As difíceis condições enfrentadas por estrangeirosmr jack bet entrarprisões na Coreia do Norte:mr jack bet entrar

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Estudante americano Otto Warmbier foi solto, mas estámr jack bet entrarcoma

Esse parece ter sido o casomr jack bet entrarOtto Warmbier. O estudante americanomr jack bet entrar22 anos, presomr jack bet entrarjaneiromr jack bet entrar2016, foi sentenciado a 15 anosmr jack bet entrartrabalhos forçados por "crimes contra o Estado"; supostamente pelo roubomr jack bet entrarum cartazmr jack bet entrarpropaganda política. Ele foi libertado na terça-feira (13)mr jack bet entrarestadomr jack bet entrarcoma.

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Legenda da foto, Kenneth Bae foi submetido a trabalhos pesados seis dias por semana numa fazenda

No seu livro, Bae relata que, nas primeiras quatro semanasmr jack bet entrarencarceramento, era interrogado, diariamente, das 8h às 22h ou 23 horas. Sob pressão, acabou escrevendo centenasmr jack bet entrarpáginasmr jack bet entrarconfissões que seus interrogadores exigiam.

Bae conta que, depois, trabalhava seis dias por semanamr jack bet entraruma fazenda, "carregando pedras, e escavando carvão". Sua rotina diária era se levantar às 6h, tomar café da manhã, rezar, e realizar trabalhos pesadosmr jack bet entrar8h às 18h.

Sob este regime, emagreceu 27 kgmr jack bet entrar735 diasmr jack bet entrarcativeiro. Enquanto perdia peso,mr jack bet entrarsaúde se fragilizava, e, por isso, precisava ser levado com frequência ao serviço médico.

Além do desgaste físico, havia a dor psicológica, o sentimentomr jack bet entrarisolamento. Seu interrogador dizia com frequência: "Ninguém lembramr jack bet entrarvocê. Você foi esquecido pelas pessoas, pelo governo. Você não vai para casa tão cedo. Você ficará aqui por 15 anos. Você fará 60 anos antesmr jack bet entrarir para casa".

"Eu me senti como um inseto, preso numa teiamr jack bet entrararanha. Toda vez que me mexia, ficava mais difícil sair", relata.

Bae conta que, depois do mêsmr jack bet entrarinterrogatório, teve permissão para ler e-mails e mensagensmr jack bet entrarpessoasmr jack bet entrarseu país (embora isso tenha sido tanto um conforto quanto um tormento). Também lhe foi permitido ter uma bíblia.

É provável que o agravamentomr jack bet entrarsua condiçãomr jack bet entrarsaúde tenha preocupado as autoridades norte-coreanas a pontomr jack bet entraro libertarem - para evitar termr jack bet entrarlidar com a eventual crise diplomática quemr jack bet entrarmorte causaria. E parece que o mesmo teria ocorrido com Otto Warmbier.

Cavando a própria sepultura

Kenneth Bae é um cidadão americano, originalmente da Coreia do Sul, que fala coreano. Ele acredita que seu tratamento como prisioneiro - com uma cela própria com cama e banheiro - era melhor que o dispensado aos norte-coreanos presos por crimes comuns ou por serem dissidentes políticos.

É provável que esteja certo. A Anistia Internacional descreveu os camposmr jack bet entrardetenção do país como locaismr jack bet entrarcondições pesadas "além do suportável".

"Centenasmr jack bet entrarmilharesmr jack bet entrarpessoas - incluindo crianças - são presasmr jack bet entrarcamposmr jack bet entrarprisioneiros políticos e outras instalaçõesmr jack bet entrardetenção na Coreia do Norte. Muitos deles não cometeram nenhum crime, e são meramente membros da família daqueles considerados culpados por crimes políticos graves", acrescenta a organização.

A organização analisou imagens aéreasmr jack bet entrarcamposmr jack bet entrardetenção e diz que um deles é três vezes o tamanho do distritomr jack bet entrarWashington DC, nos EUA, abrigando 20 mil presos. Um ex-funcionário contou à Anistia que os presos eram forçados a cavar seus próprios túmulos, que uma das formasmr jack bet entrarpuniçãomr jack bet entrarpresos era estupro e que muitos deles simplesmente desapareciam.

Legenda da foto, Mapamr jack bet entrarcampomr jack bet entraremprisionamento na Coreia do Norte

Kenneth Bae relata que seus carcereiros estavam curiosos sobremr jack bet entrarvida no Ocidente. "Falo a língua (deles) e conseguia me comunicar", explica, acrescentando que os norte-coreanos acreditavam que 99% dos americanos viviam na pobreza. "Eu disse que a maioria tem casa e carro, e eles diziam: 'não pode ser'".

Bae não diz que foi fisicamente torturado. Seu estadomr jack bet entrarsaúde piorou por causa das condições duras na prisão, que acabaram exacerbandomr jack bet entrardiabetes, pressão alta e problemas nos rins.

Algo parecido pode ter ocorrido com o estudante Otto Warmbier, mas os EUA certamente estão se perguntando como ele foi pararmr jack bet entrarestadomr jack bet entrarcoma e por que a Coreia do Norte levou um ano para divulgar o caso.

Se as causas estiverem ligadas a algum ataque físico ao estudante, o caso pode ter consequências maiores, quem sabe até provocar alguma resposta mais dura do presidente americano, Donald Trump.