Por que há mais pombos com pés mutilados pertobet365betanosalõesbet365betanobeleza:bet365betano

Jiguet é professorbet365betanobiologia da conservação no Museubet365betanoHistória Naturalbet365betanoParis e principal autorbet365betanoum estudo sobre o assunto recém-publicado na revista Biological Conservation. A pesquisa estabelece uma correlação surpreendente entre os pombos e fiosbet365betanocabelo.

O númerobet365betanopombos com pernas mutiladas é maior nos distritos urbanos, onde há mais salõesbet365betanocabeleireiros.

Para chegar a essa conclusão, Jiguet e seus colegas tiveram uma contribuição inesperada.

Carrinhobet365betanobebê

"Inicialmente, o estudo surgiu porque eu sou um observador das aves e vi que as mutilações nas pernas dos pombos tinham uma causa principal e mecânica: seus dedos se enredam com fios ou cabelos humanos", disse Jiguet à BBC News Mundo, serviçobet365betanoespanhol da BBC.

O cientista, então, decidiu medir quantos pombos sofreram mutilaçõesbet365betano46 distritosbet365betanoParis.

"Estávamos procurando um indicadorbet365betanoatividades humanas que influenciassem a quantidadebet365betanocabelos nas ruas."

A inspiração veiobet365betanoum lugar inesperado: um carrinhobet365betanobebê.

"A ideia foi da minha colega Karine Princé, coautora do estudo. Quando ela teve seu primeiro filho, moravabet365betanoum bairro com muitos cabeleireiros e percebeu que quando saía com o bebê, as rodas do carrinho costumavam ficar presas com pelos ou fios."

Cabelos por toda parte

Jiguet explicou por que os fios podem ser tão prejudiciais aos pombos.

"Os pombos andam constantementebet365betanobuscabet365betanocomida. Às vezes, ficam presos aos cabelos ou fios que estão no chão, e quanto mais andam ou movem as pernas para tentar se livrar desse desconforto, mais se enroscam."

"Os cabelos ou fios acabam prendendo os dedos a tal ponto que cortam a circulação. Então, ocorre uma necrose ou morte dos tecidos e o dedo cai."

As mutilações são mais comunsbet365betanopombos, simplesmente porque esses pássaros andam mais na calçada do que outros pássaros.

E, normalmente, na calçada há pelosbet365betanoabundância.

"Os cabeleireiros colocam os restosbet365betanocabelosbet365betanosacosbet365betanolixo que acabam sendo jogados na rua. Esses sacos também se rompem (e espalham os cabelos)", disse Jiguet.

"Além disso, se você cortar o cabelobet365betanoalguém embet365betanocasa, verá que é muito difícil coletar todos os fios. Nos cabeleireiros, os cabelos também voam para a rua quando a porta é aberta."

E, certamente, quando deixamos um desses lugares após um corte, continuamos espalhando cabelos ao caminhar.

Um dos lugares mais perigosos para os pombos, segundo Jiguet, são feiras abertasbet365betanoalimentos, porque, no final da atividade comercial, os pombos vão ao localbet365betanobuscabet365betanoalimentos no chão, onde também há muitos pelos e fios.

Apesarbet365betanoo estudo ter sido realizadobet365betanodistritosbet365betanoParis, o cientista diz que a lógica vale para muitos outros centros urbanos.

'Pombos são vítimas'

A melhor resposta para o problema da mutilaçãobet365betanopombos é promover a criaçãobet365betanomais espaços verdes,bet365betanoacordo com Jiguet.

"Nos parques, os pombos andam na grama. Lá também vão à procurabet365betanorestosbet365betanocomida, mas não encontram tantos cabelos quanto na calçada."

Mas o que podemos fazer se virmos um pombo com os dedos machucados? Sobre esse assunto, a BBC News Mundo consultou a Sociedade Real para a Proteçãobet365betanoAnimais da Crueldade no Reino Unido.

"O lixo jogadobet365betanoforma descuidada por seres humanos nas cidades, com pedaçosbet365betanofios, cabelos, redesbet365betanopesca ou elásticos, acaba preso nas pernas dos pombos. Às vezes, eles recolhem esses alimentos para seus ninhos", disse um porta-voz da organização.

"Se você vir um animal ferido, primeiro olhe à distância para ver a gravidade do problema. E, se possível, leve-o a um veterinário ou ao centrobet365betanoresgatebet365betanoanimais selvagens mais próximo".

O pesquisador Jiguet espera que seu estudo também nos ajude a ver os pombosbet365betanouma maneira mais compreensiva.

Algumas pessoas se referem a essas aves como "animais sujos" ou "cheiosbet365betanodoenças", mas o pesquisador diz que "elas não são portadorasbet365betanomais doenças que outros animais, e uma grande epidemia causada por pombos nunca foi registrada".

Jiguet quer que seu estudo contribua para "reabilitar" os pombos. "Espero que quando as pessoas pensem que os pombos estão sujos, elas reflitam que isso ocorre por causa da nossa ação", disse o cientista francês.

"Eles estão maisbet365betanorisco por nossas ações do que por suas doenças. Os pombos são vítimas", acrescentou.

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