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'Não Olhe Para Cima': um cometasorte esporte10 km pode destruir a Terra? Essa e outras questões sobre o filme da Netflix:sorte esporte
*Correção às 21h59sorte esporte28/12/2021: A versão original do texto afirmava equivocadamente que US$ 10 quintilhões era 70 vezes maior do que o valorsorte esporteUS$ 142 trilhões. O correto é 70 mil vezes maior. O texto foi corrigido e atualizado.
Não Olhe para Cima sorte esporte , o novo filme da Netfix, retrata um cenário fictício que já foi temasorte esporteoutras produções cinematográficas, mas dessa vezsorte esporteforma bastante distinta.
Com uma boa dosesorte esportesátira, o longa vem gerando repercussões nas redes sociais por refletir nossa realidade e levantar questionamentos sobre a propagação da desinformação.
No Brasil, não foi diferente. Emsorte esporteconta oficial no Twitter, a microbiologista Natalia Pasternak, que se tornou referênciasorte esportecomunicação relacionada à ciência durante a pandemiasorte esportecovid no Brasil, foi uma das que elogiou o filme.
Ela diz que chegou a ser ver como uma das personagens do filme,sorte esporteque as afirmações feitas por cientistas não são levadas a sério.
Seu enredo é simples: dois astrônomos, estrelados por Leonardo Di Caprio e Jennifer Lawrence, descobrem que um cometa está prestes a chegar à Terra e irá destruir completamente nosso planeta.
Provavelmente, você já viu filmes parecidos.
Mas o grande diferencial é que ninguém acredita nos dois cientistas.
O filme, dirigido por Adam McKay, explora o papel da mídia, da política, das redes sociais e da própria ciência na reação que a humanidade teria diantesorte esportetal evento.
Mas um meteoritosorte esporte10 km poderia destruir a Terra? Confira essas e outras questões científicas sobre o filme.
O que são cometas? Qual é a diferença entre cometas, asteroides, meteoros, meteoroides e meteoritos?
Os cometas são objetos primitivos do Sistema Solar, formados há cercasorte esporte4,6 bilhõessorte esporteanos, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA).
Seu nome vem do grego kometes, que significa "cabelos longos", devido à cauda leve e marcante que os caracteriza.
Os cometas são feitos principalmentesorte esportegelo, que evapora parcialmente quando passam perto do sol.
A cauda do cometa, porsorte esportevez, é feitasorte esportepoeira e gás, liberados quando a superfície do astro evapora com o calor do Sol.
Existem milhõessorte esportecometas, localizadossorte esporteregiões distantes e frias do Sistema Solar, como o cinturãosorte esporteKuiper, um anelsorte esportecorpos gelados localizado fora da órbitasorte esporteNetuno.
Os asteroides, por outro lado, são objetos feitossorte esporterocha e nãosorte esportegelo, como os cometas. Eles são menores que um planeta, mas maiores que um meteoroide.
A maioria dos asteroides do Sistema Solar está localizada no Cinturãosorte esporteAsteroides, entre Marte e Júpiter.
Quando um asteroide ou cometa colide com outro, ambos os corpos se fragmentamsorte esportepedaços menores chamados meteoroides.
Quando um meteoroide entra na atmosfera da Terra, ele se torna um meteoro.
Os meteoros são as estrelas das estonteantes "chuvassorte esportemeteoros". Embora não sejam exatamente estrelas, são popularmente chamadossorte esporte"estrelas cadentes".
O feixesorte esporteluz dos meteoros às vezes pode ser confundido com cometas.
Por fim, os meteoritos são meteoros que conseguem passar pela atmosfera terrestre e cair como rochas na superfície do nosso planeta.
Qual a probabilidadesorte esporteum meteoro atingir a Terra?
Segundo a Nasa, a agência espacial americana, cercasorte esporte100 toneladassorte esportematerial interplanetário caem na Terra diariamente. A maior parte desse material é poeira liberadasorte esportecometas.
O Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (Unoosa) define uma categoriasorte esportecorpos espaciais chamada Objetos Próximos à Terra (NEO).
Um asteroide ou cometa é considerado um NEO quando está a cercasorte esporte50 milhõessorte esportequilômetros da órbita da Terra.
Como referência, a Lua está a 384.400 km da Terra.
Em 17sorte esportedezembrosorte esporte2021, a Nasa registrou quase 28 mil NEOS desde 1980. Desses, 117 são cometas e o restante são asteroides.
Entre eles, 2.238 foram classificados como "Asteroides Potencialmente Perigosos", pois passaram a 4,7 milhõessorte esportekm da órbita da Terra e tinham maissorte esporte140 metrossorte esportetamanho.
Mas também,sorte esporteuma média a cada 10 mil anos, existe a possibilidadesorte esporteque asteroides com maissorte esporte100 metros possam impactar a Terra e causar desastressorte esportenível local ou gerar ondas que inundem áreas costeiras.
A Nasa também estima que a cada "várias centenassorte esportemilharessorte esporteanos", um asteroide com maissorte esporteum quilômetro pode atingir a Terra.
Se isso acontecer, os detritos se espalharão pela atmosfera. Eles causariam chuva ácida, a luz do sol seria parcialmente bloqueada e as rochas voltariam às chamas na Terra.
Estima-se que o meteorito que causou a extinção dos dinossauros há 65 milhõessorte esporteanos tinha entre 10 e 15 kmsorte esportelargura.
A Nasa afirma que "nenhum asteroide conhecido apresenta um risco significativosorte esporteimpacto com a Terra nos próximos 100 anos."
O maior risco é representado por um asteroide denominado FD 2009, que no anosorte esporte2185 terá menossorte esporte0,2%sorte esportechancesorte esporteimpactar o planeta.
Existem protocolos e mecanismossorte esportedefesa contra meteoritos que podem ameaçar a Terra?
Tanto a ESA quanto a Nasa têm escritóriossorte esportedefesa planetária dedicados ao monitoramentosorte esporteNEOS.
A missão desses escritórios é identificar e rastrear a trajetóriasorte esporteobjetos que possam representar um risco para a Terra, definir suas características, avaliar as consequênciassorte esporteum possível impacto, compartilhar as informações com outros órgãos e desenvolver métodos para desviar asteroides.
Em novembro, a NASA e a ESA lançaram a primeira missão para desviar um asteroide.
Trata-se da DART, que tem como objetivo colidir com o asteroide Dimorphos e mudar seu curso.
Esse asteroide não representa nenhum risco para a Terra, mas a ideia é testar a tecnologia que um dia pode ser necessária para desviar um asteroide perigososorte esporteseu curso.
Entre os métodos que a NASA vê como mais viáveis está desviar o caminho do asteroide, seja pela força da gravidadesorte esporteoutro objeto ou atingindo o asteroide, como o DART fará. O usosorte esporteexplosivos nucleares deve ser "o último recurso", segundo a agência.
É possível extrair riquezasorte esportemeteoritos?
Asteroides que passam perto da Terra têm potencial para um dia ser explorados como matéria-prima, diz a Nasa.
Os asteroides podem conter metais como ferro, níquel, platina e ouro, que podem ser usados para gerar combustível para foguetes e construir estruturas no espaço.
Segundo a Nasa, estima-se que a riqueza mineral acumulada no Cinturãosorte esporteAsteroides seria equivalente a cercasorte esporteUS$ 100 bilhões para cada pessoa na Terra.
Em 2020, um estudo calculou que o asteroide Psyche 16, descobertosorte esporte1852, continha uma quantidadesorte esportemetais equivalente a US$ 10 quintilhões (10.000.000.000.000.000.000).
Ou seja, cercasorte esporte70 mil vezes mais do que o valor total da economia globalsorte esporte2019, que foisorte esporteUS$ 142 trilhões.
Em 2022, a Nasa e a SpaceX, do bilionário Elon Musk, planejam lançar uma espaçonave que deve chegar ao Psique 16sorte esporte2026.
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