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60 anos da crise dos mísseisbetpix365 bonus 20Cuba: as fotosbetpix365 bonus 20aviões espiões que ajudaram a revelar armamento:betpix365 bonus 20
Eles levaram grandes quadros, preparados parabetpix365 bonus 20exposição sobre a existência dos mísseis soviéticosbetpix365 bonus 20Cuba, perante o Comitê Executivo do Conselhobetpix365 bonus 20Segurança Nacional (EXCOMM, na siglabetpix365 bonus 20inglês), que era o grupobetpix365 bonus 20funcionários que viria a assessorar Kennedy ao longo da crise.
Mas, antes disso, eles passaram a manhã informando altos funcionários sobre a gravidade da situação.
Eles falaram com o conselheirobetpix365 bonus 20Segurança Nacional, McGeorge Bundy; com o secretário do Tesouro, Clarence Douglas Dillon; e, depois, com o então procurador-geral da república, Bobby Kennedy, irmão do presidente, que subiu imediatamente até o quarto pessoalbetpix365 bonus 20John Kennedy para informá-lo.
Por volta das 11h, os funcionários passaram para o salão do gabinete. E, pertobetpix365 bonus 20meio-dia, o presidente Kennedy reuniu-se a eles.
Após a breve introdução do então diretorbetpix365 bonus 20exercício da CIA, o general Marshall "Pat" Carter, Lundahl abriu os enormes quadros sobre a mesa, bembetpix365 bonus 20frente ao presidente. Ao ladobetpix365 bonus 20Kennedy, estavam o então secretário da Defesa, Robert McNamara, ebetpix365 bonus 20Estado, Dean Rusk.
Lundahl começou a detalhar as imagens aéreas que mostravam os acampamentos sendo montados na ilha para instalação das armas soviéticas.
Mas os mísseis, as plataformasbetpix365 bonus 20lançamento, outros objetos e estruturas que haviam sido fotografados estavam cobertos por grandes lonas, o que levou Kennedy a perguntar como eles sabiam que ali havia mísseis balísticosbetpix365 bonus 20médio alcance. Foi quando chegou a vezbetpix365 bonus 20Graybeal intervir como especialistabetpix365 bonus 20mísseis
Anos depois, ele explicaria que as conclusões a que eles haviam chegado sobre o tipobetpix365 bonus 20mísseis a serem lançados, bem como as condições e o tempo necessário para o seu disparo, eram o resultado da análisebetpix365 bonus 20um conjuntobetpix365 bonus 20elementos que combinava informaçõesbetpix365 bonus 20inteligência obtidas por fontes humanas e a análise das fotografias aéreas.
A chave fotográfica
As imagens feitas pelos aviõesbetpix365 bonus 20reconhecimento tiveram papel fundamental.
"As fotografias aéreas foram a chavebetpix365 bonus 20toda a crise dos mísseis cubanos", afirmou Dorothy Cochrane, curadora do Museu Nacional do Ar e Espaço do Instituto Smithsoniano, à BBC News Mundo (o serviçobetpix365 bonus 20espanhol da BBC).
Para essas tarefas, foram utilizados dois tiposbetpix365 bonus 20aeronaves. Um deles foi o aviãobetpix365 bonus 20reconhecimento U-2 da empresa Lockheed Martin, que tirava fotografiasbetpix365 bonus 20grande altitude. E havia os aviões Vought RF-8 Crusader e RF-101, que podiam realizar voosbetpix365 bonus 20baixa altitude, por cima das copas das árvores, a cercabetpix365 bonus 2030 metros do solo.
Cochrane indica que os aviõesbetpix365 bonus 20reconhecimento U-2 possibilitaram detectar o que estava acontecendobetpix365 bonus 20Cuba, permitindo a Kennedy confrontar o primeiro-ministro soviético, Nikita Khrushchev, que inicialmente negou as ações da URSS na ilha.
"Kennedy então pediu que se fizessem fotografiasbetpix365 bonus 20baixa altitude, que realmente confirmaram a presença desses mísseis", diz Cochrane. "Por isso, foram as imagensbetpix365 bonus 20baixa altitude feitas pelo capitão William Eckner, da Marinha americana, no seu avião RF-8A, que confirmaram a presença da basebetpix365 bonus 20mísseis soviética e seu nívelbetpix365 bonus 20preparação para o lançamento."
Ela explica que essas imagens foram mostradas para Kennedy como provabetpix365 bonus 20um possível ataque iminente e também serviram para que o presidente refutasse a negativabetpix365 bonus 20Khrushchev sobre o envio dos mísseis soviéticos para Cuba.
Posteriormente, houve um momentobetpix365 bonus 20que as imagens dos aviõesbetpix365 bonus 20reconhecimento foram mostradas para o mundo na Organização das Nações Unidas (ONU),betpix365 bonus 20forma que a URSS já não poderia continuar negando o que estava acontecendo.
Das suspeitas até a crise
No verãobetpix365 bonus 201962, a inteligência americana começou a receber informações sobre a entrada sem precedentesbetpix365 bonus 20armas soviéticasbetpix365 bonus 20Cuba.
Uma missão do aviãobetpix365 bonus 20reconhecimento U-2betpix365 bonus 2029betpix365 bonus 20agosto descobriu a presençabetpix365 bonus 20mísseis terra-ar SA-2, o que gerou preocupação junto ao chefe da CIA, John McCone. Ele enviou uma nota a Kennedy, expressandobetpix365 bonus 20apreensãobetpix365 bonus 20que a URSS pudesse tentar instalar mísseis ofensivosbetpix365 bonus 20Cuba.
Mas o presidente, da mesma forma que a maior parte da comunidade americanabetpix365 bonus 20inteligência, estava inclinado a acreditar que esses mísseis estivessem desmontados com fins defensivos, para evitar outra ação como a invasão da Baía dos Porcos.
Enquanto isso, a CIA vinha recebendo diversos relatóriosbetpix365 bonus 20inteligência humana provenientesbetpix365 bonus 20Cuba atravésbetpix365 bonus 20Miami, na Flórida, nos Estados Unidos, sobre o transportebetpix365 bonus 20mísseis por diferentes partes da ilha.
"Analisei detalhadamente esses relatórios e a maior parte deles poderia referir-se a mísseis terra-ar, pois, segundo as descrições, eles não eram suficientemente grandes para serem mísseis ofensivos. Noventa por cento desses relatórios podiam ser explicados dessa forma, como não sendo mísseis ofensivos", afirmou Sidney Graybealbetpix365 bonus 20uma entrevista concedidabetpix365 bonus 201999, mantida no Arquivobetpix365 bonus 20Segurança Nacional da Universidade George Washington, nos Estados Unidos.
Mas o ex-funcionário explicou que, dentre todos esses relatórios, cinco eram realmente preocupantes, pois descreviam um objeto coberto com uma lona, que era sempre transportadobetpix365 bonus 20altas horas da noite. Ele era levadobetpix365 bonus 20um trailer que não conseguia dobrar as esquinas e, por isso, precisava retroceder e avançar, devido às suas dimensões similares àsbetpix365 bonus 20um poste telefônico.
"Um míssil terra-ar não teria enfrentado problemas [para dobrar as esquinas],betpix365 bonus 20forma que esse relatório e outros similares foram a base que usamos, quando os U-2 começaram a voar, para tentar orientar onde eles deveriam procurar", explicou Graybeal.
Foi assim que uma missão conduzida no dia 14betpix365 bonus 20outubrobetpix365 bonus 201962 encontrou as primeiras imagens que foram analisadas no dia seguinte pelos especialistas do NPIC e apresentadas a Kennedy na reuniãobetpix365 bonus 2016betpix365 bonus 20outubro.
Naquela primeira sessão do EXCOMM, as imagens mostravam, entre outras coisas, comboios soviéticos transportando mísseis pertobetpix365 bonus 20San Cristóbal e a existênciabetpix365 bonus 20um provável complexobetpix365 bonus 20lançamentobetpix365 bonus 20mísseis balísticosbetpix365 bonus 20médio alcancebetpix365 bonus 20Guanajay, ambas na região centro-oestebetpix365 bonus 20Cuba.
Segundo o relatório inicial apresentado pelo general Carter, foram identificados no localbetpix365 bonus 20lançamento 14 trailersbetpix365 bonus 20mísseis cobertos com lonas, com cercabetpix365 bonus 2020 metrosbetpix365 bonus 20comprimento. Este viria a ser um dado fundamental para determinar o tipobetpix365 bonus 20míssil, embora não fosse o único.
Graybeal explicou para Kennedy naquela reunião que havia dois tiposbetpix365 bonus 20mísseis balísticos soviéticos envolvidos - o SS-3, que media cercabetpix365 bonus 2020 metros e podia ter alcancebetpix365 bonus 201.014 km a 1.126 km, e o SS-4, que media cercabetpix365 bonus 2022 metros e tinha alcancebetpix365 bonus 20até 1.770 km.
Os mísseis SS-4 detectadosbetpix365 bonus 20Cuba estavam sem o cone na ponta, o que justificava a diferença entre os 20 metrosbetpix365 bonus 20comprimento dos trailers e os 22 metros dos mísseis já montados.
Na entrevista concedidabetpix365 bonus 201999, Graybeal explicou que, para identificar esses mísseis, foram empregadas as fotografias tiradas pelos aviões U-2 sobre Cuba, alémbetpix365 bonus 20imagens captadas quanto esses mísseis eram exibidos nos desfiles militaresbetpix365 bonus 20Moscou e outrasbetpix365 bonus 20lugares onde eles sabiam que esses mísseis haviam sido testados.
"Nós tínhamos excelentes informaçõesbetpix365 bonus 20telemetria, que nos forneciam as características internas do míssil", afirmou ele, salientando que, desta forma, eles conheciam o alcance e a capacidadebetpix365 bonus 20carga, entre outros detalhes.
Outra informação crítica muito importante, embora não fosse proveniente das fotografias aéreas, vinha dos manuaisbetpix365 bonus 20funcionamento daqueles mísseis, que os Estados Unidos haviam conseguido por meiobetpix365 bonus 20Oleg Penkovsky, alto oficial da inteligência soviética que colaborou com a CIA e com o Serviço Secretobetpix365 bonus 20Inteligência britânico (o MI6).
Com esses dados, era possível saber o que faltava e quanto tempo seria necessário para instalar um míssil daquele tipo e deixá-lo pronto para ser disparado.
A crise, foto a foto
Após aquela primeira reunião do EXCOMM, os aviõesbetpix365 bonus 20reconhecimento norte-americanos continuaram realizando missões para acompanhar a situação no local.
Foi assim, por exemplo, que um voo permitiu identificar,betpix365 bonus 2016betpix365 bonus 20outubrobetpix365 bonus 201962, o local onde provavelmente estavam armazenadas as ogivas nucleares, próximo a um dos locaisbetpix365 bonus 20lançamento. E, no dia seguinte, outra missão detectou a presença na ilhabetpix365 bonus 20caças soviéticos MIG-21.
As imagens forneceram indicações sobre a presençabetpix365 bonus 20tropas perto dos locais onde estavam localizados os mísseis. Isso ajudou a avaliar a quantidadebetpix365 bonus 20militares soviéticos enviados para a ilha e a rapidez com que eles poderiam deixar os mísseis prontos para disparo.
Os aviõesbetpix365 bonus 20reconhecimento também localizaram as defesas instaladas pelos soviéticos para proteger seus mísseis balísticos. A presençabetpix365 bonus 20mísseis terra-ar dificultava as operaçõesbetpix365 bonus 20vigilância americanas e reduzia a probabilidadebetpix365 bonus 20uma ação militar sobre a ilha.
Eles também permitiram descobrir como a URSS estava reforçandobetpix365 bonus 20presença militarbetpix365 bonus 20Cuba com o envio,betpix365 bonus 20partes,betpix365 bonus 20aviões bombardeiros Ilyushin-28, para que fossem montados na ilha.
As fotografias aéreas possibilitaram aos Estados Unidos acompanhar os avanços soviéticos para a instalação dos mísseisbetpix365 bonus 20médio alcance, como se pode observar na imagembetpix365 bonus 2025betpix365 bonus 20outubrobetpix365 bonus 201962. Nela, estão presentes todos os elementos necessários para o lançamentobetpix365 bonus 20um desses mísseis, segundo os analistas do NPIC.
Os rastros no terreno que levam até uma das tendas onde os mísseis estavam abrigados indicam que ali havia uma arma quase pronta para ser usada.
Após a resolução da crise pela via diplomática, quando os soviéticos aceitaram retirar os mísseisbetpix365 bonus 20Cuba, as fotografias dos aviõesbetpix365 bonus 20reconhecimento permitiram acompanhar a desmontagem dos acampamentos e a retirada do material bélico até seu embarquebetpix365 bonus 20volta para a União Soviética.
E, seis décadas depois da crise dos mísseis, os aviõesbetpix365 bonus 20reconhecimento U-2 continuambetpix365 bonus 20operação. Eles sobreviveram ao desenvolvimento dos satélitesbetpix365 bonus 20vigilância e dos drones não tripulados, que se acreditava que fossem torná-los obsoletos.
- Este texto foi publicado originalmentebetpix365 bonus 20http://vesser.net/geral-63342028
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