A surpreendente história do casal preso por traição à pátria nos EUA:cassinoresort

Crédito, CBS

Legenda da foto, O casal Jonathan e Diana Toebbe parecia ter tudo

O casalcassinoresortMaryland foi acusadocassinoresortsupostamente tentar vender segredos militares a um governo estrangeiro, crime pelo qual podem pegar prisão perpétua se forem considerados culpados.

Legenda da foto, A casa dos ToebbecassinoresortAnnapolis, no estado americanocassinoresortMaryland

Enquanto uma audiência preliminar sobre as acusações contra os Toebbes é abertacassinoresortWest Virginia nesta quarta-feira, o caso extraordináriocassinoresortsegurança nacional levanta questões sobre as motivaçõescassinoresortum casal aparentemente despretensioso que estava supostamente disposto a arriscar tudo acreditando que poderiam se tornar superespiões.

As tentativascassinoresortespionagem começaramcassinoresortabrilcassinoresort2020 quando,cassinoresortacordo com o departamentocassinoresortjustiça, Toebbe, um engenheiro nuclear da Marinha americana, entroucassinoresortcontato com um representantecassinoresortum governo estrangeiro, enviando a ele um pacote pelo correio com um bilhete dizendo que poderia fornecer informações sobre submarinos nucleares.

Como um especialista com acesso a dados sigilosos que trabalhava no Gabinete do ChefecassinoresortOperações Navais, ele afirmou ter acesso a informações sobre sistemascassinoresortpropulsão nuclear usados ​​em submarinos.

Crédito, US Navy/Thiep Van Nguyen II

Legenda da foto, O casal teria supostamente tentado vender segredos sobre submarinos nucleares dos EUA a um governo estrangeiro

O governocassinoresortquestão parece ter relações amistosas ​​com os EUA: representantes do país estrangeiro cooperaram com os investigadores americanos, enquanto preparavam uma armadilha para Toebbe.

Isso parece indicar que o governo estrangeiro era um aliado, como a França, e não a Rússia ou a China. Mas ninguém confirmou qual país estava envolvido.

O FBI (a polícia federal americana) teve acesso ao pacote alguns meses depois,cassinoresortdezembro, e enviou seus agentes para se passarem por representantes estrangeiros para contatar Toebbe, dizendo que estavam interessados ​​no que ele poderia oferecer.

Assim começaram os vários mesescassinoresortdesventuras do casal, com Toebbe deixando arquivos confidenciaiscassinoresortcartõescassinoresortmemória SDcassinoresortlocais usados ​​por espiões para entregar materiaiscassinoresortinteligência, conhecidos como dead dropscassinoresortinglês.

Sua esposa fazia o papelcassinoresortvigia,cassinoresortacordo com as acusações do governo.

A tecnologiacassinoresortpropulsão que ele dizia estar tentando vender é um dos segredos militares mais bem guardados e estava no centrocassinoresortum negóciocassinoresortalto risco, que os EUA e o Reino Unido haviam fechado recentemente com a Austrália.

De acordo com os investigadores, Toebbe contrabandeou documentos para fora do trabalho aos poucos — algumas páginascassinoresortcada vez — para passar pelos pontoscassinoresortcontrole.

"Fui extremamente cuidadoso ao reunir os arquivos que possuo, lentamente e naturalmente na rotina do meu trabalho, para que ninguém suspeitasse do meu plano", ele escreveu elecassinoresortum bilhete para seu suposto conspirador.

Suas iniciativas desajeitadas para entregar os dados incluíram esconder um cartão SDcassinoresortum sanduíchecassinoresortpastacassinoresortamendoim,cassinoresortum pacotecassinoresortchiclete e coberto por um band-aidcassinoresortuma bolsa refrigerada, afirmam documentos judiciais.

Pelo cartão do sanduíchecassinoresortpastacassinoresortamendoim, Toebbe recebeu US$ 20 milcassinoresortcriptomoedas.

Toebbe ficou nervoso no início, mas acabou parecendo ficar confortável com o "representante estrangeiro" para quem estava vendendo os dados, sem saber que era o FBI.

Ele parece até ter se afeiçoado a ele, escrevendocassinoresortuma mensagem: "Um dia, quando for seguro, talvez dois velhos amigos vão ter a chancecassinoresortse esbarrarcassinoresortum café, dividir uma garrafacassinoresortvinho e rircassinoresorthistórias sobre suas façanhas compartilhadas."

No momentocassinoresortque o casal foi preso, haviam sido coletadas provas substanciais, documentando seus esforçoscassinoresortespionagem.

Vizinhançacassinoresortchoque

Uma semana após a prisão do casal, tudo na casa dos Toebbes estava como eles haviam deixado — o ventiladorcassinoresortteto ainda estava girando no porão, e havia uma meiacassinoresorttricô por terminar na mesa da sala. Os vizinhos ficaramcassinoresortchoque.

Muitos se perguntavam como um casal que parecia ter tudo a seu favor poderia agora ser acusadocassinoresorttentar vender segredos militares nacionais para um país estrangeiro.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, IlustraçãocassinoresortToebbecassinoresorttribunal federalcassinoresortWest Virginia

De acordo com os vizinhos, embora o casal não fosse especialmente sociável, tampouco era reservado.

Toebbe se interessava por armas medievais e era ativo na divisão localcassinoresortuma organização entusiasta, a Society for Historic Swordsmanship.

Já a mulher tinha doutorado pela Universidade Emory,cassinoresortAtlanta, e dava aulascassinoresortuma escola particular.

Se passar despercebido é uma característica desejável para um espião, ela não se encaixa no perfil — Diana tinha um cabelo roxo brilhante que a tornava facilmente reconhecível, disse um vizinho.

"Ela era para ser uma espiã, e não chamar atenção."

Dinheiro e motivo

Com todo o seu sucesso pessoal e profissional, por que os Toebbes fariam isso?

É meio que um mistério, disse David Charney, psiquiatracassinoresortAlexandria, na Virgínia, que passou décadas estudando casoscassinoresortespionagem.

Mas, segundo ele, há questões que são comunscassinoresortmuitos casos semelhantes.

Com frequência, os indivíduos são um conjuntocassinoresortimpulsos conflitantes, disse Charney — que geralmente envolvem querer dinheiro ou talvez sedecassinoresortvingança. Alguns são movidos pelo desejocassinoresortprovar que, por mais medíocres que possam parecer, são na verdade indivíduos extraordinários, com um grande segredo.

Agentes que trabalham para os serviçoscassinoresortinteligência e estudam a psicologia da traição criaram um acrônimo para descrever esses motivos, MICE — siglacassinoresortinglês para dinheiro, ideologia, compromisso e ego.

Segundo eles, esses são os motivos pelos quais as pessoas cometem traição à pátria.

Os advogados do governo indicaram que Toebbe queria dinheiro. De acordo com uma declaração feita por investigadores federais, ele pediu US$ 100 mil, pagoscassinoresortcriptomoeda,cassinoresorttrocacassinoresortseus segredos nucleares.

E há indícioscassinoresortque ele e a esposa podem ter tido problemas financeiros. O juiz Robert Trumble revisou as declarações financeiras do casal e disse que eles poderiam ter um defensor público.

Isso pode significar que eles não eram ricos, uma vez que não podiam pagar pelos próprios advogados, mas também não eram pobres.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Diana Toebbe tem cabelo roxo, nada discreto para uma espiã

Ela agora é representada por dois advogados, Edward MacMahoncassinoresortMiddleburg, na Virginia, e Barry Beck,cassinoresortMartinsburg. O advogadocassinoresortToebbe é Nicholas Compton, um defensor público federal assistentecassinoresortMartinsburg.

Os advogados não responderam aos pedidoscassinoresortentrevistas.

Mesmo assim, o dinheiro parece ser apenas parte da história, segundo Charney, dado que, como ele mesmo observou, os Toebbes pareciam estar relativamente bemcassinoresortvida.

"Você olha para a vida deles, e vê essas fotoscassinoresortuma casa bacana, e diz: 'Nossa, não é nada mau.' Mas não importa o que você pensa. Se eles sentirem que não corresponde às expectativas, isso pode acabar com eles ", explica.

Grandes espiões veteranos também se perguntaram como Toebbe poderia ter pensado que seus estratagemas dariam certo.

As técnicas dele não eram sofisticadas — e evidenciam a questão maiorcassinoresortpor que um funcionáriocassinoresortescritório, sem nenhum treinamentocassinoresortcampo, realizaria uma operação tão arriscada.

"Ele é um espião amador", diz Jack Devine, um ex-agente sêniorcassinoresortoperações da CIA, a agênciacassinoresortinteligência americana.

"Ele não tinha nenhum treinamento. Eles assistem a alguns programascassinoresortTV e não têm nenhum apreço ao que é necessário."

"Se você dependecassinoresortfilmescassinoresortespionagem para fornecer suas habilidades, é melhor que você seja realmente bom ou sortudo", acrescenta Devine.

Toebbe, supostamente, não era nem uma coisa, nem outra.

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