Covid: 8 medidas cruciais contra o coronavírus (que está mais presente no ar do que nas superfícies):aposte ganhar

Como sabemos tudo isso? Além do conhecimento pré-pandêmico da dinâmicaaposte ganharfluidos e aerossóis, no último ano, vários estudos foram realizados. Alguns deles detectaram o vírus SARS-CoV-2 infeccioso no araposte ganharambientes internos. Experimentos com animais mostraram que o contágio existe mesmo sem contato algum.

Vários eventosaposte ganharsupercontágio —aposte ganharque uma única pessoa infecta muitas — que só podem ser explicados pela transmissãoaposte ganharaerossol, também foram estudados.

Foi observado que ser infectadoaposte ganharambientes fechados é 20 vezes mais provável do que ao ar livre, o que novamente só pode ser explicado pela transmissãoaposte ganharaerossol. A revista acadêmicaaposte ganharsaúde The Lancet publicou recentemente um artigo que não deixa dúvidas quanto à importância da viaaposte ganhartransmissão por aerossóis.

Sabe-se que as pessoas infectadas são principalmente contagiosas antesaposte ganharapresentarem sintomas (pré-sintomáticos) ou quando sequer apresentam sintomas (assintomáticos). Assim, é impossível, na ausênciaaposte ganhartestes com diagnóstico imediato, confiáveis ​​e abundantes, saber quem é contagioso e quem não é. Portanto, é preciso agir como se todas as pessoas fossem. Temos que nos proteger continuamente.

A desinfecçãoaposte ganharsuperfície faz sentido?

Por uma sérieaposte ganharrazões, as transmissões por superfície e por gotículas por muito tempo foram consideradas as principais formasaposte ganharcontágio, apesar da faltaaposte ganharevidências.

A transmissão por superfície ocorre quando uma pessoa toca uma superfície que contém vírus e,aposte ganharseguida, toca seus olhos, nariz ou boca. As gotas são grandes partículas emitidas ao falar, tossir ou espirrar, que podem atingem os olhos, entrar no nariz ou na bocaaposte ganharoutra pessoa. Por esse motivo, as medidas adotadas se concentraram principalmente na desinfecçãoaposte ganharsuperfícies e na proteção contra gotas (distanciamento ou barreiras físicas).

Mas a realidade é que a principal transmissão é por aerossóis, tambémaposte ganharcurtas distâncias. Os Ministérios da Ciência e da Saúde da Espanha publicaram relatórios sobre a transmissãoaposte ganharaerossóis no finalaposte ganhar2020, embora as conclusões não tenham se refletido muito nas medidas aplicadas desde então.

É preciso mudar a estratégia. A descoberta da transmissão via aerossol do SARS-CoV-2 não é uma má notícia. O SARS-CoV-2 foi transmitido dessa forma desde o início da pandemia.

Ignorar isso nos levou a direcionar esforços erroneamente. Saber qual é a principal formaaposte ganhartransmissão do covid-19 é nossa melhor ferramenta para evitá-lo.

Vários artigos científicos refletem isso. A própria revista Nature,aposte ganharseu editorialaposte ganharfevereiroaposte ganhar2021, pediu mudanças: "O coronavírus está no ar: há muita ênfase nas superfícies".

Temos que fazer isso agora. Como? Maisaposte ganhar100 cientistas espanhóis identificaram oito pontos-chave para acabar com a pandemia. É um consenso alcançado entre várias áreas do conhecimento como virologia, engenharia, ciências ambientais ou medicina. São explicados numa carta, promovida pelo grupo Aireamos, dirigida às autoridades competentes na Espanha, centrais e regionais.

Medidas prioritárias

1. As máscarasaposte ganharuso geral precisam ser eficazes. É preciso identificar e retirar do mercado as que não o são e enfatizar a necessidadeaposte ganharum bom encaixe no rosto. Uma máscara mal ajustada (com lacunas entre a borda da máscara e o rosto) pode teraposte ganhareficácia cortada pela metade. Em interiores compartilhados, incluindo, é claro, locaisaposte ganhartrabalho, ela deve ser sempre usada, independentemente da distância entre as pessoas.

2. Atividades ao ar livre devem ser promovidas. Isso implica facilitar o usoaposte ganharparques e jardins e ficaraposte ganharolhoaposte ganhar'falsos ambientes externos', como terraços fechados.

3. Os espaços internos devem ser ventilados com ar externo contínua e suficientemente, usando ventilação natural ou mecânica. Na analogia da piscina, isso significa adicionar água limpa à nossa piscinaaposte ganharforma contínua, e gradualmente retirando a água colorida. Quanto? O suficiente para que a piscina nunca fique muito escura, apesaraposte ganhara fonte com água colorida não parar.

Os critérios devem ser claramente definidos. Até a OMS publicou recomendações sobre ventilação, embora ainda não explique claramente como ocorrem as infecções.

4. O CO₂ interno deve ser medido para verificar a ventilação adequada. O CO₂ é emitido junto com os aerossóis quando respiramos, então é um bom indicador da quantidadeaposte ganharar usadoaposte ganharum local. É a melhor solução atualmente disponível para indicar o riscoaposte ganharcontágio.

5. É preciso que se informe sobre a eficácia e os riscos potenciaisaposte ganharvárias tecnologiasaposte ganharpurificação do ar. A filtragem (filtros conhecidos como HEPA) é a tecnologia preferida para remover aerossóis respiratórios com eficácia.

6. Atenção especial deve ser dada aos centros educacionais, como escolas e universidades. São espaços com características que propiciam eventosaposte ganharsuper contágio: muitas pessoas, muitas horas por dia e às vezes pouca ventilação.

7. Devem ser desenvolvidos e aplicados critérios, procedimentos e regulamentos claros e eficazes para reduzir o riscoaposte ganharcontágio. O primeiro pode ser um limiteaposte ganhar700-800 ppmaposte ganharCO₂aposte ganharinteriores compartilhados (até 1000 ppm se houver filtragem suficiente).

8. Informaçãoaposte ganharqualidade é a melhor defesa. São necessárias mensagens claras sobre como o vírus é transmitido e como nos proteger. É fundamental que a população entenda a lógica das regras para adotar o comportamento idealaposte ganharcada situação.

Não é difícil. Vamos fazer isso.

*Este artigo apareceu originalmenteaposte ganharThe Conversation. Você pode ler a versão original e ver os links para estudos científicos aqui.

María Cruz Minguillón é cientista titular do Institutoaposte ganharDiagnóstico Ambiental e Estudos da Água (IDAEA), do Conselho Superioraposte ganharPesquisa Científica da Espanha (CSIC).

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