4 pontos para entender o que acontece na Colômbia após rejeição do acordogoias e coritiba palpitespaz:goias e coritiba palpites

Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O presidente Juan Manuel Santos disse que o acordogoias e coritiba palpitespaz com as Farc continuagoias e coritiba palpitesvigor

goias e coritiba palpites A rejeição do acordogoias e coritiba palpitespaz no plebiscito realizado no domingo gerou incertezas sobre o futuro dos diálogos entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o governo colombiano.

Há um temor generalizadogoias e coritiba palpitesocorra um retrocesso nas negociações, iniciadas há quatro anos pelo atual presidente do país, Juan Manuel Santos.

No domingo, colombianos foram às urnas decidir se aprovavam o acordogoias e coritiba palpitespaz com a guerrilha. Por uma diferençagoias e coritiba palpitesapenas 54 mil votos, o "não" se impôs ao "sim" (50,2% a 49,8%).

Nas primeiras horas após o resultado, o governo e os líderes das Farc afirmaram que manteriam o diálogo e buscariam uma solução conjunta.

Ainda assim, sobram dúvidas sobre o destino do acordo - se será mantido, renegociado ou cancelado.

A BBC Mundo, o serviçogoias e coritiba palpitesespanhol da BBC, listougoias e coritiba palpitesquatro pontos o que acontece agora na Colômbia:

Santos e Timochenkogoias e coritiba palpitesCuba

Crédito, AFP

Legenda da foto, Acordogoias e coritiba palpitespaz foi assinadogoias e coritiba palpites26goias e coritiba palpitessetembrogoias e coritiba palpitesHavana, Cuba

1. O cessar-fogo continua

Ao reconhecer a vitória do "sim", o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou que estabeleceriagoias e coritiba palpitesimediato um diálogo com as forças políticas que rechaçaram o acordo.

"O cessar-fogo, bilateral e definitivo, continuagoias e coritiba palpitesvigor e continuarágoias e coritiba palpitesvigor", reafirmou Santos emgoias e coritiba palpitesprimeira mensagem aos colombianos após o plebiscito.

"Não vou me dar por vencido; continuarei buscando a paz até o último minutogoias e coritiba palpitesmeu mandato porque esse é o caminho para deixar um país melhor para nossos filhos", acrescentou.

Já o líder das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como Timochenko, assegurou que a guerrilha se manterá aberta ao diálogo.

"As Farc mantêmgoias e coritiba palpitesvontade pela paz e reiteramgoias e coritiba palpitesdisposiçãogoias e coritiba palpitesusar somente a palavra como armagoias e coritiba palpitesconstrução rumo ao futuro", disse Timochenko.

A declaração foi feitagoias e coritiba palpitesHavana, capitalgoias e coritiba palpitesCuba, sede das negociações da guerrilha com o governo colombiano.

"Ao povo colombiano que sonha com a paz, conte conosco. A paz triunfará!", acrescentou.

Rodrigo Londoño "Timochenko"goias e coritiba palpitesHavana

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Analistas acreditam que FARC podem se fragmentar após rejeição ao acordo

2. Negociações com o 'não'

O ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, comemorou com centenasgoias e coritiba palpitesseguidores a vitória do "não" no plebiscito. Ele afirmou que ninguém deseja a volta da violência, mas cobrou que as demandas daqueles que são contra o acordo sejam ouvidas.

"Digo aos jovens colombianos: a paz é ilusória, os termos do acordogoias e coritiba palpitesHavana, decepcionantes", disse Uribe, líder da campanha do "não".

Entre os principais pontosgoias e coritiba palpitesdiscórdia está a anistia aos guerrilheiros que cometeram crimesgoias e coritiba palpitesguerra, assim como a possibilidadegoias e coritiba palpitesque eles possam prestar concursos públicos.

Agora, a negociaçãogoias e coritiba palpitesquatro anos do governo colombiano com as Farc, que terminou com a assinatura do acordogoias e coritiba palpitespaz no 26goias e coritiba palpitessetembro, terágoias e coritiba palpitesser invariavelmente estendida.

"Amanhã mesmo (hoje) convocarei todas as forças, egoias e coritiba palpitesparticular as que se manifestaram hoje pelo 'não', para ouvir o que elas têm a dizer, para abrir espaçosgoias e coritiba palpitesdiálogo e determinar o caminho a seguir", afirmou Santos no domingo.

O presidente colombiano reconheceu que seu governo está enfrentando uma "nova realidade política". Ele disse que a buscagoias e coritiba palpitesacordo com os rivais "é agora mais importante do que nunca".

Em resposta a Santos, Uribe disse que ele egoias e coritiba palpitesforça política vão "formar um grande pacto nacional", incluindo quem votou pelo "sim" e quem se absteve neste domingo.

Jovem colombiana chora após resultado do plebiscito

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Legenda da foto, "Não" venceu "sim" por margem apertadagoias e coritiba palpitesvotos

3. O plebiscito era político

Desde que a realização do plebiscito foi aprovada pela Suprema Corte colombiana,goias e coritiba palpitesjulho, os magistrados deixaram claro que a aprovação do acordogoias e coritiba palpitespaz dependeria unicamente da sanção presidencial.

Ou seja, submetê-lo ao crivo popular foi uma jogada muito mais política do que jurídica - e que acabou se provando um erro.

No domingo, Santos disse que buscará negociar uma solução com as forças políticas opositoras e descartou usar seus poderes como presidente para aprovar o acordo após a rejeição das urnas.

O presidente afirmou que orientou Humbertogoias e coritiba palpitesla Calle, chefe negociador do governo colombiano nos diálogos com as Farc, e Sergio Jaramillo, alto-comissário para a paz, a viajarem nesta segunda-feira a Cuba para reiniciar as negociações com a guerrilha.

Mas,goias e coritiba palpitesdeclaração no Paláciogoias e coritiba palpitesNariño, sede do governo colombiano, De la Calle colocou seu cargo à disposição e disse que "seguirá lutando pela paz até o último diagoias e coritiba palpitesminha vida, mas não mais à frente dessa equipe".

Jovem com cartazgoias e coritiba palpitesque se lê "Ganhou a Guerra"

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Legenda da foto, Rejeição a acordogoias e coritiba palpitespaz ameaça futurogoias e coritiba palpitesdiálogo entre governo colombiano e as Farc

4. Incerteza

Santos enfrenta um dos momentos mais difíceis da história recente da Colômbia.

Para Andrei Gómez-Suárez, professor da Universidade dos Andes e membro da ONG Rodeemos el Diálogo, a vitória do "não" pode gerar uma fragmentação das Farc.

Na avaliação do especialista, embora os líderes da guerrilha tentem proteger o acordo, células locais poderiam receber a rejeição do povo colombiano como um sinal para retomar a violência.

"Isso (rejeição do acordogoias e coritiba palpitespaz) vai criar um grave problemagoias e coritiba palpitessegurança, porque não há uma estrutura hierárquica que mantenha a guerrilha organizada", disse Gómez à BBC.

Álvaro Uribe comemora vitória do "Não"

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Legenda da foto, Ex-presidente da Colômbia, Álvaro Uribe foi um dos principais líderes do "Não"

Já Jorge Restrepo, diretor do Centrogoias e coritiba palpitesEstudos para Análisegoias e coritiba palpitesConflitos (Cerac), think tank sediadogoias e coritiba palpitesBogotá, pensa diferente. Ele considera que o "não" "dá poder às Farc, pois a guerrilha escolhe com quem negociar".

A rejeição ao acordo também tem um impacto negativo na economia a curto prazo, estimam os analistas, com uma queda do peso colombiano e dos investimentos estrangeirosgoias e coritiba palpitesmeio às incertezas.

Mas Santos acredita quegoias e coritiba palpitesaposta no diálogogoias e coritiba palpitesum país dividido será chave, como disse no domingo.

"Vamos decidir juntos qual o caminho que devemos tomar para que a paz, essa paz que todos queremos, seja possível, e saia mais fortalecida desta situação."