Como uma tatuagem ajudou polícia argentina a identificar redeaplicativo da blaze apostatráfico envolvendo brasileiras:aplicativo da blaze aposta

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Legenda da foto, Depois da morte da irmã, brasileira D,aplicativo da blaze aposta18 anos, está sob proteção da Justiça

Ele ligou, então, para a promotora Analía Córdoba, da Promotoriaaplicativo da blaze apostaViolênciaaplicativo da blaze apostaGênero, Violência Familiar e Abuso Sexual, e pediu ajuda dela para a brasileira.

A promotora conseguiu uma vaga para D. passar a noiteaplicativo da blaze apostaum abrigo para vítimasaplicativo da blaze apostatráficoaplicativo da blaze apostamulheres.

Corpo com tatuagem

No dia seguinte, porém, a promotora viu na TV que o corpoaplicativo da blaze apostauma mulher, com drogas no estômago, havia sido deixado na calçada do bairro portenhoaplicativo da blaze apostaVilla Devoto, a cercaaplicativo da blaze aposta30 kmaplicativo da blaze apostaDon Bosco. Era uma das principais notícias policiais daquela segunda-feira.

"Quando vi aquela notícia, logo pensei: 'Essa é a irmã da menina brasileira que está perdida'", contou a promotora.

As câmeras das ruas do bairro registraram o momentoaplicativo da blaze apostaque duas pessoas - posteriormente identificados como um homem do Suriname e uma mulher da República Dominicana - deixaram o corpo da jovem,aplicativo da blaze apostashort e camiseta e uma tatuagem visível, na calçada.

O corpo da jovem tinha uma tatuagemaplicativo da blaze apostaportuguês. "Tudo posso naquele que me fortalece". Uma frase "bíblica", observou um policial que acompanha a investigação sobre o caso.

A combinação desses dois elementos - a descoberta do corpo e a tatuagemaplicativo da blaze apostaportuguês - levou as autoridades a suspeitaraplicativo da blaze apostaque se tratava da brasileira desaparecida.

Depois confirmou-se que a jovem morta, A.,aplicativo da blaze aposta19 anos, eraaplicativo da blaze apostafato irmãaplicativo da blaze apostaD.

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Legenda da foto, Jovem brasileira procurou polícia argentina depoisaplicativo da blaze apostasua irmã ter passado mal com cocaína que havia ingerido

O caso chamou a atenção das autoridades justamente por envolver duas irmãs brasileiras e por outros detalhes atípicos.

"Elas vieram pelo Rioaplicativo da blaze apostaJaneiro. Dois fatos chamaram nossa atenção: que trouxessem cocaína do Brasil para a Argentina, o que não é comum, e que (a jovem morta) tenha ficado tanto tempo com as drogas no corpo", disse à BBC Brasil a ministraaplicativo da blaze apostaSegurança da Argentina, Patricia Bullrich.

Para os investigadores, Buenos Aires poderia ser apenas uma escala da droga que A. ingeriuaplicativo da blaze apostaBelém, no Pará, onde passou alguns dias com a irmã menor, antesaplicativo da blaze apostaseguirem para o Rio eaplicativo da blaze apostalá para a capital argentina.

Elas tinham passagens para ficar uma semana na cidade, mas antes do retorno, A. passou mal e foi levada por seus contratantes a um hospital.

Na porta, disseram para D. que ficasse com a bolsa dela e da irmã e caminhasse para pedir mais ajuda, segundo apontou a investigação inicial.

As primeiras evidências indicam, contudo, que A. jamais entrou no hospital. Nada ali foi registrado, como constatou a polícia.

E D. se perdeu até encontrar a patrulha no bairro Don Bosco.

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Legenda da foto, "Dois fatos chamaram nossa atenção: que trouxessem cocaína do Brasil para a Argentina, o que não é comum, e que (a jovem morta) tenha ficado tanto tempo com as drogas no corpo", diz ministraaplicativo da blaze apostaSegurança da Argentina, Patricia Bullrich

Mula

"Minha irmã é mula e me chamou para vir a Buenos Aires com ela para eu conhecer a cidade. Mas agora não sei onde ela está", admitiu D. ao policial.

A polícia diz acreditar que D. realmente só veio como acompanhante da irmã ─ que já teria feito uma viagem para a Europa transportando drogas no corpo.

Dessa vez, segundo os primeiros resultados da autópsia, duas pílulas teriam estourado no estômago da jovem e podem ter sido a causa daaplicativo da blaze apostamorte.

Especialistas entrevistados na Argentina disseram que ela pode ter ficado com as pílulasaplicativo da blaze apostacocaína mais tempo do que o "suportável".

O drama das irmãs A. e D. comoveu as autoridades da Argentina.

A promotora Córdoba disse que preferiu sair da sala no momentoaplicativo da blaze apostaque a psicólogaaplicativo da blaze apostasua equipe, que fala português, teve que informar a D. sobre a morteaplicativo da blaze apostasua irmã.

Outra integranteaplicativo da blaze apostasua equipe afirmou à BBC Brasil que se emociona ao lembrar-se do telefonema da jovem para mãe,aplicativo da blaze apostaRondônia, via WhatsApp.

"Fico emocionada sóaplicativo da blaze apostalembrar. A mãe começou a gritar, a chorar, chamando o nome da filha que morreu e perguntando como a outra,aplicativo da blaze apostasomente 18 anos, poderia resolver tudo, inclusive as questões burocráticasaplicativo da blaze apostatranslado do corpo", contou.

A polícia ainda não sabe, contudo, se A. trouxe a irmã para passearaplicativo da blaze apostaBuenos Aires ou se ela seria uma formaaplicativo da blaze apostadissimularaplicativo da blaze apostaparticipaçãoaplicativo da blaze apostauma rede internacionalaplicativo da blaze apostatráficoaplicativo da blaze apostadrogas.

D. permanece sob proteção da Justiça Federal argentina. A jovem está recebendo apoioaplicativo da blaze apostapsicólogos e deverá esperar, não se sabe por quanto tempo, para voltar ao Brasil, segundo fontes do Ministério da Justiça.

Já os que deixaram o corpoaplicativo da blaze apostaA. na calçada ficarão presos por tempo indeterminado. Eles não sabiam que o bairro era monitorado por câmeras.

Os dois foram filmados tirando o corpoaplicativo da blaze apostaum carro vermelho e colocando-o na calçada, antesaplicativo da blaze apostafugirem do local. Tanto a placa do automóvel quanto a tatuagem ficaram visíveis nas imagens.

A polícia chegou ao apartamento, onde as irmãs tinham ficado até aquele domingo, e prendeu os envolvidos - o homem do Suriname e a mulher da República Dominicana - apreendendo com eles dinheiro e joias.

O advogado Claudio Salomón Méndez, que defende o surinamês Hendrik "Gino" Dasman, reconheceu à BBC Brasil que seu cliente era reincidente: ele havia sido presoaplicativo da blaze aposta2011aplicativo da blaze apostaum caso que envolveu modelosaplicativo da blaze apostainícioaplicativo da blaze apostacarreira e mulheres europeias que transportavam drogas no estômago, segundo reportagens da época.

O surinamês decidiu continuar morando na Argentina após ter sido colocadoaplicativo da blaze apostaliberdade condicional,aplicativo da blaze apostaacordo com seu advogado.

Para a polícia argentina, trata-seaplicativo da blaze apostauma rede internacionalaplicativo da blaze apostadrogas. Mas que pode envolver também a exploraçãoaplicativo da blaze apostamulheres.

O casoaplicativo da blaze apostaA. é investigado agora pela Justiça Federal argentina - exploração e tráficoaplicativo da blaze apostamulheres, contrabando e tráficoaplicativo da blaze apostadrogas.

"As vítimas desses esquemas são muito vulneráveis. Mas este caso das irmãs brasileiras é particularmente triste", concluiu um funcionário do Ministério da Justiça argentino.

*Para proteger a identidade das duas, a BBC Brasil decidiu publicar apenas as iniciais, que não são as mesmasaplicativo da blaze apostaseus verdadeiros nomes.