Sete personagens centrais para entender a crise na Venezuela:roleta online aposta
Mas desde então, cresceram as dúvidas sobre como a crise venezuelana terminará. Pelo menos 30 pessoas já foram mortas nas manifestações, segundo agências internacionaisroleta online apostanotícias, e aumentou a desconfiança entre governo e oposição e dentro da própria base do chavismo.
"A situação na Venezuela é muito delicada e não é possível prever qual será a saída", diz à BBC Brasil Simón Pachano, professorroleta online apostaCiências Políticas da Faculdade Latino-Americanaroleta online apostaCiências Sociais (Flacso), no Equador, roleta online apostaentrevista à BBC Brasil.
Quais são os principais personagens e as principais forçasroleta online apostaação na Venezuela? Veja na lista a seguir:
1. O presidente
Nicolás Maduro havia sido vice-presidente e chanceler do governo Chávez e, quando assumiu a Presidência,roleta online aposta2013, o país caribenho já enfrentava problemas econômicos. A situação, porém, piorou nos últimos anos, após a queda no preço do petróleo, principal produtoroleta online apostaexportação do país.
Como presidente, Maduro busca seguir algumas marcas registradasroleta online apostaChávez, como os longos discursos transmitidos pela televisão e a oposição ferrenha aos seus críticos, que chamaroleta online aposta"golpistas". Para ele, as agruras venezuelanas são responsabilidade, entre outros, do "império", como costuma se referir aos Estados Unidos.
Mas seus críticos dizem que Maduro tem não apenas menos carisma, como habilidade política inferior àroleta online apostaChávez. Com isso, analistas apontam a quedaroleta online apostasua popularidade diante da inflação galopante e da escassezroleta online apostaprodutos nas gôndolasroleta online apostasupermercados e farmácias.
Diante disso, são praticamente diários os protestos convocados, tanto pela oposição, quanto pelo governo. É uma "quedaroleta online apostabraços" que está sendo resolvida nas ruas, diz o professorroleta online apostaCiências Políticas chileno Guillermo Holzmann, da Universidaderoleta online apostaValparaíso.
Maduro também viu seu apoio externo minguar, com as mudançasroleta online apostagoverno na América do Sul. Brasil e Argentina passaram a fazer oposição direta à Venezuela, que além disso foi suspensa do Mercosul.
O bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai tem divulgado notas frequentes, junto com outros países como Colômbia e México, pedindo uma saída para a crise venezuelana, incluindo "a libertação dos presos políticos".
2. O líder das tropas
Analistas definem o governo venezuelano como "civil-militar" desde os temposroleta online apostaque o país era governador por Chávez, que era militar. O papel do ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas, Vladimir Padrino López, é definido pelos especialistas como "fundamental" no atual sistema político venezuelano.
O ministro é o líder das tropas do país, que, sobroleta online apostaordem, já saíram às ruas, sem armas, para pedir o fim dos protestos da oposição, como ocorreuroleta online apostaabril. Na época, o ministro disse que as Forças Armadas "ratificam apoio incondicional ao governo Maduro".
As Forças Armadas, principalmente o Exército, são uma importante peçaroleta online apostasustentaçãoroleta online apostaMaduro, mas é um apoio delicado: paira sobre o país o fantasmaroleta online apostaintervenções militares passadas, e sempre há o temor, por parteroleta online apostagovernistas,roleta online apostaque os militares passem para o lado da oposição. Nos últimos dias, o governo reconheceu que três militares foram considerados desertores e teriam escapado para a Colômbia. Especula-se que teriam se negado a reprimir protestos,roleta online apostaacordo com a imprensa local.
O analista argentino Rosendo Fraga, do Centroroleta online apostaEstudos Nova Maioria,roleta online apostaBuenos Aires, entende que "há sinaisroleta online apostafatiga"roleta online apostasetores das Forças Armadas ao longo períodoroleta online apostacrise no país caribenho, o que poderia colocarroleta online apostaxequeroleta online apostafidelidade ao governo Maduro.
3. A chanceler
Delcy Rodríguez, ministra venezuelana das Relações Exteriores, é conhecida por suas declarações polêmicas nas reuniões multilaterais e emroleta online apostaconta no Twitter. No plano externo, Delcy Rodríguez é um dos rostos do governo Maduro.
Ela costuma criticar com frequência os atuais governos dos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), aos quais definiu, por exemplo, comoroleta online aposta"direita" e "sem modos". Em uma reunião da Organizaçãoroleta online apostaEstados Americanos (OEA),roleta online apostaWashington, a chanceler qualificou o secretário-geral do organismo, o uruguaio Luis Almagro,roleta online aposta"mentiroso" e "traidor".
Num fórumroleta online apostaCaracas, ela disse que o Brasil "é uma vergonha mundial", onde "há escândalos todos os dias" e que houve "um golpe" contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Seus críticos minimizamroleta online apostaforça dentro do governo Maduro. Quando perguntado sobre suas críticas ao Brasil, o chanceler Aloysio Nunes Ferreira disse que ela "não tem muita importância".
4. O principal opositor
Ex-candidato presidencialroleta online apostaduas ocasiões, Henrique Capriles é governador do Estadoroleta online apostaMiranda e foi inabilitado para disputar eleições durante os próximos 15 anos. Ele defende eleições gerais no país como saída para a crise venezuelana.
Na última eleição presidencial,roleta online aposta2013, ele perdeu por margem apertada para Maduro. Hoje ele é um dos líderes dos protestos e entende que a pressão das ruas levará à convocação dos pleitos (as eleições para governador e legislativas programadas para 2016 não foram realizadas, e pelo calendário eleitoral a eleição presidencial serároleta online aposta2019).
Por ser mais moderado, ele é a face da oposição venezuelana mais aceita internacionalmente e internamente.
5. O opositor preso
Ex-prefeitoroleta online apostaChacao, Leopoldo López está preso desde 2014 e foi condenado a maisroleta online aposta13 anosroleta online apostaprisão por "instigação pública", entre outros delitos, durante um protesto que deixou 43 mortos, segundo a Justiça. López passou a simbolizar, como definem a oposição e o Mercosul, "presos políticos" da Venezuela.
Na semana passada, dianteroleta online apostarumores sobreroleta online apostaintegridade física, governistas divulgaram um vídeo dele na prisão como "provaroleta online apostavida". A mulherroleta online apostaLópez, Lilian Tintori, esteve com presidentes da região, como Mauricio Macri, pedindo apoio àroleta online apostalibertação.
Dos 780 presos nos últimos protestos, 251 foram colocados à disposiçãoroleta online apostatribunais militares e não civis - algo que também foi alvoroleta online apostaprotestos por parteroleta online apostaONGs, oposição e da OEA.
6. A voz crítica externa
Para o secretário-geral da OEA, o senador uruguaio Luis Almagro, existe uma "ditadura na Venezuela e um povo saqueado", e um novo governo deve ser eleito "com legitimidade democrática que permita ao país sair do poço", como disseroleta online apostaentrevista à BBC Mundo, o serviçoroleta online apostaespanhol da BBC.
Em março, Almagro propôs a suspensão da Venezuela do organismo, caso não fossem convocadas eleições gerais no país num prazoroleta online aposta30 dias. "Aprovar a suspensão do governo venezuelano é o mais claro gesto que podemos fazer pelo povo venezuelano, pela democracia no continente, por seu futuro e pela justiça", disse Almagro.
Logo depois, a Venezuela formalizou,roleta online apostaabril, o pedido para deixar a organização. Almagro foi acusado pelo governoroleta online apostaMaduroroleta online apostaser "inimigo do povo venezuelano".
No âmbito interno, Almagro, que foi chanceler do governoroleta online apostaJosé "Pepe" Mujica, tem sido criticado pelo ex-presidente por suas críticas à Venezuela. "Uma pessoa nesse cargo (na OEA) deve servirroleta online apostaponte,roleta online apostaunião, e não parte (do conflito)", afirmou Mujica, segundo o jornal El País,roleta online apostaMontevidéu.
7. O mediador
O papa Francisco fez novos apelos, na semana passada, pelo diálogo entre governistas e opositores na Venezuela. Em uma carta aos bispos na Venezuela, ele pediu que sejam estabelecidas "pontes" para "dialogar seriamente" por uma saída para a crise.
No ano passado, foi formada uma comissão, com a participação da Igreja Católica, para se tentar o entendimento entre governo e opositores. A iniciativa não avançou. Para analistas, como o cientista político Simón Pachano, da Flacso, a culpa é da "desconfiançaroleta online apostatodos contra todos".
Na sexta-feira passada, a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) divulgou comunicado criticando a propostaroleta online apostaMaduroroleta online apostaconvocar a Assembleia Constituinte. De acordo com o site do jornal El Nacional,roleta online apostaCaracas, a CEV afirma que "o que o povo venezuelano mais precisa é comida, medicamentos, liberdade, segurança pessoal e jurídica e paz". No texto, afirma-se também que "tudo isso se conseguiria se o governo agisse a partir do texto Constituiçãoroleta online apostavigor e com maior sensibilidade dianteroleta online apostatantas carências".