John Edmonstone, o escravizado liberto que ensinou taxidermia a Darwin e abriu caminho para teoria da evolução:cupom luva bet

Quem era aquele homem não identificado?

Uma pista estava nas notas autobiográficas do fim da vidacupom luva betDarwin, na seção que descreve seus diascupom luva betestudantecupom luva betEdimburgo (outubrocupom luva bet1825 a abrilcupom luva bet1827), onde ele escreveu:

"Aliás, moravacupom luva betEdimburgo um negro que tinha viajado com Waterton e ganhava a vida dissecando pássaros, o que fazia com excelência: ele me dava aulascupom luva bettrocacupom luva betum pagamento, e eu costumava sentar com ele muitas vezes, porque ele era um homem muito legal e inteligente."

Era alguém que Darwin não tinha esquecido apesarcupom luva betsua idade avançada, embora novamente não tenha citado seu nome... mas ele citou outro, Waterton, e esse era conhecido.

O excêntrico naturalista, conservacionista e explorador Charles Waterton (1782-1865) ficou famoso por suas expedições ao continente americano,cupom luva betonde levou para a Europa o curare, o extrato vegetal paralisante que mais tarde foi usado como anestésicocupom luva betoperações cirúrgicas.

Waterton registrou suas experiências no livro Andanças pela América do Sul, o noroeste dos Estados Unidos e as Índias Ocidentais nos anoscupom luva bet1812, 1816, 1820 e 1824, com Instruções Originais para a Perfeita Preservação das aves, &c. para armárioscupom luva bethistória natural, publicadocupom luva bet1825.

A obra apresentou muitos britânicos, incluindo o próprio Darwin e seu colega pioneiro da teoria da evolução Alfred Russel Wallace, às maravilhas naturais dos trópicos.

E foicupom luva betuma dessas viagens, durante uma visita à plantaçãocupom luva betseu amigo e mais tarde sogro Charles Edmonstone por voltacupom luva bet1812, que Waterton começou a estudar e coletar espécimes da selva circundante.

Mas havia tantos exemploscupom luva betpássaros exóticos que ele queria preservar que não deu conta. Assim, como contacupom luva betseu terceiro diário, iniciadocupom luva bet1820, ele procurou ajuda.

"Foi nesta colina, dias antes, que tentei ensinar John, o negro escravizado do meu amigo Sr. Edmonstone, a maneira corretacupom luva betfazer pássaros."

"Mas John tinha poucas habilidades, e levou muito tempo e paciência para incutir algo nele."

"Alguns anos depois, seu senhor o levou para a Escócia, onde, sendo liberto, John o deixou e conseguiu um emprego no museucupom luva betGlasgow e depois nocupom luva betEdimburgo."

Seria ele aquele homem não identificado?

Numerosos historiadores concluíram que sim.

O nome do homem

Dos primeiros e últimos anoscupom luva betsua vida, pouco se sabe.

Ele havia nascido escravizado na plantaçãocupom luva betmadeira do escocês Edmonstone na regiãocupom luva betDemerara, no território que era então conhecido como Guiana Britânica, no norte da América do Sul.

Como era comum, John recebeu o sobrenomecupom luva betseu proprietário e,cupom luva bet1817, viajou para a Escócia com ele, onde, por lei, foi emancipado.

Embora Waterton observe que Edmonstone trabalhoucupom luva betmuseuscupom luva betGlasgow e Edimburgo, pesquisadores dos Registros Nacionais da Escócia (a agênciacupom luva betregistros e arquivos da Escócia), consultando arquivoscupom luva betcorreios, encontraram um John Edmonstone, "empalhadorcupom luva betpássaros", quecupom luva bet1823 abriu uma loja no número 37 da Lothian Street, perto da Universidadecupom luva betEdimburgo.

De qualquer forma, tudo indica que ele vivia da arte da taxidermia que Waterton havia lhe ensinado — uma habilidade requisitada na época, não só para fins científicos, mas também para decoração.

E era essa arte que o jovem Darwin queria aprender — aos 16 anos, ele chegou até Edmonstone solicitando seus conhecimentoscupom luva bettrocacupom luva bet"um guinéu (moedacupom luva betouro) por uma hora todos os dias durante dois meses", como contoucupom luva betcarta à irmã Susan.

Pássaros empalhados

Para Adrian Desmond e James Moore, especialistas na obracupom luva betDarwin e autorescupom luva betA causa sagradacupom luva betDarwin, Edmonstone deu mais do que palestras técnicas sobre como um caçador refinado como ele poderia conservar seus pássaros como troféus.

Em suas conversas, provavelmente contou a ele sobre as emocionantes aventurascupom luva betWaterton, sobre interessantes buscas por espécimes raros e sobre aquele mundo exótico que ele só descobriria se atravessasse o Atlântico.

Falou também sobre a terrível cultura escravistacupom luva betDemarara, temacupom luva betparticular interesse para alguém que, como Darwin, vinhacupom luva betuma família abolicionista, acreditava que todas as raças pertenciam à mesma família humana e condenava a escravidão como pecado.

Na época, Darwin estava ficando desiludido com seus estudoscupom luva betmedicina, enquantocupom luva betpaixão pela história natural crescia.

E acredita-se que os relatoscupom luva betEdmonstone sobre a vida nas florestas tropicais da América do Sul ajudaram a consolidar seu interesse pelo naturalismo.

Isso é provável, embora impossívelcupom luva betcomprovar.

O fato é que o que ele aprendeu sobre taxidermia foi essencial para preservar os espécimes que Darwin coletou emcupom luva betviagemcupom luva betcinco anos a bordo do Beagle.

E esses espécimes perfeitamente preservados foram fundamentais para formular a teoria que mudou nossa visão do mundo e nosso lugar nele como nenhuma outra.

Sobre Edmonstone, depoiscupom luva bet1843 não há vestígios.

Mas, embora não possamos contar a história completacupom luva betsua vida, os vislumbres recuperados pelos historiadores pelo menos o resgataram do esquecimento.

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