Covid-19: fumo aumenta chanceshospitalizaçãoaté 80%, mostra estudo britânico:
Os resultados foram publicados na revista científica Thorax, do grupoperiódicos médicos BMJ, após o trabalho passar pelo processorevisão dos pares (peer review).
Do meio milhãopessoas cujos dados estão no UK Biobank, os autores do estudo chegaram a 1.649 pessoas que testaram positivo para o coronavírus2020.
Entretanto, não foi constatado no estudo uma relação entre infecção e fumo — ou seja, os resultados mostram que o cigarro aumenta as chancesgravidademorte, mas não conseguiu constatar maior probabilidadepegar a doença.
Esta parte do trabalho usa um método observacional, como boa parteoutros estudos científicos que buscaram responder à questão. Pesquisas assim muitas vezes trabalhamcimadados do passado e que são permeáveis a interferências da "vida real", como o estilovida e particularidades locais do grupo estudado. Elas são capazesestabelecer uma correlação, mas não uma causalidade, entre fatores (no caso, fumo e covid-19).
A segunda parte do estudo da Thorax diz ter sido capazmostrar uma relaçãocausa e efeito entre o tabagismo e a doença, atravésum método chamadorandomização mendeliana, que busca identificar características genéticas que sejam preditivasum fatorrisco específico.
Já existe uma literatura que permite mapear variantes genéticas associadas à iniciação ao tabagismo e ao tabagismo pesado. Isso foi feito com dados genéticos do UK Biobank.
"Nossa configuração genética influencia nossa predisposição a vários comportamentos relativos ao fumo — isso ao ladofatores sociais", explicou o médico e pesquisador Ashley Clift, da UniversidadeOxford, à BBC News Brasil por e-mail.
A predisposição genética à entrada no tabagismo foi associada a uma chance 45% maiorinfecção; 60%internação; e 35%morte pro covid-19.
Já a predisposição ao fumo pesado elevou as chancesinfecção2,5 vezes;hospitalização5 vezes; emorte,10 vezes.
"Uma das vantagens cruciais do nosso trabalho é a consideração tantoanálises observacionais quanto genéticas para chegar a conclusões. Isso permite lidar com possíveis limitaçõesuma única abordagem e focar no conjuntoevidências — que sugereforma consistente o efeito prejudicial do tabagismo nos quadroscovid-19", apontou Clift.
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