O professor que revelou ser gay na frentedream club soccermil alunos:dream club soccer

Legenda da foto, 'Eu não sabia que era gay quando estava na escola secundária, nos anos 1990', diz o professor Daniel Gray

'Endireitar alguns erros'

Daniel conta que sonhavadream club soccerser professor ou um astro pop: "Acabou que ser professor foi o sonho mais realista".

"Eu acreditava que podia voltar para uma escola e, com a minha experiência, endireitar alguns erros", completa.

Crédito, Daniel Gray

Legenda da foto, No Mês da História LGBT, festejadodream club soccerfevereiro na Grã-Bretanha, a escoladream club soccerque Gray leciona hasteia a bandeira do arco-íris hasteada no seu átrio

Daniel só passou a se sentir aceito na universidade, onde encontrou outros homossexuais como ele.

O primeiro trabalho como assistentedream club soccerprofessor foidream club soccer2008.

Daniel estava tranquilodream club soccerrelação àdream club soccersexualidade, até ouvir o conselho da professora que o treinava:

"Ela foi categórica ao dizer que não revelasse nada aos alunos porque 'você não quer dar mais munição para os estudantes'".

"Quando comecei a trabalhar (como professor) numa escola católica bem tradicional, fiquei quieto. Na escola seguinte, meus colegas sabiam que eu era gay, mas não os estudantes - embora alguns provavelmete soubessem".

'Foi instintivo'

Há dois anos e meio, Daniel Craig começou a trabalhar na Harris Academy, no suldream club soccerLondres.

"Nunca achei que ser homossexual fosse um problema, mas as palavras da professora que me treinou continuavam comigo", explica.

"Eu tinha ouvido falar sódream club socceruma pessoa que havia se assumido numa escola, um professor e ativista chamado David Weston, mas não segui o exemplo dele".

Foi assim até o diadream club soccerque Weston participoudream club soccerum treinamento na escoladream club soccerque Daniel ensinava.

"O treinamento não tinha nada a ver com questões LGBT, mas eu me lembrava dele. Foi instintivo. Era algo que eu sentia que tinhadream club soccerfazer".

Estava chegando o Mês da História LGBT e o colégio tinha um novo diretor. "Pensei: 'essa é a minha chance'", diz Daniel.

"Achei que eu tinha que sair e lutar. O diretor abraçou minha iniciativa e disse que queria endossá-la junto com todos os funcionários", lembra.

"Era isso. Eu ia contar para maisdream club soccermil adolescentes que era gay".

O grande dia

Daniel Craig lecionavadream club soccerdois lugares diferentes e, como não podia estardream club soccerambos simultaneamente, resolveu fazer um vídeo.

"Falei sobre o Mês da História LGBT edream club soccertodas as coisas que a escola estava fazendo para comemorá-lo pela primeira vez".

"Olhei diretamente para a câmera e disse: 'Como homossexual, sei o quanto é importante ter modelos positivos'."

Chegou o momentodream club soccermostrar o vídeo aos alunosdream club soccerduas reuniõesdream club socceralunos e professores. "Não sei nem como descrever meu estadodream club soccernervos", admite.

"De repente, lá estava eu na tela. Estava feito".

Crédito, Nick Soar

Legenda da foto, Colegasdream club soccerDaniel Gray fizeram cartazesdream club soccerapoio aos direitos LGBT e colaram na porta das salasdream club socceraula

"Eu não queria que fosse uma grande façanha, só que as pessoas soubessem que eu estava ali e aceitassem aquilo como algo normal. O fatodream club soccerter um professor assumidamente gay nas suas vidas podia fazer uma grande diferença", esclarece.

Quando a reunião acabou, um aluno se aproximou dele.

"Ele não tinha estudado comigo. Parecia muito nervoso e um pouco tímido. Mas tinha algo a dizer".

Daniel lembra que o estudante disse apenas que aquele conselhodream club soccerclasse tinha mudado adream club soccervida e foi embora.

"Naquele momento, naquele único instante, bem ali, me lembrei da minha razãodream club soccerser professor".

'High five'

"Outro estudante disse: 'Oh, meu Deus' e me cumprimentou com um high five. Eu não podia imaginar aquilo", prossegue.

Mas nem tudo foi só alegria: "Recebemos uma queixadream club soccerpais e talvez haja mais reclamações".

"O que achei especialmente comovente foi o apoio dos colegas que chegaram a fazer cartazesdream club soccerapoio aos direitos LGBT depois daquela reunião."

Crédito, Daniel Gray

Legenda da foto, Daniel sofreu bullying durante toda a vida escolar. Ele conta que só descobriu que era gay quando chegou à universidade

O colégio onde Daniel ensina é partedream club socceruma federação que reúne 41 escolas primárias e secundárias na capital britânica e arredores. Agora, com o apoiodream club soccerseu supervisor, ele dará palestras nas outras escolas sobre como realizar iniciativas parecidas.

Nick Soar, diretor-executivo da Harris Federation Teaching School Alliance, permitiu que a bandeira do arco-íris fosse hasteada nas escolas do grupo.

"Quando Daniel me perguntou se poderíamos apoiar o mês LGBT, eu senti que havia chegado o momentodream club soccerdeixar claro para os funcionários, estudantes e todas as famílias que eu queria eliminar a homofobia e, mais amplamente, todas as formasdream club soccerpreconceito e ódio."

O professor diz ainda que "ao sair do armário para os alunos, eles puderam ver que o Mr. Gray que sempre conheceram não é diferentedream club soccerninguém. Eles também sabem que, se estiverem divididos ou precisaremdream club soccerapoio, têm com quem contar".

Há algo que Daniel Gray mudaria nessa história?

"Eu não esperaria mais nove anos para fazer isso".