O atoesportesdasorte grátisheroísmo que evitou tragédia com carga explosiva como aesportesdasorte grátisBeirute no Brasil:esportesdasorte grátis

Então governadoresportesdasorte grátisPernambuco, Roberto Magalhães foi acordado aindaesportesdasorte grátismadrugada por um oficial da Polícia Militar.

"Ele me comunicou que havia ocorrido a explosão e que eu deveria deixar o Palácio", conta à reportagem.

Magalhães foi o último governador a morar no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, junto com a esposa, Jane, e os quatro filhos.

"Ele disse que, se houvesse outra explosão, ou se o fogo chegasse aos outros dois navios, o raioesportesdasorte grátisação seriaesportesdasorte grátiscinco quilômetros. E o Palácio estava a menosesportesdasorte grátismil metros,esportesdasorte grátislinha reta, do cais", lembra.

Iminênciaesportesdasorte grátisexplodir

Os bombeiros foram acionados por voltaesportesdasorte grátis1h30 da madrugada. Enquanto dez homens combatiam as chamas, três oficiais da guarniçãoesportesdasorte grátisresgate subiram engatinhando pelas cordas que prendiam o navio ao porto para resgatar um jovem desacordadoesportesdasorte grátisuma das cabines.

"Nós estávamosesportesdasorte grátiscima do navio que estava na iminênciaesportesdasorte grátisexplodir", afirma o coronel Leonardo Paiva, na época um aspirante a oficial recém saído da academia.

"Só quando chegamos ao local, percebemos o risco daquela situação. O Brum era o grande depósitoesportesdasorte grátistodas as empresasesportesdasorte grátiscombustívelesportesdasorte grátisPernambuco. Nós tínhamos apenas duas viaturas pequenas, sem água suficiente para combater aquele incêndio", lembra.

Eles conseguiram uma bomba do próprio porto para abastecer os caminhões dos bombeiros com água drenada do mar que era, então, usada para apagar o fogo no navio.

"Estava tão quente que o solo dos nossos coturnos se desfez. Nós não tínhamos roupaesportesdasorte grátisaproximação, nem máscara. O capacete não tinha viseira. Nós respirávamos por meioesportesdasorte grátistoalhas molhadas", diz Paiva.

Às 4h da manhã, o comandante do navio avisou aos bombeiros que o riscoesportesdasorte grátisexplosão era iminente e eles começaram a tentar evacuar o Bairro do Recife, onde o porto está sediado.

A essa altura, o prático da barra Nelcy da Silva Campos já havia chegado ao porto. Os práticos trabalham guiando os navios na chegada e na saída dos portos. Nelcy já havia trabalhado no sábado pela manhã, mas foi o único a ir até o local do incêndio. O amigo Luiz Augusto Correiaesportesdasorte grátisAraújo, hoje aos 80 anos, diz que ele tinha uma "coragem inusitada".

A única saída para evitar um desastre era levar o petroleiro para alto-mar.

"Antesesportesdasorte grátistirar o navio que estava pegando fogo, ele teve que tirar o da frente e botar a 400 metrosesportesdasorte grátisdistância. Depois, voltou para fazer o mesmo com o que estava atrás. Para evitar que o fogo se espalhasse para os outros dois petroleiros", conta Nelcy Campos Filho, primogênito do prático, que tinha 27 anos na época.

Horasesportesdasorte grátisincêndio

Naquele dia, a mãe dele, Luiza, acordou o filho às 3h. A família morava no Espinheiro, a maisesportesdasorte grátiscinco quilômetros do porto, mas era possível avistaresportesdasorte grátislá as chamas do navio no meio da noite.

Depoisesportesdasorte grátisafastar os outros dois petroleiros, Nelcy pai amarrou um rebocador à parte dianteira do navio. A essa altura, não havia mais resfriamento e a operação era delicada. O prático levou o Jatobá, aindaesportesdasorte grátischamas, para uma distânciaesportesdasorte grátisquatro milhas (aproximadamente seis quilômetros) da costa. Nelcy morreria cinco anos depois.

Em 2003, ele ganhou um busto da Marinha que, hoje, estáesportesdasorte grátisfrente ao Terminal Marítimoesportesdasorte grátisPassageiros do Porto do Recife.

O incêndio no Jatobá, porém, durou outras 15 horas. Aos poucos, a correnteza levou o navio para o Forteesportesdasorte grátisPau Amarelo,esportesdasorte grátisPaulista, município do Litoral Norteesportesdasorte grátisPernambuco, a 20 quilômetros do porto. Luiz Augusto foi encarregadoesportesdasorte grátisir até lá com o rebocador para garantir que o navio não causasse risco às pessoas que estavam na praia.

"Enquanto nós nos aproximávamos, começou a cair um temporal. A chuva era tão forte que a gente não via um metro adiante. O navio parecia apenas uma velinha à distância. Até que a chama apagou. Um marinheiro mais corajoso caiu na água e amarrou o navio ao rebocador. E ele voltou ao Recife", lembra.

O episódio levou Roberto Magalhães a determinar a transferência do parqueesportesdasorte grátistancagem para o Portoesportesdasorte grátisSuape, 53 quilômetros ao sul do Recife. Nelcy foi reconhecido como herói local e ganhou a maior comenda do governo do Estado.

Em 2004, a Câmara do Recife deu o nome dele ao terminal marítimoesportesdasorte grátispassageiros do Porto do Recife. O espaço, porém, foi refeito entre 2011 e 2013 e o nome foi retirado.

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