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Fungo negro: Uruguai tem casobet365 vmucormicose confirmadobet365 vpaciente com covid:bet365 v
bet365 v Um homembet365 v50 anos que se recuperou da covid-19 foi infectado com o fungo negro bet365 v , que causa a mucormicose bet365 v , informou o jornal uruguaio El País na quarta-feira (26/5).
Segundo o jornal, o infectologista que atende o paciente, Henry Albornoz, indicou que o indivíduo, que também sofrebet365 vdiabetes, começou a apresentar sinaisbet365 vinfecção por fungos cercabet365 v10 dias após ter se curado da covid-19.
O paciente, que havia sido internado na capital Montevidéu, fez exames laboratoriais que confirmaram a infecção com mucormicose, afirma o El País.
Albornoz ressaltou, entretanto, que não é possível especificar se esse é o primeiro caso no Uruguai porque a mucormicose não é relatada como um evento exclusivobet365 vpacientes com covid-19.
"O importante não é a identificaçãobet365 vum caso, mas o avisobet365 vque o desgaste imunológico causado pela covid-19 pode deixar um terreno fértil para outras infecções", disse Albornoz ao El País.
Riscobet365 vdiabetes
A mucormicose é uma infecção rara, mas grave, causada por fungos do gênero mucor, abdsidia e rizopus, que afeta a cavidade nasal e os seios paranasais. A doença tem alta letalidade, cercabet365 v50%.
Nos últimos dias, a infecção chamou a atenção porque a Índia, que está passando por uma forte onda da pandemiabet365 vcoronavírus, relatou maisbet365 v9 mil casos da doença entre pacientes que se recuperaram da covid-19.
O distúrbio geralmente aparecebet365 vpacientes com algum tipobet365 vimunodeficiência (diminuição da capacidade do corpobet365 vcombater infecções) como diabetes, AIDS ou tratamento com drogas imunossupressoras.
A Índia é um dos países com as maiores taxasbet365 vdiabetesbet365 vadultos do mundo.
E os diabéticos, como no caso do paciente uruguaio, podem apresentar maior riscobet365 vficarem doentes.
"A diabetes reduz as defesas imunológicas do corpo e o coronavírus a agrava. Os esteroides que ajudam a combater a covid-19 agem como combustível para o incêndio", disse Akshay Nair, cirurgiãobet365 vMumbai, à BBC.
Na verdade, os médicos acreditam que também pode haver uma ligação com os medicamentos esteroides agora usados para tratar a covid-19.
Os esteroides reduzem a inflamação nos pulmões e ajudam a deter alguns dos danos que podem ocorrer quando o sistema imunológico do corpo se acelera para combater o coronavírus, mas eles também reduzem a imunidade.
Os sintomas da mucormicose dependem da parte do corpo que é infectada.
Geralmente, ela infecta os seios da face e o cérebro, causando corrimento nasal, inchaço e dorbet365 vum lado do rosto, alémbet365 vdorbet365 vcabeça, febre e morte do tecido.
A doença também pode afetar os pulmões, o estômago, os intestinos e a pele.
A infecção severa dos seios da face pode se espalhar até atingir o cérebro. O resultado pode ser uma doença invasiva e que pode matar.
Embora a infecção seja rara, ela apresenta uma alta taxabet365 vmortalidade.
De acordo com os Centrosbet365 vControle e Prevençãobet365 vDoenças (CDC) nos Estados Unidos, a taxabet365 vmortalidade por causa da doença ébet365 v54%.
Devido a essa agressividade, é necessário acelerar o tratamento, que muitas vezes inclui cirurgia para a retirada da parte danificada e o usobet365 vmedicamentos antifúngicos.
No caso do paciente uruguaio, foi relatado que após a recuperação da covid-19, ele passou a apresentar necrose (morte do tecido) na região da mucosa.
Exames laboratoriais confirmaram que ele havia sido infectado com mucormicose.
Conforme explicado por Albornoz, o paciente não tinha uma infecção gravebet365 vcovid-19 e nem mesmo precisoubet365 vhospitalização.
"Mas cercabet365 v10 dias depois, os sintomas da infecção do fungo começaram e agora essa ébet365 vprincipal batalha", disse o médico.
Os fungos que causam infecção são organismos comuns no ambiente, geralmente encontrados no solo, plantas, compostagem e frutas e vegetaisbet365 vdecomposição.
"Ele estábet365 vtodas as partes e pode ser encontrado no solo e no ar, até mesmo nos narizes e nas membranas mucosasbet365 vpessoas saudáveis", disse Akshay Nair à BBC.
Epidemiologia
A mucormicose é rarabet365 valguns países e mais prevalentebet365 voutros.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a incidência anual é estimadabet365 vcercabet365 vdois pacientes por milhãobet365 vhabitantes.
Mas na Índia é 80 vezes mais comum.
Segundo estudo publicadobet365 vnovembrobet365 v2020 no Journal of Fungi, ocorrem cercabet365 v0,14 casos por 1.000 habitantes naquele país.
Essa mesma pesquisa também relatou que a diabetes é a principal doença subjacentebet365 vpacientes afetados por mucormicosebet365 vpaísesbet365 vbaixa e média renda.
Em paísesbet365 valta renda, a infecção afeta mais pessoas com leucemia ou que passaram por transplantebet365 vórgãos.
De acordo com a Federação Internacionalbet365 vDiabetes, cercabet365 v9% da população adulta sofre da doença, o que torna a Índia o segundo país com maior incidência no mundo, atrás apenas da China.
A verdadeira incidênciabet365 vmucormicose entre pacientes com covid-19 ainda é desconhecida.
Mas, como diz David Denning, professor da Universidadebet365 vManchester e especialista da instituiçãobet365 vcaridade Fundobet365 vAção Global para Infecções Fúngicas (GAFFI): "Casos foram relatadosbet365 vvários outros países, incluindo Reino Unido, Estados Unidos, França, Áustria...".
"Mas o volume é muito maior na Índia", disse o especialista à agência Reuters.
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