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'Por que o meu filho gostanovibet originver mil vezes o mesmo desenho?':novibet origin
"É assim que as crianças vão consolidando seu entendimentonovibet originuma coisa única."
"Para nós, adultos, é uma repetição. Para elas, crianças, é uma reelaboração", diz Patricia Corsino, professora-associada da Faculdadenovibet originEducação da UFRJ e coordenadora do Gruponovibet originEstudos e Pesquisanovibet originInfância, Linguagem e Educação da universidade.
"Isso se manifesta também nas brincadeirasnovibet originir e voltar, nos pedidosnovibet origin'de novo' aos adultos quando eles fazem algo que agrada as crianças", explica a professora. "Nem sempre isso é feito pelos mesmos motivos por cada uma delas, mas o objetivo costuma ser onovibet originse apropriar daquilo ounovibet originbuscar o afeto que sentiram (durante a brincadeira), para elas entenderem a si próprias dentro deste mundo tão complexo."
Entrar na brincadeira é bom...
As duas especialistas explicam que, quanto mais os adultos entrarem no jogo, mais criarão momentos para afeto, para a interação com as crianças e até para a ampliação do repertório delas.
Parlakian começa lembrando que é bom limitar o usonovibet origintelas, mas ressalta que os pais podem, ao ver o mesmo desenho com as crianças, elaborar conversas e atividades a partir do que assistiram juntos.
"'Vamos contar os números junto com o personagem?' ou então 'Como você acha que o personagem se sentiu naquele momento?'. Outra ideia é, depoisnovibet originassistir, desligar a TV e fazer um jogo com base no desenho. Com isso, você transfere o que está na tela para a vida real, algo que normalmente não acontece com crianças pequenas se elas meramente assistirem ao desenho", diz a especialista.
No casonovibet origincontos clássicos como Os Três Porquinhos, por exemplo, é possível ampliar o entendimento da criança contando a ela as diferentes versões existentes da história ou brincandonovibet originreencenar.
"A exposição à mesma história com leves diferenças ajuda as crianças a consolidar o que aprenderam", diz Parlakian. "E reencenar as ajuda a entender como os personagens se sentem, o que as ajuda a desenvolver empatia."
Mesmo sem mudar a história, mas escolhendo bons livros que possam ser lidos com prazer muitas vezes, os pais e cuidadores estarão dando grandes oportunidades para as crianças se desenvolverem, diz Patricia Corsino. "As crianças não precisamnovibet originmuitas coisas. Precisamnovibet originpoucas, mas com muita intensidade."
... mas se encher da repetição é compreensível
Não tem nadanovibet originerrado, no entanto, se os pais cansaremnovibet originassistir ao mesmo desenho pela milésima vez. "É natural os pais falarem que não querem mais e estabelecerem seus próprios limites", diz Corsino.
Outra ideia é buscar a variedade dentro do mesmo tema, para expandir os horizontes da criança e dar a elas mais informações a respeito das coisas que elas tanto gostam.
Parlakian conta que, aos três anos,novibet originfilha adorava brincarnovibet originmontar mesanovibet originpiquenique. "Certa vez, eu fiquei tão entediadanovibet originvê-la fazer isso pela milésima vez que sugeri: 'vamos fazer um piqueniquenovibet originverdade no quintal?' Meu filho também teve uma fasenovibet originque ficou obcecado por caminhões. Então busquei mais livros sobre o tema e fiz com ele um passeio até um lava-rápido."
E a repetição continua
Embora a repetição seja mais visível ao redor da faixa etárianovibet origindois a quatro anos, a vontadenovibet originver/ouvir o mesmo filme, desenho ou história continua ao longo da infância e da adolescência,novibet origingraus diferentes. Isso porque a repetição, alémnovibet originreforçar o aprendizado, traz uma sensaçãonovibet originconforto e segurança.
"Muitos leem os livros do Harry Potter diversas vezes, e até mesmo adultos gostamnovibet originassistir várias vezes ao mesmo seriado. Essa previsibilidade e consistência nos faz sentir bem", prossegue Parlakian. "Mas, do pontonovibet originvista das crianças, isso é ainda mais forte, porque o mundo tem tantas coisas novas acontecendo o tempo todo, e tantas estão fora do controle delas."
Para crianças pequenas, ao redor dos dois a quatro anos, às vezes é o casonovibet originsimplesmente querer exercernovibet originautonomia - por exemplo, quando ela sempre insistenovibet originusar um determinado parnovibet originsapatos e entranovibet origincrise se ele estiver sujo.
"Para crianças dessa idade, o podernovibet originfazer essa escolha (da peçanovibet originroupa) é algo muito forte, o que explica a crisenovibet originbirra quando ela não consegue fazê-la", agrega Parlakian.
"Nesses casos, minha sugestão é explicar por que aquele determinado sapato não pode ser usado naquele momento, validar o sentimento da criança (ou seja, dizer a ela que você entendenovibet originfrustração) e dar a ela a chancenovibet originescolher: 'você tem duas ótimas opções: pode usar o sapato x ou y'. Como elas são muito movidas pelo desejo pela autonomia, oferecer-lhes opções às vezes lhes dá a sensaçãonovibet origincontrole."
Pode ser um sinalnovibet originque há algo errado?
Na imensa maioria dos casos, diz Parlakian, a repetição é parte perfeitamente saudável do desenvolvimento infantil, enovibet origingeral as crianças são bastante flexíveis - têm suas preferências por livros e filmes, mas topam assistir ou brincarnovibet origincoisas diferentes com frequência.
Parlakian só adverte a prestar atenção caso a criança não esteja tendo prazer na brincadeira ou se mostre extremamente inflexível, ou seja, apresente sinaisnovibet originestresse duante a brincadeira e repita tudo exatamente do mesmo jeito, sempre -, já que esse tiponovibet origincomportamento é comumnovibet origincrianças do espectro autista.
Vale lembrar, porém, que um diagnóstico do tipo só pode ser confirmadonovibet originconsultas individualizadas com especialistas.
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