A surpreendente história da mãemillion betsTrump, que chegou aos EUA com US$ 50 no bolso:million bets

Segundo os documentos, MacLeod embarcou no Portomillion betsGlasgowmillion bets2million betsmaiormillion bets1930 rumo aos EUA, onde chegou nove dias depois, a bordo do navio Transilvania.

"Veio com um vistomillion betsimigrante para obter residência permanente", afirmou à BBC Mundo, serviçomillion betsespanhol da BBC, Barry Moreno, historiador do Museu Nacionalmillion betsImigração da Ilhamillion betsEllis.

O vistomillion betsimigrante,million betsnúmero 26698, tinha sido emitidomillion betsGlasgowmillion bets17million betsfevereiriomillion bets1930.

Os papéis aduaneiros mostram que MacLeod não pensavamillion betsregressar a seu paísmillion betsorigem e tinha a intençãomillion betsviver permanentemente nos EUA.

"Desde o momentomillion betsque chegou, ela se via morandomillion betsvez no país. Isso se chama emigrar. Não há a menor dúvida a este respeito", disse à BBC a escritora Gwenda Blair, autora do livro The Trumps: Three Generations of Builders and a Presidential Candidate ("Os Trumps: Três Geraçõesmillion betsConstrutores e um Candidato Presidencial").

Os meiosmillion betscomunicação americanos frequentemente ressaltam que Trump sempre disse quemillion betsmãe viajara para os EUA inicialmente como turista, sem a intençãomillion betsse radicar no país.

Para algumas pessoas, isso é uma distinção importante diante da retórica anti-imigração que marca a campanhamillion betsTrump para as eleições presidenciaismillion betsnovembro.

Seus ataques contra imigrantes mexicanos, a quem tachamillion betsdelinquentes, provocaram discórdia, bem comomillion betspromessamillion betsproibir temporariamente a entradamillion betsmuçulmanos nos EUA.

Empregada doméstica

Nascidamillion betsTong, um povoado na ilhamillion betsTong, no norte da Escócia, a mãemillion betsTrump tinha 18 anos quando seguiu os passosmillion betstrêsmillion betssuas irmãs, que já se encontravam nos EUA: Christina, Mary Joan e Catherine.

É o nomemillion betsCatherine, por sinal, que está na fichamillion betsentrada nos EUA como a pessoa que receberia Mary Annemillion betsNova York.

No campo profissão, a ficha registra Mary Anne como doméstica.

"Isso pode significar uma pessoa que trabalhavamillion betscasa ou alguém que trabalhavamillion betsuma casamillion betsfamília, limpando e cozinhando", explicou Moreno.

Qualquer que seja o sentido do termo, o certo é que McLeod voltou a utilizá-lomillion betssetembromillion bets1934, quando desembarcou pela segunda vez no Portomillion betsNova York, novamente vindo da Escócia.

O documentomillion betsimigração desta segunda viagem, a bordo do Camerônia, revela outros aspectos relevantesmillion betsseus primeiros anosmillion betsterritório americano.

Em primeiro lugar, que ela permaneceu ininterruptamente nos EUAmillion betsmaiomillion bets1930 até junhomillion bets1934, e que declarou Nova York como seu localmillion betsresidência.

Moreno ressalta que, antesmillion betsviajar para a Escócia, MacLeod obteve uma permissão para reingressar nos EUA, o que teria facilitado os trâmites aduaneiros.

Origens humildes

"Ela vinhamillion betsuma família muito pobre. Houve grande emigração do povoadomillion betsque ela vivia porque, no final da Primeira Guerra Mundial, a maior parte dos homens morreu no naufrágio do barco que os traziamillion betsvolta do front", explica Michael D'Antonio, autor do livro Never Enough: Donald Trump and the Pursuit of Success ("Nunca suficiente: Donald Trump e a Busca do Sucesso").

"Foi uma grande tragédia, e muitas mulheres decidiram partir ao perceber que não teriam com quem se casar. Foram para o Canadá e os EUA."

D'Antonio também menciona razões econômicas: muitos fazendeiros da ilhamillion betsLewis perderam suas terras e tiveram que se mudar.

Porém, com base nos documentosmillion betsviagem, Moreno acredita que a situação econômicamillion betsMary Anne não era totalmente precária na época da primeira chegada.

"Tinha dinheiro suficiente para pagar uma passagemmillion betssegunda classe, viajandomillion betsuma cabine compartilhada com outra mulher e evitando a terceira classe. Mesmo vindo como imigrante, não era tão pobre".

Cotas migratórias

Apesarmillion betsum históricomillion betsgrandes movimentos imigratórios, os EUA já tinham restriçõesmillion betsvigor na épocamillion betsque Mary Anne chegou da Escócia.

"Havia cotas para o númeromillion betsimigrantesmillion betscada país", explica Moreno.

O controlemillion betspassageiros registrava informações que iam das coresmillion betsolhos e cabelos à quantidademillion betsdinheiro trazida. Cada um dos recém-chegados precisava provar que trazia pelo menos US$ 50, montante que equivale a US$ 700million betsvalores atuais.

Mary Anne declarou esta mesma quantidade nas duas entradas.

"Se você tivesse menosmillion betsUS$ 50, poderia haver dúvidas sobremillion betscapacidademillion betssobreviver nos EUA até conseguir um trabalho", diz o historiador.

Inteligente e ambiciosa

Em seu livro A Arte da Negociação, Donald Trump se refere à mãe como uma donamillion betscasa tradicional, mas que tinha plena consciência do mundo que estava ao redor dela.

D'Antonio, pormillion betsvez, se refere a Mary Anne como uma mulher inteligente e ambiciosa.

"Trump me disse que ele era muito competitiva e tão ambiciosa como o pai. Mas naquela época era difícil para as mulheres terem uma carreira e serem tão ambiciosas como hoje."

A mãemillion betsTrump encontrou na caridade espaço para deixarmillion betsmarca no mundo. Quando ela morreu,million betsagostomillion bets2000, o jornal The New York Times publicou um obituáriomillion betsque a descreve como filantropa, alémmillion betsnarrar como a família contribuia para hospitais e uma sériemillion betsorganizações como o Exército da Salvação e os escoteiros.

Nada mal para uma imigrante que chegou aos EUA com apenas 18 anos e US$ 50 no bolso.