As 'condições perfeitas' que fazem com que o furacão Irma seja mais poderoso e perigoso do que se esperava:1xbet

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Legenda da foto, O furacão é tão potente que foi registrado até mesmo por sismógrafos

1xbet Com ventos1xbetaté 298 km/h e um tamanho similar ao da França, o furacão Irma - que já alcançou as ilhas caribenhas1xbetAnguilla, Antígua e Barbuda e agora se dirige1xbetdireção a Cuba, Porto Rico e o Estado americano da Flórida - já garantiu seu lugar nos livros do recordes.

Até o momento, ele é o segundo mais poderoso registrado na história do Atlântico, seguindo1xbetperto o furacão Allen, cujos ventos superaram os 300 km/h1xbet1980.

Sua força é tamanha que1xbetpresença foi detectada inclusive por sismógrafos da região - instrumentos que registram movimentos do solo.

E, segundo alertaram meteorologistas à BBC, seu impacto pode ser muito maior do que o antecipado.

Mas por que o Irma se tornou tão poderoso?

Condições perfeitas

A princípio, é preciso esclarecer que os furacões que alcançam a categoria 5 - a mais alta, quando os ventos superam a marca dos 252 km/h - nas águas do Atlântico são raros e1xbetgeral frágeis.

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Legenda da foto, Especialistas advertem que o furacão pode ser mais devastador do que o antecipado

De fato, todos os outros furacões do Atlântico com uma força similar se formaram no Mar do Caribe ou no Golfo do México.

Eles precisam1xbetcondições específicas para que alcancem ventos velozes para se manter, já que a maior parte deles se enfraquece antes1xbetchegar1xbetterra.

No caso do Irma, todas as condições para produzir um furacão intenso no Atlântico estão presentes, segundo disse à BBC Mundo Julian Heming, especialista do Serviço Meteorológico Nacional do Reino Unido, conhecido coloquialmente como Met Office.

Confira quais são estas condições:

  • As temperaturas do mar abaixo do Irma estão1xbet1º a 1,5ºC mais elevadas que a média para esta época do ano, carregando mais umidade e calor.
  • O cisalhamento ou tesoura1xbetvento - como são chamadas as mudanças1xbetvelocidade ou direção das correntes - é baixo. Isto quer dizer que o ar pode se mover para cima e para fora do furacão1xbetforma muito ágil, promovendo assim1xbetintensificação.
  • Não há atualmente elementos que contribuam para "secar" o clima local - reduzir a umidade -, como, por exemplo, nuvens1xbetpoeira do Saara que às vezes circulam sobre o Atlântico.
  • O Irma se move rápido o suficiente para evitar que a água mais fria abaixo do furacão tenha impacto sobre o ar úmido e quente que o alimenta.
  • Até o momento, não houve interação importante com grandes massas1xbetterra que poderiam interromper o processo1xbetintensificação, cortando o suprimento do ár úmido.

Conexão com chuvas africanas

Alguns especialistas sugerem que as intensas e incomuns chuvas na África Ocidental, que têm um papel na formação deste poderoso sistema1xbettormentas no Atlântico, também influenciaram o Irma.

No entanto, na opinão1xbetHeming, este não necessariamente é um fator1xbetinfluência.

"O Irma se originou a partir1xbetuma onda tropical", diz o especialista.

Esta onda é um sistema1xbetrelativa baixa pressão que se orienta do norte ao sul, movendo-se do leste ao oeste através dos trópicos.

"Estas ondas são também responsáveis pelas intensas chuvas estacionárias no oeste da África. Neste sentido, sim, há um vínculo", diz Heming.

"No entanto, há várias ondas que a cada ano causam um impacto na África e não formam tormentas tropicais, e outras que não têm um grande efeito na África, mas se desenvolvem uma vez que estão no oceano", conclui.