Coronavírus: 7 avanços científicos conquistadosjeux 1xbetmeio à pandemia:jeux 1xbet
E, ainda assim, os avanços estão acontecendo.
"A verdade é que a áreajeux 1xbetpesquisas está recebendo um grande estímulojeux 1xbetoutros campos", levando a "muitas mudanças pioneiras e revolucionárias", afirma Miguel Pita, doutorjeux 1xbetgenética e biologia celular.
As profundas crises sociais, econômicas ejeux 1xbetsaúde causadas pela pandemia mobilizaram investimentosjeux 1xbetmilhõesjeux 1xbetdólares e o trabalho incansáveljeux 1xbetmilharesjeux 1xbetcientistasjeux 1xbettodo o mundo — e, com isso, pelo menos sete aspectos da ciência já mudaram,jeux 1xbetacordo com cientistas entrevistados pela reportagem.
1. Colaboração entre equipes
"O coronavírus promoveu a colaboração entre muitas equipes. E essa é uma notícia muito boa", diz Pita, professor na Universidade Autônomajeux 1xbetMadrid.
"Os pesquisadores tendem a ser muito colaborativos, mas a pandemia foi um estímulo adicional. E os resultados têm sido compartilhados rapidamente para todos os grupos".
Begoña Sanz e Larrinaga concordam.
"Obviamente, a pressão exercida pela gravíssima situação sanitária e socioeconômica mundial fez aumentar a colaboraçãojeux 1xbetmuitas universidades, grupos e centrosjeux 1xbetpesquisa", explicam.
2. Sequenciamento do vírus
Uma destas áreas com forte colaboração internacional é também uma das que registra "grandes avanços", segundo Pita.
"De forma resumida, diria que, no campo da bioinformática, tem havido grandes inovações na análisejeux 1xbetsequências do material genéticojeux 1xbetcada vírus que infecta as pessoas. Isso nos permite ver como ele evolui com o passar do tempo", explica o pesquisador.
Desde que a China relatou a existência do novo coronavírus à Organização Mundial da Saúde (OMS), no finaljeux 1xbetdezembrojeux 1xbet2019, até os primeiros diasjeux 1xbetsetembro, pesquisadoresjeux 1xbettodo o mundo registraram 12 mil mutaçõesjeux 1xbetseu genoma,jeux 1xbetacordo com a revista científica Nature.
E o número cresce a cada dia.
Nas palavrasjeux 1xbetPita: "A comunidade científica está colocando suas melhores ferramentas a serviço desta investigação — aumentando muito a capacidadejeux 1xbetcálculo ejeux 1xbetrevisão das alterações genéticas do coronavírus."
3. Testes
Um dos grandes desafios no combate à covid-19 tem sido detectar pessoas infectadas a fimjeux 1xbetisolá-las e, assim, conter a disseminação da doença.
Sobre isso, Pita destaca "o desenvolvimentojeux 1xbettécnicasjeux 1xbetdiagnóstico muito poderosas e que usam ferramentasjeux 1xbetediçãojeux 1xbetgenes — um elemento muito importante da genética hoje".
O pesquisador reconhece que testesjeux 1xbetdiagnóstico rápido são "menos sensíveis" que os testes moleculares (PCR), e portanto muitos acabam não sendo confiáveis para a tomadajeux 1xbetdecisões, mas têm a vantagemjeux 1xbetoferecer resultados imediatos e ajudar epidemiologistas a traçar um cenário sobre o avanço (ou não) da doençajeux 1xbetdeterminadas comunidades.
Pita cita também o desenvolvimentojeux 1xbettécnicasjeux 1xbetdiagnóstico diferencial para distinguir o SARS-CoV-2jeux 1xbetoutros vírus, "o que éjeux 1xbetgrande importância para o diagnóstico correto dos doentes e, portanto, para a escolha do tratamento".
4. A corrida da vacina
O fato deste coronavírus e a doença que ele causa serem novos significa que ainda há muito desconhecimento sobre eles. Mas há algo que para os especialistas é evidente: a única maneirajeux 1xbetchegar a uma imunidade coletiva é com uma vacina.
E o sucesso disto depende do cumprimentojeux 1xbetalguns requisitos: é preciso encontrar uma candidata que se mostre eficaz, segura e passíveljeux 1xbetser administrada à populaçãojeux 1xbetforma massiva, dizem Begoña Sanz e Larrinaga.
"Se, como diz a OMS, isso acontecessejeux 1xbet2022 — embora nos pareça distante —, seria um grande sucesso, considerando o tempo que se levou para obter outras vacinas e aplicá-lasjeux 1xbetgrande parte da população mundial."
Na verdade, o prazo usual para o desenvolvimentojeux 1xbetvacinas éjeux 1xbet15 a 20 anos; agora, pode ser que cheguemos a um recordejeux 1xbetum ou um ano e meio.
Isso foi destacadojeux 1xbetum artigo publicado no mês passado no periódico JAMA e liderado por Paul Offit, um imunologista americano famoso por ter participado da criaçãojeux 1xbetuma vacina contra o rotavírus.
O texto diz que o projetojeux 1xbetuma vacina contra o SARS-CoV-2 está caminhandojeux 1xbet"velocidade vertiginosa".
Mas a novidade não está apenas no tempo, mas também nas diferentes metodologias utilizadas para o seu projeto — "algumas delas com características nunca antes consideradas", diz Pita.
"São vacinas que, tendo eficácia comprovada, representariam um processojeux 1xbetprodução industrial muito mais rápido do quejeux 1xbetvacinas com desenhos clássicos — algo muito útiljeux 1xbetuma situação como a atual (de pandemia)", afirma o pesquisador.
O artigo no JAMA explica duas novas metodologias que estão sendo utilizadas no desenvolvimento das vacinas.
Uma é o das vacinasjeux 1xbetRNA mensageiro (mRNA), que "nunca foram usadas comercialmente para prevenir infecções", afirma o artigo. É o caso dos projetos da Moderna e também da parceria entre Pfizer e BioNTech.
A outra metodologia é baseada na modificação genéticajeux 1xbetuma família do vírus da gripe comum, como vem sendo testado pela Johnson & Johnson e pela parceria entre Universidadejeux 1xbetOxford e AstraZeneca.
"Semelhante às vacinasjeux 1xbetmRNA, não existem vacinas disponíveis comercialmente para prevenir doenças humanas usando esta estratégia (da alteração genética). Seu uso clínico foi limitado a uma vacina licenciada contra a raiva animal", diz o estudo publicado no JAMA.
De acordo com Offit ejeux 1xbetequipe, vários fatores como "a natureza trágicajeux 1xbetuma pandemiajeux 1xbetcurso criaram um terreno fértil para a inovação".
"Embora o sucesso definitivojeux 1xbetuma candidata, ou candidatas, a vacina ainda seja desconhecido, as mudanças na área das imunizações que estas exigentes circunstâncias trouxeram provavelmente vieram para ficar", dizem os pesquisadores.
5. Outros tratamentos
Além da corrida por uma vacina, pesquisadores também estão dedicados ao desenvolvimentojeux 1xbettratamentos para pacientes infectados com o novo coronavírus — seja com medicamentos existentes, completamente novos, apostando no vírus como alvo ou no fortalecimento do sistema imunológico.
Há também terapiasjeux 1xbetteste que focamjeux 1xbetdiferentes fases da doença, desde as mais leves às mais graves.
A OMS monitora maisjeux 1xbet1,7 mil estudos com terapiasjeux 1xbetpotencial pelo mundo, dos quais 990 já estão recrutando pacientes para experimentos.
A organização também coordena um projeto internacional, o Solidarity, que focajeux 1xbettrês tratamentos promissores (e já existentes para outras doenças): remdesivir; lopinavir/ritonavir apenas ou associado ao interferon beta. Já foram recrutados 5,5 mil pacientes para estudos clínicosjeux 1xbet21 países. Segundo a OMS, "embora ensaios clínicos randomizados normalmente levem anos para serem elaborados e conduzidos, o Solidarity reduzirá o tempo gastojeux 1xbet80%".
6. Práticasjeux 1xbethigiene
"Outro grande avanço, não diretamente relacionado às pesquisas nos laboratórios mas que é fundamental para o futuro, é a introdução na cultura dos cidadãosjeux 1xbetcertos hábitosjeux 1xbethigiene e prevenção que ajudarão a conter este e outros surtos causados por vírus", afirmam Begoña Sanz e Larrinaga.
É o caso do usojeux 1xbetmáscaras ejeux 1xbetse evitar locais com aglomeração, principalmente fechados, quando há pessoas com sintomas gripais.
Na verdade, estudosjeux 1xbetdiferentes países já mostram que as medidas tomadas contra a covid-19 tornaram a temporadajeux 1xbetoutras doenças respiratórias virais menos extensa e mortal.
Por exemplo, uma pesquisa publicada no mês passado no periódico British Medical Journal (BMJ) analisou dados sobre resfriados, gripes e bronquitejeux 1xbet500 clínicas na Inglaterra e descobriu que,jeux 1xbetmédia, nove vezes menos casos foram registrados na comparação com os cinco anos anteriores.
7. A importância da ciência
Para Mercedes Jiménez Sarmiento, bioquímica do Centrojeux 1xbetPesquisas Biológicas Margarita Salas, na Espanha, "uma mudança profunda e resultado da pandemia é que a sociedade entendeu que a solução passa pela ciência", disse ela à BBC News Mundo.
Os cidadãos, explica, "quiseram saber sobre saúde e ciência, e fizeram-no diretamente com os especialistas. Estes, porjeux 1xbetvez, têm se esforçado para se comunicar melhor, estimulados pela busca por informaçãojeux 1xbetqualidade por parte dos jornalistas e sociedade".
Jiménez Sarmiento enfatiza que "comunicar ciência não é fácil": "São conteúdos complexos com uma linguagem segmentada. Os avanços também são lentos e com basejeux 1xbetevidências muitas vezes não óbvias, que se modificam quando surgem novas evidências. E isso é difíciljeux 1xbetaceitar".
Por isso, ela acredita que "tem havido um grande avanço mútuo da ciência e da sociedade, porque agora estão mais próximas do que nunca e devem se apoiar".
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