O que assassinatoprobabilidade quinaembaixador russo revela sobre tensões na Síria:probabilidade quina
probabilidade quina "Nós morremosprobabilidade quinaAleppo, você morre aqui."
A sinistra frase acima foi proferida pelo policial turco que nesta segunda-feira matou a tiros o embaixador da Rússia na Turquia, Andrei Karlov, durante a recepçãoprobabilidade quinauma exposição na capital do país, Ancara.
Antesprobabilidade quinaser mortoprobabilidade quinaum tiroteio com a polícia, o assassino disse estar agindoprobabilidade quinaretaliação ao apoioprobabilidade quinaMoscou ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra civil que assola o país do Oriente Médio desde 2011 - e que tem a cidadeprobabilidade quinaAleppo como um símbolo.
A declaração exemplifica o complicado jogoprobabilidade quinaforças que cerca um conflito que,probabilidade quinaacordo com estimativas da ONU, matou pelo menos 400 mil pessoas e provocou o êxodoprobabilidade quinamaisprobabilidade quina4,5 milhões.
E o xadrez geopolítico poderá ficar ainda mais complexo por causa do assassinatoprobabilidade quinaKarlov. O crime ocorreuprobabilidade quinaum momentoprobabilidade quinaque Rússia e Turquia tentavam aparar arestasprobabilidade quinaum relacionamento já azedado pela derrubadaprobabilidade quinaum avião militar russo pela força aérea turca, ocorridaprobabilidade quinanovembro do ano passado.
Confira, a seguir, quais são as peças no tabuleiro.
Governo Sírio
No poder desde 2000, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, se vê nos últimos cinco anos às voltas com uma guerra civil queprobabilidade quinainício tinha tonsprobabilidade quinarebelião armada da oposição após a violenta repressão aos protestos da Primavera Árabeprobabilidade quina2011probabilidade quinaseu país -probabilidade quinaespecial a morteprobabilidade quinamanifestantes pela forçasprobabilidade quinasegurança.
A rebelião, porém, evoluiuprobabilidade quinaforma significativa para um conflito armadoprobabilidade quinaque a oposição secular ao regime sírio foi superada pelo crescimentoprobabilidade quinagrupos radicais e osprobabilidade quinaorientação religiosa,probabilidade quinaespecial o autodenominado Estado Islâmico, que teve ganhos territoriais consideráveis.
Desde o ano passado, porém, o regimeprobabilidade quinaAssad ganhou novo fôlego depoisprobabilidade quinaa Rússia iniciar uma intensa campanhaprobabilidade quinabombardeios aéreos contra posições da oposição, o que possibilitou vitórias significativas, como a reconquista da cidadeprobabilidade quinaAleppo.
Estado Islâmico
O grupo radical muçulmano pode até estar na defensiva por causa do avanço das tropasprobabilidade quinaAssad e pela ofensiva militar da qual também é alvo no Iraque, mas ainda controla uma vasta região da Síria.
Além disso, recentemente obteve uma vitória simbólica ao retomar a cidade históricaprobabilidade quinaPalmira, que havia perdido para forças do regimeprobabilidade quinamarço.
Rússia
A Síria é um dos principais aliadosprobabilidade quinaMoscou no Oriente Médio e, no final do ano passado, anunciou que interviria no conflito para "se juntar à luta contra o radicalismo do Estado Islâmico".
Logo, porém, ficou claro que os ataques aéreos ordenados pelo presidente russo, Vladimir Putin, não se resumiam apenas às posições do EI, mas também àsprobabilidade quinaoutros gruposprobabilidade quinaoposição a Assad.
A posição do governo russo não arrefeceu mesmo depoisprobabilidade quinaum avião carregando turistas russos ser explodidoprobabilidade quinaum ataque cuja autoria foi reivindicada pelo Estado Islâmico.
Em novembro do ano passado, houve um sério incidente diplomático com a Turquia por causa da derrubadaprobabilidade quinaum caça Su-24 que, segundo o governo turco, invadiu o espaço aéreo do país enquanto participavaprobabilidade quinauma missão na Síria.
Levou meses para que Putin e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, fizessem as pazes. Mas vale ressaltar que, mesmo no auge da crise diplomática, Karlov permaneceuprobabilidade quinaAncara, ocupando a embaixada para o qual fora apontadoprobabilidade quina2013.
Turquia
País fronteiriço com a Síria, a Turquia manteve relações relativamente amigáveis com o vizinho nos últimos anos, mas mudou o tomprobabilidade quina2011, oficialmenteprobabilidade quinaprotesto contra a violenta reação do regime sírio aos protestos.
Militares turcos ofereceram treinamento para rebeldes - sobretudo os do principal grupo secular, o Exército Livre Sírio - e o governoprobabilidade quinaErdogan ofereceu armas e equipamentosprobabilidade quinacombate.
A partirprobabilidade quinaagostoprobabilidade quina2016, forças turcas passaram a intervir diretamente no conflito depoisprobabilidade quinauma sérieprobabilidade quinaatentadosprobabilidade quinacidades turcas atribuídos não só ao Estado Islâmico - cujo poderprobabilidade quinarecrutamento foi afetado pelo maior patrulhamento das autoridades do país da fronteira com a Síria - como a separatistas curdos.
Apesarprobabilidade quinadivergirprobabilidade quinaMoscou no que diz respeito à presençaprobabilidade quinaAssad no poder, Erdogan se reaproximouprobabilidade quinaPutin nos últimos meses.
Foi com aval do presidente russo que as tropas turcas entraramprobabilidade quinaterritório sírio. Além disso, Moscou e Ancara assinaram acordosprobabilidade quinacooperação econômica e foram os principais negociadores do cessar-fogo que permitiu um inícioprobabilidade quinaevacuação na região leste da cidadeprobabilidade quinaAleppo, onde rebeldes e civis estavam há meses cercados por forças leais a Assad eprobabilidade quinasituaçãoprobabilidade quinacalamidade.
O governo turco, por sinal, foi veemente ao afirmar que não permitiria que o assassinato do embaixador russo causasse danos às relações com a Rússia.
EUA
Embora tenha prometido desmantelar o Estado Islâmico e seja crítico veemente do regimeprobabilidade quinaAssad, Washington tomou medidas bastante limitadas para conquistar esses objetivos e recentemente sinalizou que aceitaria a presença do presidenteprobabilidade quinauma resolução do conflito.
Os americanos apoiam logisticamente diversos gruposprobabilidade quinaoposição, inclusive guerrilheiros curdos, e participamprobabilidade quinauma coalizão que faz ataques aéreos contra posições do EI.
Irã
É o principal aliado regional da Síria - eprobabilidade quinaAssad - e proveu o vizinho com apoio militar tanto direto como indireto, com o suporte a diversas milícias xiitas que lutam nas fileiras do regime.
Arábia Saudita
Principal país muçulmano do ramo sunita no mundo, a Arábia Saudita quer a saídaprobabilidade quinaAssad também como formaprobabilidade quinaatingir os interesses do Irã, seu grande inimigo.
Alémprobabilidade quinaparticipar dos bombardeios da coalizão liderada pelos EUA, suspeita-se que os sauditas tenham provido armamento pesado para os rebeldes que enfrentam as forças do regime no norte da Síria.