A igreja que sobrevive a incêndio que há 50 anos queima o subterrâneobwin 365cidade americana:bwin 365

John Mayernick nasceu e cresceubwin 365Centralia quando o local ainda era vivo e vibrante. "Todo mundo cuidava um do outro", recorda.

Em 27bwin 365maiobwin 3651962, tudo mudou na cidade. Um fogo espalhou da superfíciebwin 365uma mina para o subsolo e até hoje continua queimando, por causa do carvão.

Não se sabe como o fogo começou, mas a explicação mais plausível é,bwin 365acordo com autoridades locais, que trabalhadores atearam fogo numa lixeira.

Maisbwin 365US$ 7 milhões foram gastos para tentar conter o fogo. Mas o esforço e o investimento forambwin 365vão. Em 1983, o Congresso americano aprovou um pacotebwin 365US$ 42 milhões para realocar os moradores da cidade.

Muita gente acredita que não há mais fogo ou que ele não represente perigo. Mas autoridades afirmam que ele pode queimar por maisbwin 365cem anos, por causa do materialbwin 365fácil combustão encontrado no subsolo da região.

Em 1983, quando o Congresso decidiu financiar a remoção dos moradores e comerciantes, Mayernick já havia saídobwin 365Centralia. Mudou-se para Numidia, não muito longebwin 365lá. Mas ele continuou indo à igreja da cúpula azul, onde foi batizado.

"Essa era a nossa igreja", diz ele, olhando para os vitrais. "Todo mundo da minha família foi batizado e fez a primeira comunhão aqui. Alguns foram até enterrados ", diz, emendando que pretende continuar frequentando o local.

Uma igrejabwin 365um lugar sem pessoas precisabwin 365bases profundas e fortes, ou se desintegra. A famíliabwin 365Joanne Panko,bwin 36567 anos, é uma dessas bases que mantêm a igreja aberta. Ela também foi batizada na igreja. A mãe dela também. A avó também assistia às missas lá, depoisbwin 365ter se mudado da Europa.

Em 1987, com as brasas consumindo o subsolo da cidade, Joanne trocou Centralia por Bloomsburg, a 19 km. Mas nem assim ela pensoubwin 365procurar outra igreja.

A famíliabwin 365Mary Anne Mekosh é outra que tem uma longa história com o templo. Os pais e avós dela também frequentavam o local. Depois do ensino médio, ela foi para Washington D.C., mas agora mora pertobwin 365Centralia e voltou a assistir a missas no local.

Mary,bwin 36568 anos, tem orgulho da igreja. "Hoje a situação (da comunidade) está estável e queremos que ela continue", diz, sem esconder a tristezabwin 365ver a cidade praticamente fadada à morte.

"Não sou do tipobwin 365pessoa que odeia o governo ou acha que ele é incompetente. Só não entendo como deixaram isso acontecer. Eu realmente acredito que o fogo poderia ter sido combatido", avalia.

Até os anos 1980, Centralia estava sendo apagada do mapa, assim como uma foto velha. Quando o fogo começou, havia cinco igrejas na cidade. Elas foram desaparecendo. Em 1986, a igreja ucraniana, que havia sido erguidabwin 3651911, quase se foi.

"Foi nosso último suspiro", diz o padre Michael Hutsko. "A igreja teria sido derrubada, e tudo o que teria restado era o cemitério".

Mas, enquanto o Estado supervisionava a burocracia par emitir a autorização que selaria o futurobwin 365Centralia, o arcebispo Stephen Sulyk ordenou que algo fosse feito para que a igreja não fosse ao chão.

"Então eles perfuraram e encontraram uma rocha sólida (em vezbwin 365carvão)", diz o padre Hutsko. "Isso é tão bíblico", diz citando um trecho da Bíblia que diz "tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja".

Assim, a construção foi preservada e, com a ajudabwin 365famílias como os Mayernick, os Panko e os Mekoshe, a igreja continua cuidandobwin 365Centralia.

Em novembrobwin 3652015, o líder da igreja católica ucraniana, o arcebispo Sviatoslav Shevchuk, visitou Centralia durante uma viagem aos EUA. Ele ficou tão impressionado com a igreja, que a transformoubwin 365um lugarbwin 365peregrinação.

Uma carta emoldurada na parede da igreja, com um selo dourado, confirma o reconhecimento.

Em agostobwin 3652016, cercabwin 365600 visitantesbwin 365diferentes lugares dos EUA foram ao local. Outra visita foi organizada no ano passado e a próxima será no último domingobwin 365agostobwin 3652018.

"Convidamos pessoas mundo afora a se juntar a nós", diz o padre Hutsko. "Nós realmente queremos estender (o convite) - não é só para católicosbwin 365origem ucraniana", salienta.

O padre Hutsko assumiu a paróquiabwin 365Centraliabwin 365agostobwin 3652010, mas diz que conhecia o local desde criança. "Fui para o semináriobwin 3651976 com um integrante da paróquia". "Eu vinha visitá-lo e a família dele tinha uma merceariabwin 365casa", recorda, dizendo que sempre achou o lugar especial.

Depois da missabwin 365domingo, o padre Hutsko e os fiéis fazem uma confraternização com bebidas e comida nos fundos da igreja. "Não há nenhum outro lugar para ir", diz, sorrindo.

Os antigos vizinhos se aproximam do café, enquanto crianças correm entre os bancos.

"A gente perdeu a cidade, mas não perdemos a igreja", diz o padre, que também é responsável por outra paróquia,bwin 365Mount Carmel.

Ele está convencidobwin 365que a igrejabwin 365cúpula azul na cidade onde o subsolo queima vai ter vida longa. "Vai mais longe do que eu vou viver", diz.