EUA se preparam para espetáculobrasilsports betstrilhõesbrasilsports betscigarras que irão emergir após 17 anos sob a terra:brasilsports bets

As cigarras periódicas são diferentes das outras cigarras encontradas ao redor do mundo, as quais aparecem anualmente. Elas levam mais tempo para se desenvolver (de 13 a 17 anos) e emergem simultaneamente, e não individualmente oubrasilsports betspequenos grupos. Costumam ter olhos vermelhos e coloração diferente.

"Neste ano, três espécies irão aparecer simultaneamente: Magicicada septendecim, Magicicada cassini e Magicicada septendecula", afirma Raupp.

"Elas não são encontradasbrasilsports betsnenhum outro lugar do mundo, somente na América do Norte."

Existem nos EUA 15 dessas ninhadasbrasilsports betscigarras periódicas: 12 com ciclobrasilsports betsvida 17 anos e outras três com ciclobrasilsports bets13 anos, o que faz com que, quase todos os anos,brasilsports betsalguma parte do país, um desses grupos esteja emergindo.

Mas Raupp e outros cientistas dizem que o fenômeno deste ano será diferente. Não apenas esta é a maior dessas ninhadas, masbrasilsports betsdistribuição geográfica também é muito ampla, estendendo-se por boa parte da metade leste do país, desde Estados do Sul, como a Geórgia, até Nova York e Nova Jersey e também Estados do Meio-Oeste.

O entomologista calcula que cercabrasilsports bets100 milhõesbrasilsports betspessoas vivem nas áreas a serem afetadas neste ano nos Estados Unidos. Em alguns locais, espera-se densidadebrasilsports betsaté 1,5 milhãobrasilsports betscigarras por acre (0,4 hectare).

"Serão provavelmente trilhõesbrasilsports betscigarras emergindo", estima Raupp. "Elas estarãobrasilsports betsáreas densamente povoadas, grandes cidades, zonas rurais, subúrbios, áreas metropolitanas."

Festas e casamentos

Segundo Raupp, as primeiras cigarras devem começar a aparecer no fimbrasilsports betsabril, mas "o grande evento" vai ocorrer entre a metade e o fimbrasilsports betsmaio.

"Para as mãesbrasilsports betsnoivas que estão planejando um grande casamento ao ar livre (em maio), vai ser um pouco problemático", brinca Raupp. "Meu conselho é que façam a festabrasilsports betsabril ou adiem até o fimbrasilsports betsjunho."

As cigarras periódicas que irão emergir nos próximos meses passaram 17 anos debaixo da terra, onde chegaram ainda como ninfas, alimentando-se da seivabrasilsports betsraízesbrasilsports betsárvores.

"Não surpreende que esses adolescentes, quando levantam e saem do solo, vão querer fazer uma grande festa, cantar, cortejar parceiros", diz Raupp.

Após emergirem, transformadasbrasilsports betsadultas, passam a procurar um parceiro. O barulho da cantoria, feita pelos machos para atrair as fêmeas, poderá ser ensurdecedor, podendo ultrapassar cem decibéis.

Ao final da "festa", as fêmeas irão depositar seus ovosbrasilsports betspequenos galhosbrasilsports betsárvores. Enquanto árvores maiores e mais maduras resistem bem a essa atividade, sem impactobrasilsports betslongo prazo, nas mais jovens, recém-transplantadas, o efeito pode ser dramático, levanto até à morte.

Esse impacto pode representar um problema para fruticultores, prejudicando macieiras ou videiras jovens, mas Raupp salienta que as cigarras não afetam lavouras, não picam nem representam qualquer risco a crianças, adultos ou animaisbrasilsports betsestimação.

Ao mesmo tempo, o cientista alerta que cães ou gatos podem querer comer as cigarras. Com moderação, não há problemas. Mas se os pets exagerarem na dose, pode fazer mal.

Iguarias

O próprio Raupp diz estar planejando degustar um cardápio com diferentes pratos à basebrasilsports betscigarras. Umabrasilsports betssuas receitas é preparar os insetosbrasilsports betsformabrasilsports betsomelete, com um poucobrasilsports betsalho, azeitebrasilsports betsoliva e temperos.

"Elas são uma iguaria", garante.

Para pessoas com medobrasilsports betsinsetos, a experiênciabrasilsports betsobservar milharesbrasilsports betscigarras emergindo do solo e subindobrasilsports betsárvores e casas poderá ser assustadora.

Raupp recomenda que essas pessoas procurem aprender mais sobre os insetos, busquem aconselhamento para tentar lidar com a experiência ou, simplesmente, tentem viajar para outras regiõesbrasilsports betsque as cigarras não vão estar presente durante esse período - respeitando, é claro, as limitações impostas pela pandemia.

Mas o cientista rebate aqueles que descrevem o fenômeno como uma invasão terrível.

"Realmente não é isso. Este é um evento que não ocorrebrasilsports betsnenhum outro lugar do planeta. É uma oportunidade maravilhosa para aprender sobre a natureza, as fases da vida, nascimento, morte, romance, todos os elementos da vida", afirma.

Depoisbrasilsports betsemergir do solo e fazerbrasilsports betsgrande celebração, as cigarras irão morrerbrasilsports betsalgumas semanas. Ao finalbrasilsports betsjunho, a maioria já terá partido.

"Elas irão basicamente fertilizar as mesmas plantas das quais surgiram. É o ciclo da vida. Elas receberam das (raízes) das árvores por 17 anos e agora irão devolver."

*As imagens desta reportagem foram cedidas por Thomas V. Myers/National Pest Management Association

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