Diagnósticorealsbet botautismo: a alteração cerebral que pode ajudar a detectar o transtorno:realsbet bot

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Legenda da foto, Novo estudo encontrou alteraçõesrealsbet botuma parte do cérebro, o corpo caloso,realsbet botadolescentes e jovens adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O estudo analisou examesrealsbet botressonância magnéticarealsbet bot583 pessoas, cujas informações médicas fazem parterealsbet botum grande bancorealsbet botdados para a pesquisarealsbet botautismo dos EUA, o National Database of Autism Research. Os autores defendem que uma das conquistas do estudo é considerar pessoasrealsbet botdiferentes faixas etárias —realsbet botseis mesesrealsbet botidade a 50 anos —, enquanto muitas pesquisas sobre o autismo focam apenas nas crianças.

Embora os mais jovens tenham sido incluídos na análise, as alterações no corpo caloso do cérebro foram observadas conforme as idades aumentaram, a partir da adolescência. A Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha com a estimativarealsbet botque, na média mundial, cercarealsbet botumarealsbet bot160 crianças têm algum Transtorno do Espectro Autista (TEA).

"Uma vez que o TEA se torna aparente e é normalmente diagnosticado no início da idade escolar, nossos resultados sugerem que alterações comportamentais aparecem mais cedo do que mudanças na substância branca do cérebro", explicou por e-mail à BBC News Brasil a médica Clara Weber, pesquisadora na Universidaderealsbet botYale e líder do estudo.

O corpo caloso é composto da substância branca — Weber esclarece que enquanto a substância cinzenta do cérebro é como o computador, a branca é como os cabos. E o corpo caloso, particularmente, é responsável pela conexão dos dois hemisférios cerebrais.

"Não conseguimos detectar alterações significativas nas crianças mais novas, o que dá pistasrealsbet botque mudanças microestruturais (no cérebro) começam mais tarde", diz a pesquisadora.

Ela falarealsbet botuma microestrutura porquerealsbet botequipe analisou um mecanismo muito particular: o deslocamentorealsbet botmoléculasrealsbet botágua dentro do corpo caloso, a chamada anisotropia fracionada. As ressonâncias magnéticas mostraram que,realsbet botadolescentes e jovens adultos com TEA, este deslocamento era menorrealsbet botcomparação com um grupo controle.

"Uma redução na anisotropia fracionada significa uma alteração nas conexões (cerebrais)", resume Clara Weber.

"Diferentes teorias sobre o TEA consideram que muitos fatores contribuem para a condição e têm como hipóteses que tanto a pouca conectividade como a hiperconectividade das conexões funcionais desempenham um papel."

"Nosso estudo basicamente adicionou outro aspecto a isso, confirmando que não só as conexões funcionais são alteradas, mas também a microestrutura do cérebro."

Os resultados foram apresentados no congresso da Sociedaderealsbet botRadiologia da América do Norte mas ainda não foram publicadosrealsbet botuma revista científica com a chamada revisão do pares — quando especialistas não envolvidos naquele trabalho analisam o conteúdorealsbet botum artigo candidato a publicação. Weber disse que ela e a equipe enviarão o trabalho para publicaçãorealsbet botalguma revista científica nas próximas semanas.

Potencial para diagnóstico e tratamento

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Legenda da foto, Médicas entrevistadas acreditam que conhecimento sobre alterações no cérebrorealsbet botpessoas com TEA pode ajudar no diagnóstico precoce

Weber diz esperar que sinais no cérebro como os observados possam ajudar no diagnóstico precoce do TEA e no acompanhamentorealsbet bottratamentos.

Não envolvida na pesquisa, a neuropediatra brasileira Liubiana Arantesrealsbet botAraújo analisou o trabalho apresentado no congresso e também apontou, à BBC News Brasil, o potencial que ele tem para contribuir com os cuidadosrealsbet botpessoas com autismo.

A médica explica que, hoje, o diagnósticorealsbet botTEA vem com a combinaçãorealsbet botvárias análises, como o exame médico, a aplicaçãorealsbet botquestionários e,realsbet botalguns casos, examesrealsbet botimagem (como a ressonância magnética e o eletroencefalograma).

"Cada vez mais, temos também estudos que ajudam a observar que alterações genéticas têm relação com o autismo. Se há também examesrealsbet botimagem mostrando que quanto mais alterações no corpo caloso, maior o comprometimento, é muito interessante para o diagnóstico e para a reabilitação" diz a neuropediatra, também presidente do Departamento Científicorealsbet botPediatria do Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileirarealsbet botPediatria (SBP).

"Quanto mais forem descobertas alterações que sejam evidências do autismo, melhor."

A médica destaca, porém, quem nem todas pessoas com TEA apresentarão alterações no cérebro ou no corpo caloso — quando elas existem, costumam estar associados a quadros mais severosrealsbet botTEA.

"Se você tem alteração no corpo caloso, há um quadro com sintomas mais evidentes do autismo, relacionados a habilidades cognitivas,realsbet botlinguagem erealsbet botteoria da mente, que é a capacidaderealsbet botse colocar no lugar do outro."

Araújo ressalva também que este não é o primeiro estudo a associar o TEA a alterações no cérebro, no corpo caloso e na difusão da água, mas afirma que ele aprofunda o conhecimento sobre esses pontos e revela como as alterações ocorrem ao longo do crescimento.

"Nas pessoas sem autismo, o corpo caloso vai se desenvolver até por voltarealsbet bot12 anos. Se você detecta que no autismo esse corpo caloso vai ter um desenvolvimento alterado e principalmente depois dessa idade, isso justifica diferençasrealsbet botrelação a tratamento, às modificaçõesrealsbet botcomportamento ao longo do crescimento do paciente com autismo."

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