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“O cenário ébetano trixiebombardeio”, diz general brasileiro que comanda resgate após furacão no Haiti:betano trixie
"O cenário dessas cidades ébetano trixiebombardeio", disse o general. "As pessoas veem o helicóptero e ficam acenando e pedindo socorro."
A maioria das áreas que ele sobrevoou ainda não foram alcançadas por tropas terrestres e equipesbetano trixieajuda humanitária devido a bloqueios nas estradas.
"Árvores foram arrancadas do solo junto com a raiz, florestas inteiras... Os coqueiros parecem mato tirado da terra com a mão. Foi um desastre ambiental também".
"O furacão destruiu todas as plantaçõesbetano trixiebanana e acabou com criaçõesbetano trixiefrangos, porcos e gado. Ou seja, toda a agriculturabetano trixiesubsistência foi arrasada e essas pessoas precisambetano trixiealimentos", afirmou o general.
Os ventos chegaram a 230 km/h durante a passagem do furacão. Em cidades como Jeremie, 80% das construções foram arrasadas.
Segundo o general, muitas das mortes aconteceram porque as pessoas foram atingidas por destroços, ou se afogaram. A maré subiu durante a passagem do furacão e as vilas costeiras foram invadidas por ondas.
Pinheiro comparou o cenário atual à situação do país após o terremotobetano trixiejaneirobetano trixie2010. Segundo ele, na tragédia anterior houve um número muito maiorbetano trixievítimas fatais - estima-se que maisbetano trixie200 mil - porque a área mais atingida foi a capital, Porto Príncipe, onde há uma grande densidade populacional.
A área atingida pelo furacão Matthew é menos povoada, mas suas construções eram frágeis e não resistiram à força do vento.
"Na capital, as casas têm lajes pesadas, preparadas para resistir a furacões. No terremotobetano trixie2010 foi isso que matou muitas pessoas. No sul, as casas têm tetobetano trixiezinco, não aconteceria nada no casobetano trixieterremoto, mas elas não resistiram ao furacão", disse Pinheiro.
"A população quer uma resposta rápida, mas ainda estamos tentando chegar aos locais mais distantes", disse.
Ajuda humanitária
Desde a passagem do furacão na última terça-feira, tropas da ONU estão tentando desobstruir estradas bloqueadas por quedasbetano trixiebarrancos, árvores e detritos. Com as estradas livres, equipesbetano trixieajuda humanitária serão capazesbetano trixielevar comida e remédios aos locais mais distantes.
Uma tropa formada por fuzileiros navais e engenheiros militares equipados com escavadeiras, caminhões e outros equipamentos pesados foi posicionada no sul do Haiti, na cidadebetano trixieMiragoane, antes mesmo da chegada do furação, segundo a ONU. A ideia era agilizar a resposta após a catástrofe.
"Tivemos que amarrar contêineres e fazer uma barreira contra o vento para que nossos equipamentos não fossem arrastados durante a passagem do furacão", disse o general.
Segundo Pinheiro, a estratégia funcionou, pois uma ponte na cidadebetano trixiePetit-Goave, que liga o sul à capital, foi destruída e atrasoubetano trixie24 horas as equipesbetano trixiesocorro que estavambetano trixieprontidãobetano trixiePorto Príncipe.
Entre terça-feira e sexta-feira os brasileiros reabriram as entradas que ligam a capital às principais cidades do sudoeste: Les Cayes e Jeremie. Neste sábado, a tropa tenta desobstruir a estrada entre Les Cayes e Port Salut, o primeiro dos vilarejos costeiros destruídos.
A ONU havia organizado depósitosbetano trixiemantimentosbetano trixiecidades estratégicas no sul. Caminhões carregadosbetano trixiecomida do Programa Mundialbetano trixieAlimentos começaram a circular para atender as áreas mais afetadas. Um grande comboio deixou Porto Príncipe na manhãbetano trixiesexta-feirabetano trixiedireção ao sul.
A prioridade da instituição agora é chegar aos vilarejos costeiros, que ainda não receberam atendimento.
Em paralelo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Panamericanabetano trixieSaúde estão prevendo o ressurgimentobetano trixieuma epidemiabetano trixiecólera no Haiti após a passagem do Matthew. Isso poque a doença já existe no país e pode se alastrar devido a condições precáriasbetano trixiesaneamento e habitação.
O país já havia registrado 28 mil casosbetano trixie2016, antes da passagem do furacão.
A OMS afirmou que já enviou epidemiologistas para a região e acompanha a situaçãobetano trixieperto. Após o terremotobetano trixie2010, foram registrados 790 mil casosbetano trixiecólera no país, que resultarambetano trixiemaisbetano trixie9.300 mortes.
Eleições
A destruição causada pelo furacão Matthew forçou autoridades haitianas a adiar o primeiro turno das eleições presidenciais, que deveria ocorrer no domingo.
O Haiti deveria ter escolhido seu novo presidente no iníciobetano trixie2016, mas denúnciasbetano trixiefraudes na votação deflagram dias antes do segundo turno uma ondabetano trixieviolência armada pelo país que forçou o cancelamento total do pleito.
Um governo provisório foi instituindo e desde então autoridades eleitorais e a comunidade internacional se esforçam para organizar uma nova eleição.
O futuro desse novo ciclo eleitoral deve determinar se a ONU conseguirá seguir seu planobetano trixiedeixar retirar todas as suas tropas do paísbetano trixie2017.
Autoridades trabalham agora com a hipótesebetano trixierealizar o primeiro turno da nova eleição no dia 30betano trixieoutubro ou 6betano trixienovembro.
Se isso realmente ocorrer, o cronogramabetano trixieter um predidente eleito por voto direto e empossadobetano trixiemarçobetano trixie2017 ainda pode ser possível.
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