurançacomo apostar na quina on lineum desses centros deram pistas mais claras sobre o ocorrido ali dentro.

O CBP tornou as imagens públicas depois que um grupocomo apostar na quina on linemigrantes processou o órgão pelas condições desses locais.

As fotos mostram mulheres, homens e criançascomo apostar na quina on linecelas para migrantes na cidadecomo apostar na quina on lineDouglas, Arizona,como apostar na quina on linesetembrocomo apostar na quina on line2015.

Legenda da foto, Mulheres e criançascomo apostar na quina on linecentrocomo apostar na quina on linedetenção; permanência ali ultrapassa período permitido pelo governo, dizem ativistas

O processo, movido com a assessoria da ACLU e da AIC, diz que os migrantes foram detidoscomo apostar na quina on line"celas sujas, geladas e sobrepovoadas, ao longocomo apostar na quina on linedias".

Denunciou, ainda, que eles não tiveram atenção médica apropriada nem acesso a itens básicoscomo apostar na quina on linehigiene, como sabonete, fralda e papel higiênico suficiente.

O caso ainda tramita na Justiça, mas uma ordem judicial preliminar,como apostar na quina on linedezembrocomo apostar na quina on line2017, estabeleceu que os detidos nas celas do Arizona devem ter acesso a colchonetes e artigoscomo apostar na quina on linehigiene pessoal.

O próprio governo, por intermédio do Escritóriocomo apostar na quina on lineResponsabilidade Governamental dos EUA, constatou casoscomo apostar na quina on linedetenções superiores a 72 horas.

Um relatóriocomo apostar na quina on line2016 recomendou à CBP que monitorasse "os dados sobre a quantidadecomo apostar na quina on linetempo que as pessoas ficam sobcomo apostar na quina on linecustódia".

E agora?

O manualcomo apostar na quina on linepráticascomo apostar na quina on linedetenção do CBP écomo apostar na quina on line2015, quando Barack Obama ainda era presidente.

Mas há quem se pergunte se o endurecimento das políticas migratórias sob Donald Trump mudou algo na operação desses centros.

Legenda da foto, Mulher limpando o filho no centro,como apostar na quina on linefotocomo apostar na quina on line2016; há queixascomo apostar na quina on lineque não há fraldas, sabonete ou papel higiênico

Até o momento não houve anúncios oficiais a respeito do funcionamento desses centros, mas a morte,como apostar na quina on linemaio,como apostar na quina on lineuma migrante centro-americana voltou a lançar luz sobre as "geladeiras".

Ativistas denunciaram que Roxana Hernández, que tinha HIV, ficou doente após passar cinco diascomo apostar na quina on lineum centrocomo apostar na quina on linedetençãocomo apostar na quina on linecurto prazocomo apostar na quina on lineSan Diego, na Califórnia.

"Ela passou frio, não teve alimentação adequada ou atenção médica necessária, com as luzes acesas as 24 horas do dia, presa", dizem gruposcomo apostar na quina on linedireitos humanos.

As autoridades, porcomo apostar na quina on linevez, afirmaram que Hernández recebeu atendimento médico quando precisou dele.