Capitalismo da internet: como as grandes potências tentam frear o poder 'sem limite' das gigantesestrela bet bettecnologia:estrela bet bet

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Legenda da foto, As grandes empresasestrela bet bettecnologia movimentam enormes quantiasestrela bet betdinheiro ao redor do mundo, mas muitas são criticadas pela faltaestrela bet bettransparência

"As pessoasestrela bet bettodo o mundo estão percebendo cada vez mais que o poder dessas empresas está causando muitos problemas bastante variados. E os governos estão começando a focarestrela bet betcomo enfrentar isso", diz Charlotte Slaiman, diretoraestrela bet betPolíticaestrela bet betConcorrência da organização americana Public Knowledge.

O que as autoridades estão fazendo ao redor do mundo

As normas divulgadas pela Administração Estatalestrela bet betRegulação do Mercado da China visam impedir que as grandes empresas da internet efetuem vendas com prejuízo para eliminar potenciais concorrentes ou usem ilegalmente os dadosestrela bet betseus clientes e usuários. Também incluem medidas para evitar que os mesmos sejam vinculados a cláusulasestrela bet betpermanência.

A maneira usualestrela bet betfazer negócio dos grandes conglomerados do país — como Alibaba, Ant Group, Tencent ou a plataformaestrela bet betentregaestrela bet betcomida Meituan — pode ser bastante limitada com o novo marco.

O anúncio foi feito poucos dias após a inesperada suspensão da estreia do Ant Group na Bolsaestrela bet betValores. O conglomerado empresarial do magnata Jack Ma estava prestes a realizar a maior Oferta Pública Inicialestrela bet betações (IPO, na siglaestrela bet betinglês) da história, o que gerou grande expectativa entre investidores. Mas os reguladores chineses negaram a autorização na última hora.

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Legenda da foto, Gigantes como o Ant Group estão agora na mira das autoridades chinesas

Os pioneiros na tentativaestrela bet betmanter os gigantes do capitalismo digital sob controle foram as autoridades europeias.

A Comissão Europeia anunciou no inícioestrela bet betnovembro as conclusões preliminaresestrela bet betseu relatório sobre a ação antitruste contra a Amazon, que Bruxelas acusaestrela bet betviolar as leisestrela bet betconcorrência.

A comissáriaestrela bet betconcorrência do bloco, Margrethe Vestager, afirmouestrela bet betcomunicado que há suspeitasestrela bet betque a Amazon utilizou dadosestrela bet betfornecedores externos que usamestrela bet betplataforma para favorecer as vendasestrela bet betseus próprios produtos.

"Com a ascensão do comércio eletrônico, e sendo a Amazon a plataforma líder nesse tipoestrela bet betcomércio, um acesso justo e sem distorções aos consumidores online é importante para todos os vendedores", declarou Vestager.

A investigação europeia sobre a Amazon começouestrela bet betjulho. A empresaestrela bet betJeff Bezos, que segundo a Forbes, se tornou o homem mais rico do mundo durante a pandemia, poderá ser multadaestrela bet betcercaestrela bet betUS$ 19 bilhões (R$ 99 bilhões) se for condenada.

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Legenda da foto, A Amazon foi acusadaestrela bet betpráticas abusivas pela Comissão Europeia

A companhia negou, no entanto, as acusações. "Há fornecedores maiores que a Amazonestrela bet bettodos os paísesestrela bet betque operamos", disseestrela bet betum comunicado, que acrescenta: "Nenhuma empresa se preocupa mais ou tem apoiado mais as pequenas empresas nas últimas duas décadas do que a Amazon."

A Amazon é a última das gigantes da tecnologia americanas sob o escrutínio das autoridades europeias, que anteriormente já visaram a Apple e o Google.

Esta última empresa foi acusada pelo Departamentoestrela bet betJustiça dos Estados Unidosestrela bet better se tornado ilegalmente o "guardião" da internet, monopolizando 80% das buscas e priorizando seus produtos nelas.

Emestrela bet betresposta ao processo histórico movido pelo procurador-geral, William Barr, a empresa alegou que "as pessoas usam o Google porque querem, não porque são obrigadas ou porque não conseguem encontrar alternativas".

Seja como for, a iniciativa — que se junta às investigações abertas por outros órgãos federais e procuradoresestrela bet betvários estados do país contra Amazon, Apple e Facebook — mostra como a visão sobre as gigantes da tecnologia também está mudando nos Estados Unidos, tradicionalmente mais reticente à intervenção das autoridades na economia.

"Por muito tempo, prevaleceu nos Estados Unidos a ideiaestrela bet betque a inovação deveria evoluir livremente, mas agora está claro que a faltaestrela bet betconcorrência prejudica a inovação e que devemos acabar com o privilégio das grandes corporaçõesestrela bet betrelação a seus próprios produtos para protegê-la", explica Slaiman.

Como regular as gigantes do capitalismo digital

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Legenda da foto, O secretárioestrela bet betJustiça dos EUA, William Barr, ordenou uma investigação sobre as supostas práticasestrela bet betmonopólio do Google

Além das sanções para os possíveis excessos já cometidos, o grande desafio dos Estados é criar normas que impeçam esses gigantesestrela bet betcontinuar abusando daestrela bet betposição dominante.

A preocupação já atingiu a arena legislativa. Em outubro deste ano, um comitê da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos publicou um relatório no qual concluía que as empresasestrela bet bettecnologia "têm poder demais e que esse poder deve ser controlado".

Mas a faltaestrela bet betacordo entre democratas e republicanos e o períodoestrela bet bettransição até Joe Biden assumir a Casa Branca afastam por enquanto a possibilidadeestrela bet betmedidas legislativas duras.

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Legenda da foto, O Google é acusadoestrela bet betusar seu domínio no mercadoestrela bet betbuscas para bloquear a concorrência

Semanas antes,estrela bet betjulho, um relatório da Autoridadeestrela bet betConcorrência e Mercados do Reino Unido (CMA, siglaestrela bet betinglês) concluiu que seus poderes não eram capazesestrela bet betfazer frente aos problemas decorrentes da posição dominante do Google e do Facebook, e propôs a criaçãoestrela bet betum órgão regulador específico para os mercados digitais "com o poderestrela bet betimpor um códigoestrela bet betconduta que regule o comportamento das plataformas que dominam o mercado".

Para Slaiman, "as medidas antitruste vão desempenhar um papel importante, mas não serão suficientes".

Como outros especialistas, ela defende a imposição da chamada interoperabilidade, que permitiria a fornecedores externos interagir diretamente com os usuários nas plataformas dominantes. Por exemplo, uma empresa que vende bicicletas poderia se conectar com alguém que está procurando uma na Amazon.

Isso levanta a questão da privacidade, já que a iniciativa exigiria necessariamente compartilhar dados do usuário, mas Slaiman acredita que "a interoperabilidade é perfeitamente compatível com a privacidade, desde que o compartilhamento dos dados seja uma decisão informada do usuário".

Como isso vai terminar

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Legenda da foto, A Microsoft foi alvoestrela bet betuma ação antitruste histórica, semelhante à que está sendo movida agora contra o Google

Ao buscar precedentes para o duelo entre os países e as grandes corporações digitais, costuma-se citar o caso Estados Unidos contra Microsoftestrela bet bet1998,estrela bet betque as autoridades americanas acusaram a corporaçãoestrela bet betBill Gatesestrela bet betpráticasestrela bet betmonopólio ao tornar seu sistema operacional, o Windows, inacessível para programas desenvolvidos por seus concorrentes.

O processo se arrastou por vários anos, como é provável que aconteça com muitas das investigaçõesestrela bet betandamento hoje.

Em relação à investigação europeia sobre a Amazon, o correspondenteestrela bet bettecnologia da BBC, Rory Cellan-Jones, avalia: "Este caso não será resolvido rapidamente. A Amazon afirma que ganha mais dinheiro com as vendasestrela bet betfornecedores externos do que com suas próprias (vendas), e também serão levantadas questões sobre se há realmente algum dano aos consumidores".

É possível que as grandes empresas se vejam obrigadas a dividir seus negócios e a reduzir seu tamanho para cumprir as leis antitruste.

Mas será que os Estados serão capazesestrela bet betcontrolar empresas gigantescas, as quais muitos autores acreditam ser mais poderosas do que muitos governos?

Para Slaiman, apenas uma coisa está clara. "Não sabemos como isso vai acabar, mas sem dúvida é um problema real e vai exigir uma intervenção do governoestrela bet betdiferentes níveis para lidar com issoestrela bet betforma adequada."

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