Sexo e câncer: 'Eu me sentia com um cintocasa de aposta arbetycastidade imaginário':casa de aposta arbety

Ela descrevecasa de aposta arbetyvida sexual antes do câncer como "agitada", mas, durante a quimioterapia, os médicos disseram que o sexo poderia ser realmente perigoso para a saúde dela.

Cercacasa de aposta arbety46% dos jovens com câncer dizem que a doença afeta negativamente a vida sexual deles,casa de aposta arbetycomparação com uma médiacasa de aposta arbety37% nas outras faixas etárias,casa de aposta arbetyacordo com um levantamento feito pela Macmillan Cancer Support, uma instituiçãocasa de aposta arbetycaridade britânica que atua na áreacasa de aposta arbetyoncologia.

Quase 2,4 mil pessoascasa de aposta arbety15 a 24 anos são diagnosticadas com câncer todos os anos no Reino Unido.

No Brasil, o Instituto Nacionalcasa de aposta arbetyCâncer (Inca) estima que 8,4 mil indivíduoscasa de aposta arbety0 a 19 anos tenham sido diagnosticados com algum tipocasa de aposta arbetytumor ao longocasa de aposta arbety2020. Não existem dados específicos sobre o impacto dos tumores nos adolescentes brasileiros.

'Um cintocasa de aposta arbetycastidade'

O tratamento deixou Cait com uma baixa contagemcasa de aposta arbetyplaquetas.

Ter um número insuficientecasa de aposta arbetyplaquetas significa que, se você tiver até mesmo um pequeno corte ou rasgo na pele, como pode acontecer com frequência durante o sexo, o sangue não coagulará e a pessoa continuará sangrando.

"Eu me sentia com um cintocasa de aposta arbetycastidade imagináriocasa de aposta arbetymim", disse Cait ao Newsbeat, da BBC Radio 1, no Reino Unido.

Enquanto a adolescente assistia "com ciúme" seus amigos da faculdade saírem para encontros, ela lutou contra vários efeitos colateraiscasa de aposta arbetysua doença e do tratamento — incluindo perdacasa de aposta arbetycabelo, flutuaçõescasa de aposta arbetypeso e dores terríveis nos ossos.

Cait perdeu o interesse sexual durante a quimioterapia, mas, depoiscasa de aposta arbetyum transplantecasa de aposta arbetymedula óssea bem-sucedido, "certos sentimentos começaram a voltar" e ela sentiu que queria ter relações novamente.

Porém, quando ela tentou se masturbar uma noite, sentiu "desconforto e dor".

'Me senti quebrada'

Cait não sabia na época, mas a quimioterapia e a radioterapia fizeram com que seu corpo entrasse num processo chamado "menopausa química".

Um dos muitos sintomas possíveis desse tipocasa de aposta arbetymenopausa é uma atrofia vaginal, onde essa parte do aparelho reprodutor feminino fica mais fina e seca — o que torna o sexo desconfortável.

Mas ninguém avisou Cait que isso poderia acontecer, então ela se sentiu "no escuro".

"Eu pensei: 'Isso aqui não é tão divertido quanto eu achava que era'", relata.

Ela estava apenas começando a se sentir pronta para tentar namorar novamente, mas a experiência ruim fez com que perdesse,casa de aposta arbetynovo, a confiança.

Cait começou a imaginar que precisaria explicar a qualquer pessoa com quem desejasse manter um relacionamento que não poderia ter relações sexuais.

"Eu me senti,casa de aposta arbetycerta forma, meio quebrada. Isso me trouxe até um poucocasa de aposta arbetyvergonha", diz.

Cait estava tão envergonhada que não falou com ninguém sobre o que tinha acontecido por meses.

Mas, eventualmente, ela descobriu "por acaso" que uma enfermeira no local onde tinha feito o transplantecasa de aposta arbetymedula havia montado uma clínica voltada à saúde feminina. Esse foi o local onde ela finalmente conseguiu obter apoio e aconselhamento.

"Ao final daquela consulta, saí muito mais confiante", lembra.

"Tive que redescobrir tudo, mas fui capazcasa de aposta arbetyfazer isso com educação e com muito mais segurança."

'Eu me senti tão feio'

Jack Fielding achou muito "embaraçoso e estranho" pedir conselho à equipecasa de aposta arbetyprofissionaiscasa de aposta arbetysaúde sobre sexo depois que foi diagnosticado com um tipocasa de aposta arbetysarcoma (tumor que afeta células das partes moles do corpo, como músculos, gordura, tendões, nervos e vasos sanguíneos).

Quando Jack,casa de aposta arbetyBolton, também no Reino Unido, perdeu o cabelo e alguns quilos durante o tratamentocasa de aposta arbety2019, ele sentiu que "uma partecasa de aposta arbetyquem era" também havia desaparecido.

"Minha autoestima foi abalada", conta o jovemcasa de aposta arbety26 anos.

"Isso me fez sentir quase como um alienígena. Eu olhava no espelho e não me via mais."

"Ficar nu na frentecasa de aposta arbetyalguém naquela situação era um pensamento muito assustador para mim, porque me sentia muito feio."

O Macmillan Cancer Support diz que os tumores podem afetar a vida sexualcasa de aposta arbetyalguémcasa de aposta arbetyvárias maneiras, incluindo:

Especialistas avaliam que a terapia psicossexual tem poucos recursos nos sistemas públicoscasa de aposta arbetysaúde. A maioria das pessoas que precisam desse suporte acabam pagando por um atendimento privado.

"Passar pela puberdade e pensar sobre o bem-estar sexual já é difícil o suficiente. Mas, se você é um adolescente que vive com câncer, pode se sentir ainda mais solitário", diz Caroline Lovett, que faz partecasa de aposta arbetyum pequeno grupocasa de aposta arbetyterapeutas contratados pelo NHS (o serviçocasa de aposta arbetysaúde pública do Reino Unido) para atuar nas questões psicológicas que afetam os pacientes com câncer.

O médico Richard Simcock concorda que a disponibilidadecasa de aposta arbetypsicoterapia especializada é "muito irregular".

O especialistacasa de aposta arbetyoncologia e conselheiro clínico da Macmillan Cancer Support diz que, no caso do Reino Unido, o NHS se beneficiaria se tivesse mais especialistas para orientar sobre os problemas enfrentados por pessoas como Cait e Jack.

"Precisamos ter certezacasa de aposta arbetyque os profissionaiscasa de aposta arbetysaúde são treinados para lidar com essas questões com sensibilidade", diz.

Cait está agora fazendo campanha para aprimorar as informações sobre sexo para os pacientes com câncer. Ela também tem conversado com outros jovens que tiveram essa doença para escrever uma revista sobre as histórias que eles contam e as experiências que enfrentaram.

"Mesmo que seja um assunto delicado e privado, são nossas experiências, e queremos encorajar as pessoas a serem mais honestas sobre isso", acredita.

"Não quero que as pessoas se sintam deixadas no escuro como eu fiquei."

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