Quem é Naomi Wadler, que aos 11 anos luta por vítimas 'que não aparecem no jornal':freebet como fazer

Legenda da foto, Naomi Wadler: Estudante americana do quinto ano enfatizou que as mulheres negras são as que mais morrem entre todas as americanas | Foto: Chip Somodevilla / Getty Images

Originalmente organizada por alunos da escola Marjory Stoneman Douglas, da Flórida, a "Marcha pelas nossas vidas" atraiu sobreviventesfreebet como fazeroutros tiroteios e parentesfreebet como fazervítimasfreebet como fazertodo o país. Durante todo o sábado, o evento extrapolou a capital americana e se repetiufreebet como fazerpelo menos 800 cidades nos EUA efreebet como fazeroutros países, incluindo São Paulo, Londres, Edinburgo, Sidnei e Tóquio.

Legenda da foto, Wadler fez discurso para uma multidãofreebet como fazercrianças, pais, professores e simpatizantes que a acompanhavafreebet como fazersilêncio no centro da capital dos EUA | Imagem: Reprodução AFPTV

"Estou aqui hoje para reconhecer e representar as garotas afroamericanas cujas histórias não são capafreebet como fazertodos os jornais nacionais", disse Wadler, interrompida por aplausosfreebet como fazerum dos principais momentos do discurso.

"Eu represento as mulheres afro-americanas que são vítimas da violência armada, que são simplesmente estatísticas,freebet como fazervezfreebet como fazermeninas bonitas vibrantes cheiasfreebet como fazerpotencial."

A eloquência e a firmeza da garota impressionaram a audiência repletafreebet como fazermulheres negras e adolescentes,freebet como fazeruma das principais avenidasfreebet como fazerWashington. A maioria ali a via e escutava pela primeira vez na vida.

"As pessoas disseram que sou jovem demais para ter esses pensamentos por conta própria. Disseram que eu sou uma ferramenta para algum adulto sem nome. Não é verdade", afirmou.

"Meus amigos e eu podemos ainda ter 11 anos e estarfreebet como fazeruma escola primária, mas sabemos que a vida não é igual para todos, e sabemos o que é certo e errado."

Legenda da foto, "Torne a América segurafreebet como fazernovo!!", dizia um dos cartazes na manifestaçãofreebet como fazerontem, que reuniu milharesfreebet como fazerpessoas ontem, nos EUA | Imagem: Reprodução AFPTV

Fim da violência

O principal pedido era o fim da violência armada no país, com a aprovaçãofreebet como fazerregras mais rígidas para a comprafreebet como fazerarmas.

Entre as principais propostas estava a proibição da vendafreebet como fazerarmas automáticas e carregadoresfreebet como fazermunição para fuzis, e regras mais rígidas para a checagemfreebet como fazerantecedentesfreebet como fazerquem quer ter armasfreebet como fazerfogofreebet como fazercasa.

Cercafreebet como fazer69% dos americanos acreditam que as leis sobre armas devem ser reforçadas,freebet como fazeracordo com uma pesquisa divulgadafreebet como fazerfevereiro pela Associated Press e pelo Centrofreebet como fazerPesquisas NORC. Em outubrofreebet como fazer2016, 61% dos americanos apoiavam a pauta.

O principal alvo dos manifestantes neste sábado era a NRA (Associação Nacional dos Rifles, na siglafreebet como fazeringlês), fundadafreebet como fazer1871 para "promover e incentivar o usofreebet como fazerarmasfreebet como fazerfogo com base científica".

O grupo se tornou um dos mais poderosos dos Estados Unidos, com um orçamento capazfreebet como fazerfinanciar e influenciar membros do Congresso sobre a políticafreebet como fazerarmas do país.

Depois do último tiroteio, o estado da Flórida aprovou uma leifreebet como fazercontrolefreebet como fazerarmas que permite o armamentofreebet como fazerfuncionários da escola e aumenta a idade legal para a comprafreebet como fazerrifles.

A NRA processou o estado, alegando que a lei era inconstitucional.

Para os apoiadores, a associação é um grupo que defende e orienta as pessoas sobre o bom uso das armas. "Eles são um alvo fácil", disse à BBC Brasil um defensor do armamento, também presente no protestofreebet como fazerWashington.

Legenda da foto, Homem mostra cartaz estampando: "pessoasfreebet como fazerbem com armas estão do seu lado" | Foto: Ricardo Senra/ BBC Brasil

Homenagens

A falafreebet como fazerWadler ganhou rapidamente as redes sociais e rendeu agradecimentos como o do prefeitofreebet como fazerBirmingham, no Alabama.

"Obrigado a Naomi Wadler pela lembrançafreebet como fazerCourtlin Arrington na Marcha por nossas vidas,freebet como fazerWashington", escreveu Randall Woodfin no Twitter.

Ele se referia a menção feita por Wadler a mortefreebet como fazeruma jovem negrafreebet como fazer17 anos no último dia 9, atingida no coração por uma bala que atravessou seu corpo, disparada por um colega, dentro da salafreebet como fazeraula.

O caso foi inicialmente tratado pela Justiça local como um acidente, mas, depois da mobilizaçãofreebet como fazercolegas efreebet como fazervídeos mostrarem o momento do disparo, evoluiu para uma acusaçãofreebet como fazerhomicídio.

A atriz Kirsty Alley, também pela rede social, prometeu "testemunhar o importante trabalho" da jovem "pelo resto da vida".

O nome da estudante foi transformado na hashtag #naomiwadler, associada ao drama vivido por meninas e mulheres negras americanas.

Nas últimas duas décadas, segundo levantamento do jornal Washington Post, aproximadamente 200 pessoas morreram por disparos dentrofreebet como fazerescolas americanas.

A contagem se inicia no massacrefreebet como fazerColumbine, no Colorado, que deixou 13 mortos,freebet como fazer1999. Desde então, segundo o jornal, maisfreebet como fazer187 mil estudantesfreebet como fazerpelo menos 193 escolas primárias e secundárias viveram tiroteios dentrofreebet como fazerseus colégios.

Crédito, EPA

Legenda da foto, Ato por controlefreebet como fazerarmas foi iniciado por estudantesfreebet como fazerescolas públicas e se espalhou por cercafreebet como fazer800 cidades, algumas delas fora dos EUA

Eleições no fim do ano

Wadler também lembroufreebet como fazerTaiyania Thompson, uma jovemfreebet como fazer16 anos morta a tiros, dentrofreebet como fazercasa - a poucos quilômetros do local do protesto, na capital americana.

O namoradofreebet como fazerThompson foi preso pela polícia local e é acusado pelo homicídio.

"Peço que todos aqui ouçam minha voz e se unam a mim para contar as histórias que não são contadas. Para homenagear as meninas e as mulheres negras que foram assassinadasfreebet como fazerforma desproporcional nesta nação", disse a jovemfreebet como fazerWashington.

"Peço a cada umfreebet como fazervocês que me ajude a escrever a narrativa para este mundo e entenda para que essas meninas e mulheres nunca sejam esquecidas."

Durante a fala, Wadler fez coro com outros estudantes presentes na marcha e ressaltou a proximidade das eleições para o congresso americano, que acontecemfreebet como fazernovembro deste ano.

Ela lembrou aos presentes que ela própria, "daqui a curtos sete anos", também terá o direitofreebet como fazervotar.

O recado foi repetido por muitos manifestantes, que traziam cartazes ressaltando a importância das eleições que se aproximam.

Legenda da foto, Cameron Kasky, da escola palcofreebet como fazerataque recente, na Flórida, pressionou,freebet como fazerdiscurso, por medidas concretas para limitar o acesso a armas no país | Imagem: Reprodução AFPTV

Também no palco, montadofreebet como fazerfrente ao Capitólio - sede do Congresso Nacional americano -, o estudante Cameron Kasky, da escola que foi palco do ataquefreebet como fazerfevereiro, na Flórida, pressionou políticos a tomarem medidas concretas para limitar o acesso a armas no país.

"Ou vocês representam as pessoas, ou adeus", disse. "Lutem por nós ou fiquem atentos. Os eleitores estão vindo."

A professorafreebet como fazerfísica J. Blake saiufreebet como fazerBaltimore e trouxe as duas filhas para o protesto. À reportagem, ela se disse otimista com o tamanho da manifestação e defendeu uma mobilização semelhante nas urnas.

"Eu espero que elas também saiamfreebet como fazercasa para votarfreebet como fazerpessoas com uma visão razoável sobre leisfreebet como fazerarmas. Como pais, é nosso dever proteger nossos filhos e a melhor formafreebet como fazerfazermos isso é votando", afirmou.

Sua filha Olivia,freebet como fazer15 anos, comemorava o protagonismo das crianças e adolescentes na campanha.

"Nós somos o futuro e seremos as pessoas que tomarão decisões. Começar a falar alto agora e dizer que queremos nossas vidas protegidas é um primeiro passo."