'Vou me trancaraviator betanocasa e ver o que acontece': as pessoas que decidiram enfrentar o furacão Irma:aviator betano
Apesar disso, na tardeaviator betanosábado, Remy estava bebendo vinho francês junto a seu amigo Nadim Zeghoudi, também francês. Os dois decidiram assistir à passagem do furacão dentroaviator betanocasa, um local potencialmente perigoso. "Não estou ansioso por nada, temos uma ótima vista do que vai passar", disse.
Zeghoudi sorri para o amigo e se senta no sofá, como se fosse uma tardeaviator betanosábado comum. Ele diz que vive no bairroaviator betanoCoral Gables, que não está cercado pelo mar e é considerado mais seguro pelas autoridades. Por isso, decidiu acompanhar o amigo.
"Acredito no destino e não estou preocupado. Nunca vi um furacão e não sei o que pode acontecer", diz, colocando uma sandália. Os dois amigos afirmam que as janelas do prédio sãoaviator betanoalto impacto, o que ajudaria a conter a força da chuva e do vento. Eles também criticam os meiosaviator betanocomunicação, por serem "alarmantes demais".
O governador da Flórida, Rick Scott, não concorda com essa avaliação. Ele tem insistido que o perímetro do Irma é maior que todo o Estado e que ele tem alto potencial destrutivo.
Scott ordenou a evacuaçãoaviator betanomaisaviator betanoseis milhõesaviator betanopessoasaviator betanoambos os lados da península, o que representa cercaaviator betano30% da população da Flórida. "Está na horaaviator betanosair", disseaviator betanodiscurso reproduzido por vários canaisaviator betanoTV eaviator betanorádio.
'Pelo cachorro'
Diana Ami ainda não havia acompanhado as notícias sobre o furacão no sábado. Ela conversa com a BBC Mundo enquanto tira fotos com o tabletaviator betanouma rua deserta no bairroaviator betanoSouth Beach, bairro turísticoaviator betanoMiami. "O que eu vi é que o furacão está a caminho do oeste. Então, eu acho que tive muita sorte desta vez", diz ela.
Ela pensouaviator betanoviajar para Búffalo, no Estadoaviator betanoNova York, onde tem parentes. Mas, antes da ameaça do Irma, um casalaviator betanovizinhos lhe pediu para cuidaraviator betanoum cachorro. "Eu não podia deixar o cachorro sozinho. É uma grande responsabilidade que tenho com ele".
Ami, que é venezuelana e vive desde os 16 anos nos Estados Unidos, sabia que o furacão passaria por toda a Flórida, mas acredita que ele não vai afetar seu bairro. "Já tomei a decisão. Vou ficar trancadaaviator betanocasa e ver o que acontece", disse.
Enquanto Ami conversava com a BBC Mundo, as cidadesaviator betanoMiami e Miami Beach anunciavam um toqueaviator betanorecolher na noiteaviator betanosábado.
Quase um suicídio
Há pessoas que correram o riscoaviator betanoficaraviator betanouma das áreas mais vulneráveis, apesaraviator betanoterem sido ordenadas pelas autoridades a sair há três dias. Eles são moradoresaviator betanoFlórida Keys, um arquipélago mais ao sul da Flórida e ao norteaviator betanoCuba, que já foi atingida pelo Irma neste sábado.
Um funcionário do governo alertou que permanecer ali seria "quase como um suicídio".
Essas ilhas têm cercaaviator betano70 mil moradores. Alguns deles preferiram não sair. "Eu nasci e cresci aqui, prefiro ficar. Conheço os lugares onde as pessoas vão ficar protegidas", disse Liz Pérez ao jornal "The Miami Herald".
Outros habitantes disseram que não tinham para onde ir nem dinheiro suficiente para deixar as ilhasaviator betanodireção ao continente. No entanto, já no sábado à tarde, alguns moradores começaram a questionar a decisãoaviator betanoficaraviator betanovirtude da altura das ondas na costa.
Foi o casoaviator betanoLena LaTorre, que se mudou para um abrigoaviator betanoKey West, outra cidade da Flórida. "Eu não queria correr o risco. Eu deveria ter ido mais cedo", disse ele ao "Miami Herald".
Como último recurso, o condado que administra as ilhas abriu quatro abrigos para receber pessoas afetadas pelo Irma.
Roman Gastesi, funcionário da prefeitura, advertiu que não haveria serviçoaviator betanoemergência durante a passagem do furacão. "Quando a tempestade começar, não adianta ligar para a emergência, porque ninguém vai atender", disse.