Altruísmo ou egoísmo? As verdadeiras razões pelas quais as pessoas doam para caridade:sorteonline quina

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Legenda da foto, Qual a melhor maneirasorteonline quinaencorajar doações?

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Legenda da foto, Ecomomista Adam Smith dizia que as pessoas eram movidas por interesse próprio, não por altruismo

Caridade se tornou um grande negócio, embora seja difícil saber o tamanho exato— há poucas estatísticas sobre isso.

Um estudo recente estima que os britânicos doam 54 centavossorteonline quinalibra esterlinasorteonline quinacada £ 100 que possuem (R$ 535,90). Isso é três vezes mais que os alemães, mas apenas um terço do que os americanos doam.

O valor doado pelos britânicos é equivalente ao que eles gastam com cerveja, não muito menos do que gastam com carne e três vezes mais que o gasto na comprasorteonline quinapão. Ou seja,sorteonline quinatermossorteonline quinaimportância econômica, as instituiçõessorteonline quinacaridade estãosorteonline quinaigualdade com o açougueiro, o cervejeiro e o padeiro.

Segundo relatóriosorteonline quina2019 do Charities Aid Foundation, no Brasil, setesorteonline quinacada 10 pessoas doaram dinheiro nos últimos 12 meses a uma organização social, igreja ou organização religiosa.

O mestre da estratégiasorteonline quinaobter doações

A caridade é tão antiga quanto a humanidade. O costume religioso do dízimo -sorteonline quinadoar 10% dos salários para causas da igreja - faz o valorsorteonline quina54 centavossorteonline quinalibrasorteonline quinacada £ 100 parecer irrisório.

Mesmo assim, a verdade é que diferentes impostos e contribuições substituíram o dízimo na vida moderna e muitas organizaçõessorteonline quinacaridade não têm a vantagemsorteonline quinadizer que falamsorteonline quinanomesorteonline quinaDeus.

Elas precisam ser profissionaissorteonline quinatermossorteonline quinapersuasão. E há um homem considerado o pai desse setor: Charles Summer Ward.

No final do século 19, ele começou a trabalhar na Associação Cristãsorteonline quinaMoços (YMCA, na siglasorteonline quinainglês). Ward era um "homemsorteonline quinatamanho médio, tão sutil nos seus modos" que ninguém suspeitaria do seu podersorteonline quinalevantar fundos, resume o jornal New York Post.

Essa capacidade singular foi reconhecida pela primeira vezsorteonline quina1905, quando seus empregadores o enviaram a Washington DC para angariar fundos para a construçãosorteonline quinaum novo prédio.

Crédito, ward dreshman & reinhardt inc

Legenda da foto, Charles Summer Ward é considerado um grande estrategista na 'arte'sorteonline quinaobter doações para causas e instituiçõessorteonline quinacaridade

Ward encontrou um rico doador para fazer uma grande contribuição, sob a condiçãosorteonline quinaque o público complementasse o restante. Ele, então, estabeleceu um prazo fictício para que isso acontecesse e conseguiu os recursos no tempo previsto.

Ward passou a aplicar amplamente seus métodos— estabelecimentosorteonline quinaum deadline, prazo delimitado para a campanha, monitoramento e divulgação do progresso dessa campanha, e estratégiassorteonline quinapublicidade calculadas militarmente.

Nos tempos atuais, esses métodos soam familiares, mas quando Ward foi a Londressorteonline quina1912, eles eram novidade.

O jornal The Times se impressionou com "seu conhecimento da natureza humana esorteonline quinaperspicaz aplicaçãosorteonline quinaprincípiossorteonline quinanegócios para assegurar vantagens num momento psicológico".

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Legenda da foto, Ward usou técnicas pioneiras para obter doações para a construçãosorteonline quinadois prédios do YMCAsorteonline quinaNova York, no início do século 20

A Primeira Guerra Mundial trouxe mais inovações: loterias e dias da bandeira, que se assemelham às atuais pulseiras, broches e adesivos que demonstram que você doou algum dinheiro.

Em 1924, Ward tinha uma empresasorteonline quinalevantamentosorteonline quinafundos e divulgava o quanto havia conseguidosorteonline quinadoações para todo tiposorteonline quinasetor,sorteonline quinaescoteiros a templos maçons.

Para os herdeiros modernossorteonline quinaCharles Summer Ward, o que conta como "aplicação perspicazsorteonline quinaprincípiossorteonline quinanegócios"?

Podemos obter pistassorteonline quinaexecutivossorteonline quinamarketing entrevistados pelo jornal britânico The Guardian. Imagenssorteonline quinacrianças com fome não alcançam tantas curtidas nas redes sociais, dizem. Em vez disso, invistasorteonline quinaconstruir uma marca,sorteonline quinaengajamento e entretenimento.

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Legenda da foto, Durante as guerras mundiais, bandeiras eram vendidas por senhoras para angariar fundos. Na foto, duas senhoras vendem artigos no Dia do Soldado,sorteonline quinamaiosorteonline quina1917

O que nos motiva doar?

Economistas também têm pesquisado o que motiva alguém fazer uma doação. A teoria da "sinalizaçãosorteonline quinaaltruísmo" diz que doamos para impressionar outras pessoas.

Isso pode ajudar a explicar a popularidadesorteonline quinapulseiras, broches e adesivos — eles mostram ao mundo não apenas as causas que importam para nós, mas também a nossa generosidade.

Há também uma teoria que diz que doamos para nos sentir bem ou menos culpados.

Mas investigações empíricas dessas ideias produziram resultados decepcionantes. O economista John List e seus colegas mandaram pessoas baterem nas portassorteonline quinacasas. Alguns pediram doação, outros venderam bilhetessorteonline quinaloteria para a mesma causa nobre.

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Legenda da foto, Essas pulseirassorteonline quinaborracha indicam que a pessoa fez uma doação para uma causa ou instituiçãosorteonline quinacaridade

Os bilhetessorteonline quinaloteria renderam mais, o que não surpreendeu. Mas os pesquisadores também descobriram que mulheres jovens e atraentes pedindo doações obtinham resultados tão bons quanto os dos que venderam bilhetessorteonline quinaloteria.

O estudo destaca que esse desempenho se deu principalmente quando homens atenderam as campainhas.

Esse resultado reforça a teoria da "sinalizaçãosorteonline quinaaltruísmo" — neste caso fica claro quem os homens que doaram queriam impressionar ao concordar com a contribuição.

Outro economista, James Andreoni, estudou a teoria segundo a qual doamos para nos sentir bem. Ele perguntou o que aconteceu com doações particulares após uma instituição começar a ganhar subsídios do governo.

A tese dele era asorteonline quinaque, se os doadores davam dinheiro puramente pelo desejo altruístasorteonline quinagarantir o funcionamento da instituiçãosorteonline quinacaridade, então as doações seriam desviadas para outras causas nobres quando o subsídio entrassesorteonline quinavigor.

Mas isso não aconteceu, o que sugere, segundo Andreoni, que as doações não eram puramente altruísticas.

Agora, se as instituições estão vendendo a possibilidadesorteonline quinao doador se sentir bem consigo mesmo, isso não daria a elas grandes incentivos para,sorteonline quinafato, fazer algosorteonline quinaútil. Elas só precisariam saber vender uma boa história.

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Legenda da foto, O piloto da Fórmula 1 Daniel Ricciardo participou,sorteonline quina2014, do desafio do baldesorteonline quinagelo, que conseguiu angariar maissorteonline quinaUS$ 115 milhões para pesquisas sobre a doença degenerativa ELA

Efetividade

Algumas pessoas, ao decidir sobre fazer ou não uma doação, obviamente levam muito a sério a eficácia e o bem que as instituiçõessorteonline quinacaridade fazem. Há movimentos que advogam pelo "altruísmo efetivo", como o GiveWell (Doe Bem,sorteonline quinaportuguês), que estuda a eficáciasorteonline quinainstituiçõessorteonline quinacaridade e recomenda as que aparentemente merecem nosso dinheiro.

Os economistas Dean Karlan e Daniel Wood estudaram se a comprovaçãosorteonline quinaeficácia,sorteonline quinafato, aumenta a angariaçãosorteonline quinafundos.

Eles enviaram a doadoressorteonline quinauma instituição uma correspondência com a história emocionantesorteonline quinauma beneficiária chamada Sebastiana. "Ela não conheceu nada alémsorteonline quinapobreza abjeta durante toda a vida", dizia o panfleto.

Outros doadores receberam a mesma história com um parágrafo adicional dizendo que "rigorosos métodos científicos" confirmaram o impacto da instituição.

O resultado? Algumas pessoas que antes contribuíram com grandes doações pareceram impressionadas e doaram quantias ainda maiores. Mas a soma total não foi maior, porque pequenos doadores deram menos dinheiro.

O mero fatosorteonline quinamencionar ciência parece ter atenuado o apelo emocional, afetando o efeito potencialsorteonline quinadoar para "se sentir bem consigo mesmo" ou "menos culpado".

Isso pode explicar o motivo do GiveWell não testar grandes instituiçõessorteonline quinacaridade como Oxfam, Save the Children e World Vision.

O autor desse texto escreve para a coluna Economista Disfarçado, do jornal britânico Financial Times. O programa 50 That Made the Modern Economy é transmitido pelo serviço mundial da BBC.

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