Tratamento para demência: por que a água fria pode nos levar a encontrar a cura da doença:zebet retrait
Embora promissora, a pesquisa ainda estázebet retraitum estágio inicial e ainda não passou por peer review (quando é revisada por outros cientistas). O estudo analisa o potencial para a hibernação que todos os mamíferos têm, que é estimulado pela exposição ao frio.
Já existem maiszebet retraitum milhãozebet retraitpessoas com demência no Reino Unido e espera-se que o total dobre até 2050. Em 2012, a Organização Mundialzebet retraitSaúde (OMS) estimavazebet retrait35,6 milhões o totalzebet retraitpessoas com demência no mundo, e que esse número chegaria a 65 milhõeszebet retrait2030.
Os pesquisadores estão buscando novas maneiraszebet retraittratar a doença, pois as opções atuais têm impacto limitado.
Ursos e ouriços
Os médicos sabem há décadas que diminuir a temperatura corporal das pessoas pode —zebet retraitcertas circunstâncias — proteger seus cérebros.
Em procedimentos cirúrgicoszebet retraitpessoas com lesões na cabeça ou problemas cardíacos, é comum reduzirzebet retraittemperatura corporal.
O que ainda falta compreender melhor é o porquêzebet retraito frio ter esse efeito protetor.
A ligação com a demência está na destruição e criaçãozebet retraitsinapses — as conexões entre as células do cérebro.
Nos estágios iniciais do Alzheimer ezebet retraitoutras doenças neurodegenerativas, essas conexões cerebrais são perdidas.
Isso leva a uma sériezebet retraitsintomas associados à demência — incluindo perdazebet retraitmemória, confusão e alteraçõeszebet retraithumor — e, com o tempo, à morte dos neurônios.
O que intrigou a pesquisadora Giovanna Mallucci foi o fatozebet retraitque as conexões cerebrais são perdidas quando animais como ursos, ouriços e morcegos entramzebet retraithibernação para o inverno.
Cercazebet retrait20-30%zebet retraitsuas sinapses são eliminadas, pois seus corpos preservam energia nesse estado. Mas quando eles acordam na primavera, essas conexões são milagrosamente recriadas.
'Proteína do choque frio'
A equipe que estuda demência na Universidadezebet retraitCambridge descobriu a substância do "choque frio"zebet retrait2015.
Eles resfriaram camundongos saudáveis e camundongos com doençazebet retraitAlzheimer e doença do príon (neurodegenerativa), até que eles ficassem hipotérmicos, ou seja, quezebet retraittemperatura corporal estivesse abaixozebet retrait35°C.
No reaquecimento, eles descobriram que apenas os ratos saudáveis conseguiam regenerar suas sinapses; os camundongos doentes não.
Ao mesmo tempo, eles descobriram que os níveiszebet retraituma proteína chamada RBM3, a proteína do "choque frio", dispararamzebet retraitratos saudáveis durante o resfriamento, mas não nos outros.
Essa descoberta sugeria que a RBM3 poderia ser a chave para a formaçãozebet retraitnovas conexões. Os cientistas comprovaram essa hipótesezebet retraitum outro experimento, que mostrou que as morteszebet retraitcélulas cerebrais nos doentes poderiam ser evitadas aumentando artificialmente os níveiszebet retraitRBM3zebet retraitcamundongos.
Foi um grande avanço na pesquisa sobre demência, e essas descobertas foram publicadas na revista científica Nature.
Nadadoreszebet retraitinverno
Mallucci acreditava que um remédio para induzir a produçãozebet retraitRBM3 poderia ajudar a retardar — e possivelmente até reverter parcialmente — o progressozebet retraitalgumas doenças neurodegenerativas nas pessoas.
A RBM3, no entanto, não havia sido detectada no sangue humano, então o próximo passozebet retraittermoszebet retraitpesquisa era descobrir se a proteína está presente na população humana.
Em uma entrevista no programa Today da BBC Radio 4 , a professora Mallucci explicou que gostariazebet retraitpesquisar a RBM3zebet retraithumanos — mas que as diretrizes éticas tornariam muito difícil obter permissão para deixar as pessoas hipotérmicas.
Foi então que entrouzebet retraitcena o nadador Martin Pate, partezebet retraitum pequeno grupo que nada durante todo o inverno ao ar livre e sem aquecimentozebet retraitLondres.
Ele e os outros nadadores voluntariamente diminuíamzebet retraittemperatura corporal regularmente, contou o nadador à pesquisadora, e seriam, portanto, perfeitos para serem estudados.
Mallucci concordou e, durante os invernoszebet retrait2016, 2017 e 2018,zebet retraitequipe testou a proteínazebet retraitnadadoreszebet retraitinverno.
Os pesquisadores usaram membroszebet retraitum clubezebet retraittai chi que fazem exercício ao lado da piscina, mas nunca nadam, como grupozebet retraitcontrole.
A equipezebet retraitCambridge descobriu que um número significativozebet retraitnadadores tinha níveis elevadoszebet retraitRBM3. Todos eles haviam ficado regularmente hipotérmicos, com temperaturaszebet retraitaté 34ºC.
Nenhum membro do grupozebet retraittai chi mostrou um aumento nos níveiszebet retraitRBM3 ou experimentou essas temperaturas corporais muito baixas.
O desafio
A nova pesquisazebet retraitCambridge ainda não foi publicadazebet retraitum jornal científico, mas há outros indícios da presença da proteínazebet retraitseres humanos.
Vários outros pesquisadores descobriram níveis similarmente altoszebet retraitRBM3zebet retraitbebês e pacientes cardíacos ou com derrame que ficaram hipotérmicos.
O que essas descobertas mostram, diz Mallucci, é que — assim como ursos hibernando — os seres humanos são capazeszebet retraitproduzir a proteína do "choque frio".
Mas, no momento, os riscos associados ao resfriamento superam quaisquer benefícios potenciais, então a imersãozebet retraitágua fria certamente não é um tratamento potencial para a demência, diz ela.
O desafio agora é encontrar uma droga que estimule a produção da "proteína do choque frio"zebet retraithumanos e — mais importante ainda — verificar que ela realmente ajuda a retardar a demência.
A demência é predominantemente associada ao envelhecimento, portanto, mesmo um atraso relativamente curto no início da doença pode trazer enormes benefícios para os indivíduos e para a populaçãozebet retraitgeral.
"Se você retardasse o progresso da demência por até mesmo alguns anoszebet retraituma população inteira, isso teria um impacto enormezebet retraittermos econômicos ezebet retraitsaúde", diz Malluci.
Cuidado com o frio
Os médicos alertam para os perigoszebet retraitinterpretar erroneamente este tipozebet retraitpesquisa e achar que passar frio pode fazer bem.
O frio tem um efeito poderoso no corpo humano e nadarzebet retraitágua gelada é perigoso: nadadoreszebet retraitágua gelada costumam ter a saúdezebet retraitordem e acompanhamento médico.
O choquezebet retraitentrarzebet retraitágua gelada causa um aumento dramático na frequência cardíaca e na pressão arterial, o que pode causar ataques cardíacos e derrameszebet retraitpessoas com doenças pré-existentes.
A queda bruscazebet retraittemperatura também provoca respiração ofegante e rápida, que pode levar ao afogamento se a água for inalada.
Quanto mais tempo alguém passa na água, mais lentas são suas respostas. As pessoas podem ficar confusas e ter dificuldadezebet retraitsair da água.
A médica Heather Massey, do Laboratóriozebet retraitAmbientes Extremos da Universidadezebet retraitPortsmouth, diz que há algumas coisas importantes a serem lembradas.
- Anteszebet retraitdar um mergulhozebet retraitágua gelada, certifique-sezebet retraitque estázebet retraitforma e com saúde e,zebet retraitcasozebet retraitdúvidas, cheque com seu médico
- Nade com outras pessoas que estão acostumadas a água gelada e conhecem os perigos locais
- Saia se começar a sentir frio
- Encontre abrigo, remova as roupas molhadas e substitua-as por tantas camadaszebet retraitroupas quentes e secas quanto possível, incluindo luvas e proteção para a cabeça
- Continue se movendo, faça exercícios leves se puder e não se preocupe se estiver tremendo — isso vai te ajudar a se aquecer
- Não tome banho ou ducha quente imediatamente — alterações na pressão arterial durante o reaquecimento podem causar desmaios e riscozebet retraitlesões traumática
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