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Cientistas investigam como espiritualidade pode ajudar a saúde do corpo:www arena esportiva
Perdão e gratidão no controle da pressão arterial
"A espiritualidade é um estado mental e emocional que norteia atitudes, pensamentos, ações e reações nas circunstâncias da vidawww arena esportivarelacionamento, sendo passívelwww arena esportivaobservação e mensuração científica", diz o médico Álvaro Avezum Júnior, diretor da Sociedadewww arena esportivaCardiologia do Estadowww arena esportivaSão Paulo (Socesp), professor do centrowww arena esportivacardiopneumologia da USP e do programawww arena esportivadoutorado do Instituto Dante Pazzanesewww arena esportivaCardiologia.
Segundo ele, a espiritualidade é expressa atravéswww arena esportivacrenças, valores, tradições e práticas. "Quem tem menos disposição ao perdão está mais disponível a enfrentar enfermidades coronárias", diz o especialista, que também é diretor do Centro Internacionalwww arena esportivaPesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz,www arena esportivaSão Paulo. Da mesma maneira, diz, a raiva acumulada pode levar à diabetes.
Avezum é um dos principais estudiosos do país da relação entre espiritualidade e saúde. Esteve à frente da iniciativa da SBCwww arena esportivapublicar, há dois anos, as Diretrizes Brasileiras Sobre Espiritualidade e Fatores Psicossociais, que integram o conjuntowww arena esportivaprevenção cardiovascular. "A SBC foi a primeira sociedadewww arena esportivacardiologia do mundo a associar enfermidade moral a doença cardíaca, a partirwww arena esportivaevidências científicas", diz.
Segundo ele, com intervenções baseadaswww arena esportivaperdão e gratidão é possível controlar, por exemplo, a pressão arterial. "Mas não um perdão condicional, que mantém o ressentimento, e sim um perdão emocional, que muda o que se sentewww arena esportivarelação ao agressor", afirma.
Agora seus estudos buscam ir além e entender a origem da doença. "Queremos mostrar que é possível prevenir a doença tratando a espiritualidade primeiro, por meio do perdão e da gratidão, alémwww arena esportivareforçar outras atitudes positivas como solidariedade, compaixão, humildade, paciência, confiança e otimismo", diz ele, que não se importa com eventuais céticos no meio científico. "Se alguém diz que isto não é ciência está sendo dogmático, porque escolhe o que investigar".
Até 2019, antes da pandemia do novo coronavírus, as doenças cardíacas eram a principal causawww arena esportivamorte entre adultos no Brasil. Foram 116.766 óbitoswww arena esportiva2019 relacionados aos males do coração, informa o Ministério da Saúde. Segundo Avezum, já existem artigos e estudos sobre espiritualidade e covid-19 no mundo (eram 110 até o último dia 25www arena esportivaabril, segundo registros do buscador PubMed, da National Library of Medicine, dos Estados Unidos). Mas os resultados ainda são inconclusivos, diz.
"Para combater o coronavírus, o melhor é não se expor e se valer da religiosidade e da fé para enfrentar os desafios do isolamento social", afirma.
"Vou morrer, doutor?"
O interessewww arena esportivaAvezum no tema começou com o trabalho da médica americana Christina Puchalski que, desde 1996, procura inserir o componente espiritual no cuidado com os pacientes. Christina dirige o Instituto George Washington para Espiritualidade e Saúde (GWish), da Universidade George Washington. Ela defende que os médicos levantem o histórico espiritual do paciente para entendê-lowww arena esportivaforma integral. O objetivo é identificar as crenças e valores que realmente importam ao indivíduo, e como isso atua na forma como ele lida com a doença.
"Se o paciente acredita que a meditação o acalma, o médico deve ter essa informaçãowww arena esportivamãos e recomendar que ele mantenha a prática, ao mesmo tempowww arena esportivaque toma a medicação", diz o médico Frederico Leão, coordenador do Proser do IPq. "É preciso adotar a prática espiritual que estejawww arena esportivaharmonia com as crençaswww arena esportivacada um, porque isso vai contribuir para o tratamento".
Pesquisar o impacto dessas práticas na saúde mental dos pacientes é o foco do IPq, que também promove cursos sobre como o abordar o tema nos consultórios.
Segundo Leão, até o início dos anos 2000, os médicos tinham muito receiowww arena esportivafalar sobre o assunto, mesmo sendo o Brasil um país onde maiswww arena esportiva80% da população se declara cristã. "Muitos não sabiam - e talvez ainda não saibam - como fazer essa abordagem", diz ele. "É o caso do cirurgião que, antes da cirurgia, pede para rezar um Pai Nosso com toda a equipe e o paciente questiona: 'Por que isso, doutor, vou morrer?'".
Leão destaca as pesquisas do psiquiatra americano Harold Koenig, da Universidade Duke, para quem negligenciar a dimensão espiritual do paciente é como ignorar o seu aspecto social ou psicológico, ou seja, ele não é tratadowww arena esportivaforma integral. "Koenig constatou que o pensamento positivo, a meditação e a oração não afetam só a mente, mas o organismo como um todo", afirma Leão, para quem essas práticas se tornam ainda mais essenciaiswww arena esportivatemposwww arena esportivapandemia do novo coronavírus. "Só os muito alienados não estão revendo seu padrãowww arena esportivavida neste momento".
Pânico e ressentimento
Helma Gonçalves do Nascimento Martins acordou se sentindo estranha naquela sexta-feira, 8www arena esportivajaneiro. Aos 48 anos, a fisioterapeuta achou que a dor e o cansaço eram resultado do treino cardiovascular feito na véspera. Mas os sintomas do novo coronavírus vieram com força. "Tive febre, dor no corpo, perdawww arena esportivaolfato, era um sintoma novo a cada quatro horas", diz. "Me faltava ar até para tomar um copo d'água". Com o marido e a filha caçulawww arena esportivacasa, ela se isolou no quarto da criança. E aí teve início o pior dos sintomas: o pânico.
"A ansiedade bateu muito forte, era o medo da morte a todo instante, não conseguia pensarwww arena esportivaoutra coisa, achava que eu não ia aguentar", diz ela, que foi monitorada pelo seu médico durante os 14 diaswww arena esportivatratamento. "Ele me dizia: 'Estou 100% com você, a gente vai vencer este vírus', e eu procurava acreditar. É uma doençawww arena esportivaque você sente a morte ao seu lado e precisa estar sozinha".
O pior da covid-19 passou nos primeiros dez dias. Mas os sintomas continuaram por maiswww arena esportivaum mês. "Eu sentia uma fraqueza muscular imensa, tontura", diz.
O tratamento com remédios foi encerrado e Helma começou a ser atendida pela tia do marido, uma terapeuta holística. Ela lhe aplicava massagens e passeswww arena esportivareiki. "Aquilo fortaleceu o meu espírito. Comecei a me sentir bem melhor e um mês depois já voltei a trabalhar o dia todo", afirma. Evangélica, ela acredita que a espiritualidade a ajudou na recuperação. "Você quer lutar, quer sobreviver e vem uma força, que você não sabe bemwww arena esportivaonde, e te ajuda a buscar a luzwww arena esportivameio ao pânico, a superar os sentimentos ruins". Para ela, suas doenças foram agravadas pelo seu estado emocional. "Três meses antes do coronavírus,www arena esportivaoutubro, sofri uma angina, um pré-infarto. Enfrentava uma crise conjugal e não conseguia perdoar. Depois, passei a ficar desesperadawww arena esportivarelação ao futuro, ao trabalho, por conta da pandemia. A faltawww arena esportivaperdão ewww arena esportivafé me abalaram demais".
O psicólogo Laerson Cândidowww arena esportivaOliveira ressalta o valor do amor, da oração, da positividade e da fé no futuro. "Costumamos ter muita solidariedadewww arena esportivarelação a quem está distantewww arena esportivanós, a quem não conhecemos, mas somos incapazeswww arena esportivaperdoar as menores faltas cometidas por pessoas do nosso convívio", diz ele, que dirige o Instituto Espírita Cidadão do Mundo (IECIM),www arena esportivaSão Paulo.
Segundo ele, o ódio e o ressentimento aprisionam o indivíduo, levando-o a um estado doentio, enquanto o medo e o egoísmo paralisam impulsos positivos, no sentidowww arena esportivaauxílio ao próximo.
Contra o negacionismo
As práticaswww arena esportivamassagem (ayurveda) e reiki, usadas por Helma no tratamento das sequelas da covid-19, integram a Política Nacionalwww arena esportivaPráticas Integrativas e Complementares (PNPICs), adotadawww arena esportiva2006 pelo Ministério da Saúde. Hoje, a PNPICs engloba 29 recursos terapêuticos - muitos baseadoswww arena esportivaconhecimentos tradicionais como acupuntura, ioga, meditação, fitoterapia, homeopatia e quiropraxia, e outros mais recentes, como ozonioterapia e biodança. Atualmente, são oferecidos pelo Sistema Únicowww arena esportivaSaúde (SUS)www arena esportiva54% dos municípios do país.
A adoção da PNPICs segue orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que,www arena esportiva1988, incluiu a dimensão espiritual no conceitowww arena esportivasaúde multidimensional. Para a organização, espiritualidade é "o conjuntowww arena esportivatodas as emoções e convicçõeswww arena esportivanatureza não material, com a suposiçãowww arena esportivaque há mais no viver do que pode ser percebido ou plenamente compreendido, remetendo a questões como o significado e sentido da vida, não se limitando a qualquer tipo específicowww arena esportivacrença ou prática religiosa".
"A PNPICs pode fazer a grande diferença para a saúde da população, ao valorizar o conhecimento tradicional, as culturas regionais, amparada no aculturamento espiritualista, sobretudo a um baixo custo", diz o neurocientista Sérgio Felipewww arena esportivaOliveira. "É a possibilidadewww arena esportivadiálogo com a população", prossegue ele, para quem o diálogo entre ciência e espiritualidade nunca foi tão urgente.
"A ciência não pode se fecharwww arena esportivacimawww arena esportivasi mesma,www arena esportivaum conhecimento hermético. Ela precisa ouvir e conversar com a população. Senão, quando nós precisamos da ciência, o povo não ouve. Aí surgem o negacionismo e as fake news", diz ele, que entre 2007 e 2014 ministrou a disciplina optativa Medicina e Espiritualidade na Faculdadewww arena esportivaMedicina na USP.
Para Sergio Felipe, é fundamental que o médico crie uma relaçãowww arena esportivaempatia com o paciente. "Tanto o povo brasileiro quanto o americano são religiosos, acreditam na força da oração e na proteçãowww arena esportivaDeus. O médico precisa valorizar a dimensão espiritual do paciente para integrá-la ao tratamento", afirma.
É neste sentido, por exemplo, que o médico deve explicar que o paciente não pode estar estressado quando for tomar o medicamento, porque a adrenalina vai atrapalhar awww arena esportivaeficácia. "O estadowww arena esportivaespírito do indivíduo interfere na farmacocinética, ou seja, na absorção e distribuição do remédio no organismo", diz. "Se a oração e a fé do paciente podem acalmá-lo, isso será importante para que a medicação surta efeito".
Risadas no centro cirúrgico
Na cabeça do médico, fazer a junção entre o material e o espiritual não é tão simples. "Somos treinados a observar a dimensão física do paciente e, para a maioria, é difícil aliar este conhecimento técnico com a espiritualidade", afirma a médica pediatra Carolina Camargo Vince. "É preciso ser cuidadoso na abordagem, para que o paciente não pense que a cura dele dependewww arena esportivaum milagre", diz ela, que integra a equipewww arena esportivaoncologia pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto do Tratamento do Câncer Infantil do Hospital das Clínicaswww arena esportivaSão Paulo.
No dia a dia, Carolina costuma estender os cuidados à família da criança. "O diagnósticowww arena esportivacâncer afeta a saúde mental e emocional não só do paciente, mas das famílias, especialmente quando se tratawww arena esportivauma criança", diz ela. É comumwww arena esportivaum primeiro momento haver um sentimentowww arena esportivarevolta por parte dos pais, que se perguntam por que isso acontece com o filho deles, ou por que não foram eles o alvo da doença, no lugar das crianças, afirma.
"O câncer te coloca frente a frente com a questão da espiritualidade, é um momentowww arena esportivareflexão existencial", diz Carolina, para quem as crianças,www arena esportivageral, desenvolvemwww arena esportivaespiritualidadewww arena esportivamaneira plena. "Não passa pela cabeça delas desistir ou desesperar, elas vão procurar mecanismos dentro delas mesmas para se adaptar a um novo momentowww arena esportivavida, que envolve muitos remédios, picadas, desconfortos e às vezes longos períodoswww arena esportivainternação".
Pacientewww arena esportivaCarolina, Cora Grigio foi diagnosticada com leucemia quando tinha cinco anos e meio. "Para mim, até então, essa doença era sinônimowww arena esportivamorte", conta Patrícia Ferreira Silvério, mãewww arena esportivaCora, que viu a filha encarar a situação com leveza.
"A Dra. Carol explicou para ela o que estava acontecendowww arena esportivamaneira didática e delicada", lembra. "E durante todo o tratamento, que durou dois anos e dois meses, minha filha só chorou uma vez". Espirituosa e alegre, Cora sempre gostouwww arena esportivase enfeitar para ir ao hospital, onde brincava com quem estivesse perto. "Deitada na maca, ela ia rindo com as médicas para o centro cirúrgico", lembra Patrícia, que hoje alimenta o Instagram da filha, uma modelowww arena esportiva8 anos. "Ela começou a fazer campanhas quando ainda estava carequinha, tamanha a autoestima".
Mas para a mãe o processo nunca foi tranquilo. "Um dia, depois das primeiras sessõeswww arena esportivaquimioterapia, levei um susto quando um tufowww arena esportivacabelo dela saiu na escova. Cora percebeu e começou a cantar para me alegrar", diz Patrícia. "Não aguentei e chamei meu marido, precisava chorar um pouco".
Para Patrícia, a doença da única filha foi capazwww arena esportivalhe mostrar que ela não está no controlewww arena esportivatudo. "Eu sempre fui a que tomava a frente das coisas, a que resolvia tudo. Mas me deparei com algo que eu não conseguia resolver. Eu tinha que buscar paz para passar pelo sofrimento", diz ela, uma católica que se aproximou do espiritismo na época do tratamentowww arena esportivaCora.
Mentes perturbadas
A pediatra intensivista Cíntia Tavares Cruz sempre quis tratar do tema espiritualidade com as famílias, mas não sabia como abordar. Ao longo do seu cursowww arena esportivamedicina na Universidadewww arena esportivaCampinas (Unicamp), o mais perto que ela chegou do assunto foi quando aprendeu sobre ética e humanização.
"O paciente que chega à UTI estáwww arena esportivacolapso do corpo físico. Existe alto grauwww arena esportivaincerteza, tudo sai do falso controle. Depoiswww arena esportivaresgatá-lo, é preciso tratarwww arena esportivaquestões que o levaram até ali e vão além do físico", diz ela, que só ouviu falar sobre espiritualidade quando se especializouwww arena esportivamedicina paliativa. Voltada a doentes crônicos, a especialidade busca proporcionar ao paciente ewww arena esportivafamília uma qualidadewww arena esportivavida integral, envolvendo físico, social, emocional e espiritual. "Neste sentido, as práticas integrativas fazem toda a diferença".
Na opinião da fisioterapeuta Juliana Faria do Nascimento, as PNPICs contribuem para o equilíbrio energético e permitem melhorar a imunidade do indivíduo. "Por isso, o Conselho Nacionalwww arena esportivaSaúde pediu que este tipowww arena esportivatratamento não fosse interrompido durante a pandemia", diz ela, que trabalhawww arena esportivaAdamantina (SP) e tem entre os seus pacientes diabéticos, hipertensos e portadoreswww arena esportivadoenças cardiovasculares que viram aumentar seu grauwww arena esportivaansiedade e estresse durante o confinamento. "Uma mente perturbada não consegue evoluir na parte física", afirma.
Cíntia Cruz concorda. "A adoçãowww arena esportivapráticas integrativas ajuda a desbloquear a espiritualidade do paciente. Isso não vai acabar com o seu sofrimento, mas vai ajudá-lo a lidar melhor com este momento difícil, ao sair da inércia e da vitimização", diz a pediatra, que trabalha como intensivista no Hospital Infantil Sabará,www arena esportivaSão Paulo, e como paliativista no Hospital das Clínicas.
Foi o que aconteceu com o pequeno Kaleb,www arena esportiva10 anos. Vítimawww arena esportivasarcoma histiocítico, um tipo raro e agressivowww arena esportivacâncer, que se disseminou por todo o corpo, ele passou a ter contato no hospital com a meditação para controlar a dor. "Por vezes eu estava no quarto conversando com a médica e ele pedia silêncio para meditar", lembra a mãewww arena esportivaKaleb, Fernanda Hochstedler.
"Deus não se esqueceu da gente"
Foi a segunda vez que Kaleb teve câncer. Na primeira, quando ele ainda tinha 8 anos, foi diagnosticado com leucemia. Se incomodou com a perdawww arena esportivacabelo, mas respondeu bem ao tratamento ao longo do primeiro ano. Um dia, porém, começou a sofrer com febres altas e persistentes. Uma investigação profunda levou ao diagnósticowww arena esportivasarcoma.
"Foi muito difícil dizer a ele que surgiu um novo câncer e que ele precisava passar por um transplantewww arena esportivamedula", diz Fernanda. "Dissemos a ele que não sabíamos o final da história, mas que ele jamais estaria sozinho e que Deus não se esqueceu da gente", diz ela que, com o marido e outros quatro filhos, segue a Igreja Internacional do Calvário,www arena esportivaorigem canadense.
O transplante foi feitowww arena esportivanovembrowww arena esportiva2019. As sessões intensaswww arena esportivaquimioterapia levaram a uma reação no pulmão e ele voltou a ser internadowww arena esportiva3www arena esportivamarço do ano passado. "Quando surgiu a pandemia, fiquei o tempo todo com ele no hospital, passei quase um mês sem ver meus outros filhos", diz Fernanda. Para suprirwww arena esportivaparte a falta dos irmãos, a quem Kaleb sempre foi apegado, a mãe sugeriu que eles fizessem novos amigos no hospital - alguns mantidos até hoje.
"Quando você foca na vida da outra pessoa, você cria empatia e transforma awww arena esportivaprópria perspectiva", diz ela. "Isso nos ajudou a lidar com as emoções e a não nos entregarmos ao desespero".
O momentowww arena esportivador profunda, porém, chegou. Kaleb precisou ser entubadowww arena esportivaabril e,www arena esportiva12www arena esportivamaiowww arena esportiva2020, faleceu. Dois dias antes, sem perspectivawww arena esportivamelhoras, Fernanda e o marido questionaram se os irmãos queriam se despedirwww arena esportivaKaleb. Todos concordaram. O garoto permanecia sedado, mas os irmãos conversaram com ele. "O meu caçula disse: 'Vá para casa, Kaleb. Nós vamos mais tarde'", lembra Fernanda, que chegou a colocar o filho já morto no colo. "Deixá-lo ir, depoiswww arena esportivatanto sofrimento, trouxe muita paz", diz ela, para quem Deus se tornou muito mais real depoiswww arena esportivatoda a experiência. "É claro que houve dor e desespero, mas a fé nos permitiu não permanecer lá e voltarmos a viver".
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