Os 3 diasaposta esportiva para hojeque Alfredo di Stéfano, então 'melhor jogador do mundo' ficou sequestrado na Venezuela :aposta esportiva para hoje

Crédito, AFP via Getty Images

Legenda da foto, Alfredo Di Stéfano, um dos maiores jogadoresaposta esportiva para hojefutebol da história,aposta esportiva para hojefotoaposta esportiva para hoje1956

- Há policiais aqui que querem fazer algumas perguntas ao senhor e pedem que o senhor desça.

- Se eles querem falar comigo, deixe-os subir.

E desligou.

O argentino Alfredo Di Stéfano, considerado o melhor jogadoraposta esportiva para hojefutebol da época, achou que fosse um troteaposta esportiva para hojeseus companheiros do Real Madrid, diz Alfredo Relaño, presidente honorário do jornal esportivo espanhol AS e co-autoraposta esportiva para hojeGracias, vieja, o livroaposta esportiva para hojememóriasaposta esportiva para hojeDi Stéfano.

Em alguns minutos, Di Stéfano ouviria uma batida na portaaposta esportiva para hojeseu quarto. Quando o jogadoraposta esportiva para hojefutebol a abriu, se deparou com um funcionário do hotel e três homens que se identificaram como policiais. Eles lhe explicaram que queriam fazer algumas perguntas e pediram para que ele os acompanhasse.

Seu companheiroaposta esportiva para hojetime José Emilio Santamaría, que estava no quarto ao lado, ouviu o que estava acontecendo e entrou por uma porta que dividia os dois ambientes.

Crédito, AFP via Getty Images

Legenda da foto, Di Stéfano morreu aos 88 anosaposta esportiva para hojeMadri, na Espanha,aposta esportiva para hoje7aposta esportiva para hojejulhoaposta esportiva para hoje2014

"Ele disse: 'Espere. Vamos avisar alguém do clube antesaposta esportiva para hojevocê descer'. Mas Di Stéfano disse que não e preferiu descer", lembra o jornalista espanhol.

Santamaría os observou partir. Os homens colocaram Di Stéfanoaposta esportiva para hojeum carro e o informaram se trataraposta esportiva para hojeum sequestro.

Espanhaaposta esportiva para hojesuspense

"Eles o vendaram. Disseram-lhe para ficar calmo, que não ia acontecer nada com ele. A partir daquele momento, eles o levaram a lugares diferentes: primeiro a um apartamento, depois a uma casaaposta esportiva para hojecampo, por fim a um outro apartamento, já no centro da cidade. Ele, vendado, não conseguiu identificar as rotas", escreveu Relañoaposta esportiva para hoje2013,aposta esportiva para hojeum artigo no jornal espanhol El País.

"Às 13h, um porta-voz da organização subversiva Forças Armadasaposta esportiva para hojeLibertação Nacional (FALN) ligou para o hotel" e informou: "Di Stéfano está bem, que não sofrerá nenhuma agressão e que o libertarão assim que o sequestro obtiver publicidade suficiente".

Relaño tinha 12 anos quando ocorreu o sequestro. "Lembro que meu pai trabalhava à noite no hotel Palaceaposta esportiva para hojeMadrid e quando chegouaposta esportiva para hojemanhã me contou sobre o ocorrido", diz ele.

"Me impressionou muito. Por três dias, toda a Espanha ficouaposta esportiva para hojesuspense", acrescenta.

"Ele foi o jogadoraposta esportiva para hojefutebol mais famoso do mundo. Esteve na capa da revista americana Time. Já havia ganhado cinco Copas da Europa,aposta esportiva para hoje1956 a 1960."

O Real Madrid, um dos clubes mais importantes do mundo, estava na Venezuela para disputar um amistosoaposta esportiva para hojegrande prestígio. Era a chamada "Pequena Taça do Mundo".

Crédito, Allsport Hulton/Archive/Getty Images

Legenda da foto, Di Stéfano era muito popular no fim dos anos 1950 e início dos anos 1960

Di Stéfano, estrela da seleção espanhola, havia passado pelo River Plate e Huracán, da Argentina, e Millonarios, da Colômbia. Era considerado um ídolo na região.

'Ninguém pode entrar ou sair'

O jornalista venezuelano Alex Candal não era nascido quando ocorreu o sequestro, mas, quando fala desse episódio, dá tantos detalhes que parece que viveu naquela épocaaposta esportiva para hojeCaracas.

Ele descreve o hotel ("com o interioraposta esportiva para hojeestilo art déco"), o salãoaposta esportiva para hojebeleza que ficava no térreo ("muito famoso e gigantesco"), o bairro (San Bernardino), a padaria que ficava nas proximidades e, mais ainda, as emoções.

E é fácil descobrir por que Candal tem essas memórias. O jornalista, que trabalha no canalaposta esportiva para hojeTV DirecTV Sport, é filho do famoso comentaristaaposta esportiva para hojefutebol espanhol Lázaro Candal, que atuou por décadas na Venezuela.

Quando ocorreu o sequestro, Lázaro era correspondente do diário esportivo espanhol Marca na Venezuela e também escrevia para o jornal venezuelano El Mundo.

A mulheraposta esportiva para hojeLázaro, mãeaposta esportiva para hojeCandal, trabalhava no salãoaposta esportiva para hojebeleza do Hotel Potomac e seu tio (um irmão dela),aposta esportiva para hojeuma padaria próxima.

Logo após o incidente, as autoridades ordenaram o fechamento do salãoaposta esportiva para hojebeleza. "Minha mãe descobriu o que aconteceu quando disseram a ela: 'Ninguém pode entrar ou sair porque acabaramaposta esportiva para hojesequestrar um jogadoraposta esportiva para hojefutebol chamado Di Stéfano'", diz Candal.

Crédito, Real Madrid via Getty Images

Legenda da foto, Di Stéfano era um dos jogadores mais prolíficos do Real Madrid

"Aindaaposta esportiva para hojepânico, ela imediatamente ligou para meu pai e meu irmão e contou a eles sobre o ocorrido. 'Estou apavorada, porque eles não me deixam sair do salão. A polícia está aqui'."

"Ou seja, meu pai conseguiu dar o furo sobre a notícia, porque minha mãe lhe contou. Ele pediu para ela se acalmar: 'Vou pra aí."

"Mas, primeiro, ele ligou para a redação do Marcaaposta esportiva para hojeMadri e disse: 'Acabaramaposta esportiva para hojesequestrar para Di Stéfanoaposta esportiva para hojeCaracas'".

Segundo Candal, o jornal venezuelano El Mundo estampou naquela mesma tarde a notícia emaposta esportiva para hojeprimeira página. Seu pai estava na redação no momento do telefonemaaposta esportiva para hojesua mãe.

"Quando minha mãe contou para meu tio, ele contou para seu colegaaposta esportiva para hojetrabalho, que respondeu: 'Foi Paulito.'

'Paulito'

Não que o colega do tioaposta esportiva para hojeCandal soubesse do plano. Na verdade, seu tom eraaposta esportiva para hojelamento. Era mais uma intuição, um medo.

"Paulito", a que se referia o colegaaposta esportiva para hojetrabalho do tioaposta esportiva para hojeCandal, era seu próprio filho: Paúl del Río, que havia ingressado na luta revolucionária.

Del Río foi o guerrilheiro, conhecido pelo pseudônimo Máximo Canales, que liderou o sequestroaposta esportiva para hojeDi Stéfano. "Naquela época ele era um menino, tinha cercaaposta esportiva para hoje19 anos e já havia ingressado na luta armada", conta Candal.

Ao deixar a Espanha, seus pais foram para Cuba, onde ele nasceu, e depois para a Venezuela. Seu pai foi "um anarquista que teve que deixar seu país no exílio".

"Paúl cresceu imbuídoaposta esportiva para hojeideiasaposta esportiva para hojeesquerda. A queda da ditadura e o triunfo da Revolução Cubana fizeram dele um protótipo do Bom Revolucionário", escreveu Candalaposta esportiva para hojeDisculpen las molestias, es Fútbol a mi manera ("Desculpem o transtorno, é futebol do meu jeito",aposta esportiva para hojetradução livre para o português).

Na verdade, Relaño reflete sobre as semelhanças entre o sequestroaposta esportiva para hojeDi Stéfano e o do melhor pilotoaposta esportiva para hojeFórmula 1 da época: Juan Manuel Fangio,aposta esportiva para hoje1958,aposta esportiva para hojeHavana, pelo grupo revolucionário Movimento 26aposta esportiva para hojeJulho.

A famíliaaposta esportiva para hojeCandal e a do sequestradoraposta esportiva para hojeDi Stéfano se conheciam há anos, como membros da comunidade espanhola. "A surpresa quando meus pais voltaram para casa é que eles sabiam quem foi, o que acrescentou mais drama à história. Eles disseram: 'Mas meu Deus, como esse garoto entrou nisso se seu pai é um homemaposta esportiva para hojebem? Esse menino pode ser meu filho e está se envolvendo com coisas revolucionárias", diz o jornalista venezuelano.

'Que susto'

A promessaaposta esportiva para hojeos sequestradoresaposta esportiva para hojetratar bem Di Stéfano foi mantidaaposta esportiva para hojetodos os momentos.

Crédito, Cortesia: Alex Candal

Legenda da foto, Lázaro Candal, um dos mais queridos comentaristasaposta esportiva para hojefutebol da Venezuela, e Alfredo Di Stéfano,aposta esportiva para hojefotoaposta esportiva para hoje1982

"Di Stéfano diz que quando a venda foi retirada, a primeira coisa que viu foram muitos quadros. Ele percebeu que estavaaposta esportiva para hojeum apartamento cheioaposta esportiva para hojequadros" , diz Candal. Era a casaaposta esportiva para hojeDel Río, e essas eram suas obras. Ele era um pintor.

O jornalista venezuelano diz que os sequestradores colocaram telas nas janelas para que Di Stéfano não pudesse olhar para fora e ver onde estava.

Anos depois,aposta esportiva para hojeoutra coincidência, Candal e Di Stéfano se encontrariamaposta esportiva para hojenovo, porque juntos cobriram as Copas 78 e 82 para uma emissora venezuelana.

"O meu pai era o narrador dos jogos e o Di Stéfano, o comentarista. Estabeleceram uma grande amizade, e o meu pai lhe disse que conhecia o paiaposta esportiva para hojePaúl e Paúl desde pequeno."

"E o Di Stéfano lhe respondeu: 'Que susto ele me deu. Abri a porta do quarto porque ele me disse que era policial. Vi três rapazes. Puseram-me no carro. Mas trataram-me bem, alimentaram-me muito bem: alguns sanduíches realmente bons e, depois, jogamos xadrez. "

Mas Di Stéfano nunca negou que foi uma experiência traumática. "Ele disse ao meu pai que ficou totalmente apavorado, porque nunca imaginou que isso pudesse acontecer com ele", conta Candal.

O craque também confidenciou a Relaño: "Passei muito mal".

"Para fazer com que o libertassem, Di Stéfano disse aos sequestradores que seus pais tinham problemasaposta esportiva para hojecoração e que poderiam morrer por causa do que estava acontecendo."

"Seu principal temor era que a polícia chegasse e houvesse trocaaposta esportiva para hojetiros e ele se ferisse ou morresse", diz Candal.

Cachorros-quentes e paella

Seus sequestradores, especialmente Del Río, reiteraram a Di Stéfano que nada lhe aconteceria, que só queriam chamar a atenção paraaposta esportiva para hojecausa.

Crédito, Alfredo Relaño

Legenda da foto, Alfredo Relaño, jornalista esportivo, junto com Di Stéfano

"Durante o dia, o apartamento era frequentado pelos mandantes (do sequestro) e alguns intelectuaisaposta esportiva para hojeesquerda, e, à noite, alguns moleques com grandes metralhadoras", diz Relaño.

Houve tempo para jogar cartas e dominó: "Apostaram atéaposta esportiva para hojecavalosaposta esportiva para hojecorrida porque Di Stéfano gostavaaposta esportiva para hojecavalos".

Deixaram-no ouvir o jogo entre Real Madrid e Porto no rádio. Di Stéfano comeu cachorro quente e "até uma paella".

Mas nada parecia tranquilizá-lo. Até pensouaposta esportiva para hojefugir, como o próprio Di Stéfano contou no documentário El secuestroaposta esportiva para hojela Saeta (apelido pelo qual era conhecido, La Saeta Rubia, ou A Flecha Loira), da emissora ESPN.

"Estavaaposta esportiva para hojeum quarto,aposta esportiva para hojeum pequeno apartamentoaposta esportiva para hojeCaracas, que era uma quitinete. Não tirei os sapatos nem a roupa. Estava vendo se conseguia escapar. Felizmente, não. Mas tive a intenção."

Mas Di Stéfano temia que, se tentasse fugir, poderia ser morto.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Notíciaaposta esportiva para hojesequestro foi duro golpe para famíliaaposta esportiva para hojeDi Stéfano na Espanha e na Argentina

Libertação

Depoisaposta esportiva para hojetrês dias, ele foi informado que seria libertado. "Eles trocaram as roupas que ele vestia, tentaram raspar seu cabelo, para ficar menos reconhecível, mas Di Stéfano os dissuadiu ("se eu quase não tenho cabelo, ainda mais loiro!"), Eles mudaramaposta esportiva para hojeideia e colocaram um chapéu nele", escreveu Relañoaposta esportiva para hojeseu artigo.

O jornalista conta que Di Stéfano até pediu uma pistola para o casoaposta esportiva para hojeum tiroteio. "Não quero morrer como um coelho", disse ele. Mas eles não lhe deram nada e o vendaram novamente.

Di Stéfano foi colocadoaposta esportiva para hojeum veículo. Depoisaposta esportiva para hojealgum tempo, os sequestradores pararam e abriram a portaaposta esportiva para hojeuma avenida no centroaposta esportiva para hojeCaracas. "Ele desceu, correu e foi para trásaposta esportiva para hojeuma árvore. Estava com muito medo. Não sabia se iam matá-lo", diz Relaño.

Ele pegou um táxi e conseguiu chegar à embaixada espanhola. "Quando ele chegou, viu a placa que dizia: 'Aberta das 10h às 14h'. Ele olhou para o relógio, e eram 14h10. E começou a tocar a campainha sem parar e só parou quando abriraram a porta", diz Relaño.

Ele foi reconhecido imediatamente e levado para dentro. Relaño conta que telefonaram para o hotel e para a famíliaaposta esportiva para hojeDi Stéfano na Espanha e na Argentina.

A boa nova se espalhou. Mais uma vez, uma notícia relacionada à estrela do futebol correu o mundo.

Crédito, Gamma-Keystone via Getty Images

Legenda da foto, Chegadaaposta esportiva para hojeDi Stéfano Madrid. Sua esposa, Sara, e seus três filhos estavam esperando por ele

A partida

Di Stéfano deu uma entrevista coletiva a jornalistas na qual parecia muito tenso. Posteriormente, explicou por quê: "Entre os policiais que viu ali, reconheceu dois dos sequestradores. Eles estavam infiltrados dentro da polícia", diz Relaño. Ninguém foi preso.

Após o sequestro, Santiago Bernabéu, presidente do Real Madrid, pediu-lhe para jogar a próxima partida, que seria contra o São Paulo. Em 28aposta esportiva para hojeagosto, Saeta entrouaposta esportiva para hojecampo e foi aplaudidoaposta esportiva para hojepé. "Ele jogou o primeiro tempo, embora estivesse muito nervoso", diz Relaño.

O São Paulo se sagrou campeão, e o Real Madrid deixou a Venezuela. No aeroporto da capital espanhola, Di Stéfano não foi apenas aguardado com ansiedade pela mulher Sara e os filhos, mas também por uma multidãoaposta esportiva para hojefãs.

Em 1982, conta Candal,aposta esportiva para hojefamília aceitou o convite para passar alguns dias na casa do craque,aposta esportiva para hojeMadri. "Paúl del Río presenteou Di Stéfano com seus quadros anos depois", conta o jornalista.

"Mas não foi para pedir perdão. Era um sinalaposta esportiva para hojequeaposta esportiva para hojeintenção não era prejudicá-lo, que se tratouaposta esportiva para hojeuma ação para fazer barulho", disse Del Río a Candal quando este o entrevistou muitos anos depois e falaram sobre o sequestro e seu "idealismo" daqueles anos.

O ex-guerrilheiro se dedicou à pintura e à arte. Décadas depois, por ocasiãoaposta esportiva para hojeum filme do próprio Real Madrid sobre o sequestro, os dois foram convidados para a estreia.

"(Os idealizadores) queriam um apertoaposta esportiva para hojemão como uma espécieaposta esportiva para hojeelemento publicitário para o filme, mas Di Stéfano não quis porque se lembrou do medo pelo qual passou e também experimentado por seus pais e familiares", lembra Relaño.

O que estava acontecendo na Venezuela?

Relaño lembra que,aposta esportiva para hojeuma partida anterior ao sequestro, jogadores do Real Madrid ouviram tiros e tumultos fora do estádio. "O intervalo durou 40 minutos enquanto a polícia controlava a situação", diz ele.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Rómulo Betancourt é considerado um dos pais da democracia venezuelana

Agustín Blanco Muñoz, professor do Centroaposta esportiva para hojeEstudosaposta esportiva para hojeHistória Atual da Universidade Central da Venezuela, explica que, para entender o sequestroaposta esportiva para hojeDi Stéfano, é importante lembrar queaposta esportiva para hoje1959 a 1963, o país viveu um períodoaposta esportiva para hojegrande violência política.

"Estamosaposta esportiva para hojepleno processo do que se chamouaposta esportiva para hojeluta armada, que teve um componente fundamental: uma violência governamental muito bem estruturada, tanto no aparelho político quanto no militar. E, por outro lado, as chamadas forças revolucionárias que foram concebidas pela improvisação e por práticas que não surtiram efeito nem na luta armada urbana nem rural."

Segundo o historiador, o confronto começou quando o então presidente Rómulo Betancourt declarou, emaposta esportiva para hojeposse,aposta esportiva para hoje1959, que o Partido Comunista (PCV, na siglaaposta esportiva para hojeespanhol) era inimigo da democracia e, portanto, estava banido da política.

O PCV,aposta esportiva para hojefato, lutou ao lado das principais forças políticas na Venezuela e desempenhou um papel importante na derrubada da ditadura do general Marcos Pérez Jiménezaposta esportiva para hoje1958. Mas, com a decisãoaposta esportiva para hojeBetancourt, essa organização "se desesperou" e optou pela violênciaaposta esportiva para hoje1961, explica Muñoz.

Crédito, Gamma-Keystone via Getty Images

Legenda da foto, Início da décadaaposta esportiva para hoje1960 na Venezuela viu surgir movimentosaposta esportiva para hojeesquerda, alguns inspirados na Revolução Cubana

Os guerrilheiros urbanos

Antes,aposta esportiva para hoje1960, surgiu o Movimentoaposta esportiva para hojeEsquerda Revolucionária, que emergiu do partido governista Ação Democrática (AD). O PCV uniu forças com este novo movimento.

A esquerda da época também queria um golpe militar, graças aos seus vínculos com as forças castristas, assinala Muñoz. Duas tentativas fracassaramaposta esportiva para hoje1962, anoaposta esportiva para hojeque surge o slogan: "Nuevo gobierno ya" ("Novo governo já",aposta esportiva para hojetradução livre).

Mas a guerrilha urbana e rural não avançou o suficiente, e, no finalaposta esportiva para hoje1962, foi proclamada a longa e prolongada luta, que durou até 1963, ano eleitoral.

"A esquerda precisava mostrar que ainda tinha força, apesaraposta esportiva para hojeestar muito fragilizada pela repressão e pelos fracassos militares", afirma Muñoz.

"Agora diziam que o inimigo fundamental não era o governoaposta esportiva para hojeBetancourt, mas o imperialismo que impedia o avanço para estabelecer o socialismo", acrescenta.

Foi assim que,aposta esportiva para hoje1963, ações como sequestrosaposta esportiva para hojefiguras públicas se intensificaram. Foram vários, mas oaposta esportiva para hojeDi Stéfano foi o que mais repercutiu internacionalmente.

Candal reflete: "Di Stéfano seria atualmente o equivalente a Messi. Imagine que Messi está na Venezuela e é sequestrado. A repercussão seria surreal. Di Stéfano foi o melhor jogador do mundo, disputado pelos grandes times, foi um ídolo, uma estrela".

Não por menos,aposta esportiva para hoje7aposta esportiva para hojejulhoaposta esportiva para hoje2014, no diaaposta esportiva para hojesua morte, aos 88 anos, o Real Madrid o descreveu como "o melhor jogadoraposta esportiva para hojetodos os tempos".

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