Como um pai resgatou suas filhas do Estado Islâmico:sorteio das loterias

Entre eles, estava a mulhersorteio das loteriasArtur, que havia passado a seguir uma versão radical do Islã e via o califado que o EI declarava ter criado no norte da Síria e do Iraque como uma terra prometida. Ele decidiu então resgatar suas filhas.

A longa viagem ao território do EI

Artur pegou dinheiro emprestado e foi para a capital turca, Istambul, onde um guia o esperava para ajudá-lo a cruzar clandestinamente a fronteira com a Síria.

"Dirigimos até Gaziantep, no sul da Turquia. Uma família chechena e três outras pessoas viajam comigo. Trocamossorteio das loteriascarro cinco vezes antessorteio das loteriaschegar à fronteira. Há toda uma máfiasorteio das loteriastorno desse esquemasorteio das loteriastransporte", conta ele.

"Para cruzar, você precisa correr por 200 metros e fazer isso rápido, carregando suas malas, antes que os guardas comecem a atirar. Enquanto corria, meu coração batia muito forte. Quando cheguei ao território do Estado Islâmico, homens armados estavam me esperandosorteio das loteriasuma caminhonete. Eles nos levaram para um centrosorteio das loteriasrecepçãosorteio das loteriasJarablus."

A essa altura, Artur já sabia ondesorteio das loteriasfamília estava vivendo. Ele havia recebido a informação por uma mensagemsorteio das loteriastexto enviada pelo marido da irmãsorteio das loteriassua mulher, que também havia ido para a Síria.

"Ele escreveu o seguinte: 'Sou um homem justo, e você tem sido tratado injustamente. Por isso, estou entrandosorteio das loteriascontato."

A mulhersorteio das loteriasArtur e suas filhas estariamsorteio das loteriasTabqa.

"As crianças estavam muito felizessorteio das loteriasme encontrar. Fatima vestia roupas prestas e vestia um hijab. Maizarat ainda era muito nova, então, usava o mesmo tiposorteio das loteriasroupasorteio das loteriasquando estava no Daguestão", afirma.

"Minha mulher não estava lá quando cheguei, mas logo veio correndo ao saber que eu tinha aparecido. Ela sabia que estava encrencada."

Fuga perigosa

Um tribunal islâmico deu a guarda das meninas a Artur, mas o proibiusorteio das loteriasdeixar o califado. Para voltar para casa, ele e suas filhas teriamsorteio das loteriasfugir.

Uma noite, pegaram uma carona até a fronteira com a Turquia. "Nós nos esgueiramos pela linha do trem até chegar a 70 metros da fronteira. Peguei a mais nova no colo e disse para a mais velha: 'Corra!'"

"Conforme corríamos, minhas calças e o vestidosorteio das loteriasFatima rasgaram ao ficarem presossorteio das loteriasarame farpado. Maizarat começou a chorar. Eu tinha acabadosorteio das loteriascruzar a fronteira quando tropecei e caísorteio das loteriasuma armadilha para tanques. Caí três vezes. Não sei como tive forças para seguirsorteio das loteriasfrente", se recorda Artur.

"Os guardas estavam a apenas 50 metrossorteio das loteriasdistância e começaram a atirar. Nós mergulhamossorteio das loteriasuma vala usada para irrigação e ficamos ali escondidos por 20 minutos enquanto balas passavam voando por cimasorteio das loteriasnossas cabeças. De lá, saímos andando por um mato alto até eu me dar conta que tínhamos conseguido. Podia ver a lua e os milharais. Parecia um paraíso."

Artur e suas filhas voltaram a Istambul, onde o consulado russo os ajudou a voltar para casa. Mas esorteio das loteriasmulher?

"Não sei onde ela está. Não mantemos contato. Ela fezsorteio das loteriasescolha e agora temsorteio das loteriasconviver com isso."

A mãesorteio das loteriasArtur conta que outras pessoassorteio das loteriasseu vilarejo já foram embora rumo ao califado: "Há quatro ou cinco mulheres que foram para a Síria e se arrependeram disso. Às vezes falo com seus pais, que me contaram que a vida por lá não é boa".

O que está por trás do êxodo para a Síria?

No Daguestão, a situação não é fácil também. A taxasorteio das loteriasdesemprego é alta, e os salários, baixos. Isso facilita o recrutamentosorteio das loteriaspessoas para causas extremistas.

Marat é um cidadão do Daguestão que fugiu do EI e agora está escondido. Ele conta que passou por uma lavagem cerebral conduzida por um recrutador pela internet. Chegou ao pontosorteio das loteriasabandonarsorteio das loteriasmulher ainda grávida para ir para a Síria.

"O recrutador postava vários vídeos que afirmavam que os sírios estavam sendo perseguidos e mortos e diziam: 'Por que vocês, muçulmanos, estão sentadossorteio das loteriascasa? Venham ajudar!'. Então, decidi ir para lá", diz Marat.

"Minha mulher era contra. Então não fui totalmente honesto. Disse a ela que ficaria só por um mês ou algo assim. Quando estava na Síria, liguei e disse que não voltaria. Ela começou a chorar, ficou histérica. Hoje, vejo que foi um erro. Sei que não há uma guerra santasorteio das loteriascurso por lá, são apenas um montesorteio das loteriasmuçulmanos lutando uns contra os outros."

'Feche a mesquita, e os jovens vão embora'

Alguns cidadãos do Daguestão afirmam que, a fimsorteio das loteriascombater o terrorismo localmente, autoridades têm levado as pessoas a ir para o exterior.

Shamsutdin Magomedov é da cidadesorteio das loteriasShamkhal e conta que a mesquita local onde ele costumava rezar foi recentemente fechada pela polícia. Ele admite que "cinco ou seis pessoas da mesquita" viajaram para a Síria, mas argumenta que fechar locais assim não é uma solução.

"Quando os jovens estão aqui, podemos ficarsorteio das loteriasolho neles. Mas, se você fecha a mesquita, os jovens vão embora. Quem sabe para onde? E o que farão?", questiona.

De volta ao quintal da casasorteio das loteriasArtur Magomedov, a pequena Maizarat está sentada na varanda.

Questionado sobre como suas filhas foram afetadas pelo que passaram, Artur conta que Maizarat perguntou por que todos tinham uma mãe, mas ela não.

"Sei que as crianças ainda mantêm contato com a mãe pelas redes sociais. Disse para não se comunicarem com ela, mas não vou impedi-las. Afinal, ela é a mãe das meninas. E elas sentem saudades."