O que os EUA e seus aliados poderiam conseguir com um ataque à Síria?:bwin europa league
Não há dúvidabwin europa leagueque os russos protegerão suas bases, se atacadas. A situação é delicada, com superpotências se intimidando e esquentando um cenário que poderia explodirbwin europa leagueum conflito acidental.
As duas grandes questões para os que estiverem planejando os ataques militares ocidentais são: o que podem alcançar com o ataque e que diferença estratégica isso pode fazer?
Com as forças sírias prevenidas, dispersas e sob proteção russa, os ataques ocidentais terãobwin europa leaguese concentrar nas instalações militares fixas da Síria - bombardeando pistas, destruindo prédios e equipamentos fixos.
Os ataques ocidentais provavelmente tentarão destruir o sistemabwin europa leaguecomando e controle militar da Síria, possivelmente com bombas anti-bunker dotadasbwin europa leagueogivasbwin europa leaguealta penetração. É provável que tentem desmantelar a infraestrutura militar que a Síria efetivamente reconstruiu desde 2015.
De forma mais ambiciosa, e também mais arriscada, os Estados Unidos podem declarar uma políticabwin europa leaguelongo prazobwin europa leaguerevisitar esses alvosbwin europa leagueforma a mantê-los forabwin europa leagueuso e ter aviões sírios confinados às bases russas - na verdade tentando operar uma quase "zonabwin europa leagueexclusão aérea" - medida que visa interditar os voos aéreos - na Síria, pelo menos por enquanto.
No ano passado, quando os Estados Unidos atacaram a base aérea síriabwin europa leagueShayratbwin europa leagueretaliação ao usobwin europa leaguearmas químicas na cidadebwin europa leagueKhan Sheikhun, a força aérea síria fez questãobwin europa leaguese mostrar operante já no dia seguinte.
Os EUA estarão determinados para que isso não se repita, e é por isso que podemos esperar uma campanha aérea mais prolongada com ataques repetidos ebwin europa leaguelocais importantes.
Que propósito estratégico pode ser atendido com isso?
Isso certamente não fará diferença imediata para a população civil da Síria - que tem sofrido bastante nas mãosbwin europa leagueseu próprio governo ebwin europa leaguevários grupos rebeldes, terroristas e guerrilheiros.
E é improvável que o presidente Assad ceda embwin europa leaguedeterminaçãobwin europa leagueconsolidar seu poder sobre o país.
Então, por que correr todos os riscosbwin europa leagueuma escalada com a Rússia e das perspectivasbwin europa leagueconseqüências indesejadas que normalmente se seguem?
Por si só, a força militar não tem sentido. Ela precisa ser partebwin europa leagueuma estratégia política e, neste caso, a estratégia é sobre questões maiores do que a própria Síria e só oferece uma esperança mínima à população do país.
O primeiro objetivo é fazer recuar a tendênciabwin europa league"normalização" do usobwin europa leaguearmas químicasbwin europa leaguequalquer guerra.
O tabu contra o seu uso tem sido surpreendentemente forte desde o final da Primeira Guerra Mundial. A Convenção sobre Armas Químicasbwin europa league1993 tem sido uma das medidasbwin europa leaguedesarmamento mais eficazes da história moderna. A Síria é signatária.
Em 2013, o presidente americano Barack Obama afirmou que iria manter esse tabu como uma "linha vermelha", mas não o fez. E apesar das negativas contundentes do governobwin europa leagueAssad, há inúmeras evidênciasbwin europa leagueque as forças sírias, com conivência russa, têm usado armas químicas regularmente contra seu próprio povo desde então.
Muitos políticos ocidentais acham que o ataquebwin europa leagueDouma não pode ficar sem resposta. Tornou-se um casobwin europa leagueteste para o estadobwin europa leaguedireito internacional, que está sob forte pressãobwin europa leaguemuitas frentes.
Além disso, alguns argumentam que uma ação militar efetiva representaria uma aceitaçãobwin europa leagueque as potências ocidentais retornaram ao jogo da política do Oriente Médiobwin europa leagueum momentobwin europa leagueque a região estábwin europa leaguecolapso.
A campanha contra o chamado Estado Islâmico (EI) sempre foi um espetáculo geopolítico, e a influência ocidental sobre o que vem acontecendo do Líbano ao Iêmen tem declinado fortemente.
É claro que é tentador - e compreensível - aos líderes ocidentais para que não se envolvam nisso. Mas enquanto eles desviavam o foco para o combate ao Estado Islâmico, o futuro da área estava sendo determinado pelo Irã, Rússia ebwin europa leagueparte também pela Turquia.
O que é melhor para os interessesbwin europa leaguelongo prazo das potências ocidentais: se envolver ou se manter distante da constelaçãobwin europa leaguepoderes saindobwin europa leaguecontrole? Esse é o cálculo que está sendo feito.
E a esperança para a população síria ébwin europa leagueque uma campanha militar eficaz possa empurrar o presidente Assadbwin europa leaguevolta às negociações para que a guerra terminebwin europa leagueforma mais humana do que com uma vitória cruel.
Usar a força militar nunca é fácil, mas só pode ser eficaz se for partebwin europa leagueuma estratégia política coerente e realista.
Sobre este artigo
A análise foi encomendada pela BBC a um especialista que trabalha para uma organização externa.
O professor Michael Clarke é pesquisador sênior do Royal United Services Institute for Defence and Security Studies (Rusi), um grupobwin europa leagueespecialistas britânico nas áreasbwin europa leaguedefesa e segurança, e diretor associado do Institutobwin europa leagueEstudos Estratégicos.