O que você precisa saber sobre as eleições que vão decidir o futuro da Catalunha:betpix365 moderna
O processo eleitoral está sendo observadobetpix365 modernaperto pela União Europeia, que atualmente negocia os termosbetpix365 modernaseparação com o Reino Unido e teme uma eventual cisão também na Espanha, a quarta maior economia da zona do euro.
A seguir, seis perguntas e respostas com as informações cruciais desse pleito:
1. Por que haverá uma eleição na Catalunha?
Anosbetpix365 modernapressão separatista eclodirambetpix365 moderna1ºbetpix365 modernaoutubro, quando, desafiando a polícia e a Justiça espanholas, as autoridades catalãs realizaram um referendo considerado ilegal pelo governo central.
Segundo os organizadores, 90% dos eleitores se posicionaram a favor da independência, mas só metade do eleitorado catalão participou do pleito - o que causa incertezas quanto ao real apoio popular ao separatismo.
Após o referendo, o então presidente catalão, Carles Puigdemont, declarou a independência da região, gerando reação por parte do governo espanhol.
O premiê Mariano Rajoy demitiu a liderança catalã, dissolveu o Parlamento regional e convocou eleições antecipadas - estas que serão realizadas nesta quinta.
A apostabetpix365 modernaMadri é capitalizarbetpix365 modernacima do desencantobetpix365 modernaparte dos catalães com o separatismo, com a expectativabetpix365 modernaque a eventual eleiçãobetpix365 modernalíderes pró-Espanha voltem a ancorar a Catalunha ao país.
Por outro lado, ainda há bastante ressentimento catalão com relação ao governo central,betpix365 modernaespecial depois da forte repressão policial ocorrida durante o referendobetpix365 modernaoutubro.
Os especialistas se dividembetpix365 modernasuas análises.
"A independência acabou; o chamado 'procés' (movimento separatista) está acabado", afirma Manuel Arias Maldonado, professorbetpix365 modernaCiências Políticas da Universidadebetpix365 modernaMálaga.
No entanto, para Oriol Bartomeus, cientista político da Universidade Autônomabetpix365 modernaBarcelona, a votação desta quinta é uma espéciebetpix365 moderna"Referendo 4.0" - a quarta manifestação do eleitorado catalão sobre o assunto, após um referendo informalbetpix365 moderna2014, uma eleição regionalbetpix365 moderna2015 e o polêmico referendobetpix365 modernaoutubro passado.
2. Por que os separatistas decidiram participar do pleito?
Após a declaraçãobetpix365 modernaindependência catalã, o governo espanhol reagiu limando parte da autonomia da região e com a prisão temporáriabetpix365 modernaalguns líderes, que se disseram vítimasbetpix365 modernaações antidemocráticas por partebetpix365 modernaMadri. Carles Puidgemont, porbetpix365 modernavez, decidiu viajar à Bélgica.
Por isso, causou surpresa a decisão dos grupos separatistasbetpix365 modernaparticipar do pleito desta quinta. Após inicialmente rejeitarem a votação, eles decidiram concorrer, usando slogans como "Puidgemont é nosso presidente" e "democracia sempre vence".
Para o eleitor Josep Jaume Rey, que é pró-independência, "é uma segunda rodada do referendo que não pudemos realizar legalmente".
3. Há unidade no bloco separatista?
A questão principalbetpix365 modernajogo nesta quinta-feira é se os partidos pró-independência conseguirão maioria no Parlamento catalão - algo colocadobetpix365 modernadúvida pelas pesquisasbetpix365 modernaopinião. Se conseguirem, o ímpeto separatista dificilmente será contido.
Na eleição regionalbetpix365 moderna2015, a maioria dos partidos separatistas se uniu sob a coalizão Juntos pelo Sim, instando a população a apoiar a realização do referendo e o voto por independência.
A aliança aglomerou a Convergência Democrática da Catalunha (partidobetpix365 modernacentro-direitabetpix365 modernaPuidgemont), a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, social-democrata) e dois partidos menores.
Com a ajudabetpix365 modernaum quinto partido, o radical Candidaturabetpix365 modernaUnidade Popular (CUP, conhecido porbetpix365 modernaposição anti-UE), a coalizão conseguiu apoio parlamentar suficiente para convocar o referendobetpix365 modernaoutubro.
Na eleição desta quinta,betpix365 modernacontraste, não houve acordo entre os partidos separatistas, que além disso acusam o governo espanholbetpix365 modernaprocessar judicialmente os líderes independentistas com fins políticos. O cenário ficou o seguinte:
- Ante a prisãobetpix365 modernaseu líder Oriol Junqueras, o ERC optou por não se aliar com Puidgemont;
- O grupobetpix365 modernaPuidgemont, porbetpix365 modernavez, relançou-se como Partido Democrático Catalão Europeu e aliou-se a candidatos independentes na união Juntos pela Catalunha (JxC);
- O CUP volta a disputar o pleito por conta própria.
4. E quanto aos partidos unionistas?
Do lado unionista, os partidos Ciudadanos, o Socialista e o PP (do premiê Rajoy) fizeram campanha sob o argumentobetpix365 modernaque o processobetpix365 modernaindependência levaria a Catalunha "ao precipício".
Também há dúvidas quanto a se essas três legendas conseguirão, juntas, a maioria do Parlamento. Mas o Ciudadanos pode acabar se tornando o maior partido da Casa - algo que mudaria drasticamente o cenário político catalão.
5. Há opções intermediárias?
No meio termo, está a coalizãobetpix365 modernaesquerda Em Comum Podem, que criticou o separatismo, mas também as ações do governo centralbetpix365 modernaMadri. É endossada pela carismática prefeitabetpix365 modernaBarcelona, Ada Colau, e liderada por Xavier Domenech.
O grupo prega o aumento da autonomia catalã e reformas que levem a um referendo legal.
Eles devem ganhar menos cadeiras do que seus antecessoras anti-capitalistasbetpix365 moderna2015, mas ainda têm um papel importante nas negociaçõesbetpix365 modernacoalizão.
6. A eleição será livre e imparcial?
O eleitor catalão Juli Morató diz que os separatistas temem a "manipulação dos resultados".
Houve erros durante o registro dos votos - mas nada, ao que parece,betpix365 modernauma escala que justifiquem suspeitasbetpix365 modernafraude eleitoral.
Pedidos para a presençabetpix365 modernaobservadores internacionais foram considerados "inapropriados" e rejeitados pela Comissão Central Eleitoral da Espanha.
A campanha não esteve livrebetpix365 modernacensura, no entanto.
As autoridades centrais baniram a exibiçãobetpix365 modernafitas amarelasbetpix365 modernaBarcelona, que são usadas para mostrar solidariedade aos líderes catalães presos.
Enquanto isso, políticos separatistas como Junqueras foram forçados a disputar a eleição da prisão.
Não se sabe se a Justiça espanhola vai retirar as acusações que pesam contra eles - ou contra Puigdemont - se eles vencerem.
"Tem sido uma campanha muito estranha, mais polarizada do que nunca", diz o cientista político Bartomeus. "A imprensa tomou lados, até as emissoras públicas. A imparcialidade está baixa", conclui.